tag:blogger.com,1999:blog-55166966603568561862024-03-12T21:21:42.688-03:00ANOTAÇÕES - DO PROCESSO CAUTELARAnotações de sala de aula fundamentadas, inicialmente, nas exposições da professora Rosa Benites Pelicani, na FDSBC. Seguiram-se os anos, os cursos, revisões e sumários. Tudo aqui, mas sempre atualizando.maria da gloria perez delgado sancheshttp://www.blogger.com/profile/14087164358419572567noreply@blogger.comBlogger60125tag:blogger.com,1999:blog-5516696660356856186.post-81363148501417558872016-03-24T20:23:00.001-03:002016-03-24T20:23:24.231-03:00PROCESSO CAUTELAR: CARACTERÍSTICAS, PROCEDIMENTO, COMPETÊNCIA, PETIÇÃO INICIAL, EFICÁCIA<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PROCESSO CAUTELAR<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: x-small;"><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 798. Além dos procedimentos cautelares </span></i><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">específicos, que este Código regula no Capítulo II deste
Livro, </span></i><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">poderá o juiz determinar as medidas provisórias que julgar </span></i><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">adequadas, quando houver fundado receio de que uma parte, </span></i><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">antes do julgamento da lide, cause ao direito da outra
lesão </span></i><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">grave e de difícil reparação.</span></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>I. C</b><b>ARACTERÍSTICAS<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1. Acessoriedade<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Todo processo cautelar, sem exceção, é acessório, ou seja,
não pode ser concebido </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">sem a existência de um processo principal; deve ter como
finalidade garantir o </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">provimento do processo principal;</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O processo não é um fim em si mesmo, mas sim instrumento de
veiculação do<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">direito material. O processo cautelar serve para proteger
um outro processo no qual o </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">provimento jurisdicional está </span><st1:personname productid="em risco. Calamandrei" style="font-family: Verdana, sans-serif;" w:st="on">em risco. Calamandrei</st1:personname><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">
usava a expressão</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“instrumentalidade ao quadrado”, significando que o
processo cautelar é...</span></div>
<a name='more'></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">instrumento do </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">processo principal que é instrumento do direito material.</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O processo cautelar não pode sobreviver ao principal. Ele
tem sempre que se<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">referir a um outro processo (referibilidade).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2. Autonomia<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Trata-se de autonomia absoluta tendo em vista que pressupõe
a existência de um </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">processo principal; significa que ele forma relação
processual diferente da estabelecida </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">no processo principal; o réu deve ser citado e o
procedimento é concluído por meio de sentença; atualmente a autonomia perdeu a importância tendo
em vista que a medida </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">pode ser pedida no bojo do processo principal;</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A cautelar pode ser preparatória ou incidental. A primeira
é sempre requerida por </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">meio de processo autônomo e a segunda pode ser pedida
dentro do processo em </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">andamento.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Para que a oposição seja autônoma é preciso que quando ela
for ajuizada o<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">processo principal esteja muito adiantado, encontrando-se
entre a audiência de instrução </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">e julgamento e a sentença.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">3. Urgência<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Havendo situação de urgência, o juiz pode resolvê-la de
duas formas: concessão<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">de tutela cautelar ou de tutela antecipada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Toda tutela cautelar é de urgência, mas nem toda tutela de
urgência é cautelar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">4. Sumariedade da cognição<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Diz respeito à profundidade em que o juiz examinará o
direito; a cognição pode<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ser exauriente ( o juiz profere decisão com base em todos
os elementos de prova em que </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">puder colher, ou seja, há um juízo de certeza) ou sumária
(o juiz profere a decisão com </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">base em juízo de plausibilidade ou verossimilhança; essa
decisão tem cunho provisório); </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">as tutelas de urgência pressupõem situação de risco e são
dadas com base em cognição </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">sumária.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">5. Revogabilidade ou provisoriedade<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É decorrência da sumariedade e vem expressamente consagrada
no artigo 807 do </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Código de Processo Civil.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mesmo que o prejudicado não agrave, vindo aos autos fatos
ou elementos novos</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(que não constavam do processo), o juiz pode se retratar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Essa retratação, inclusive, pode ser de ofício,
independente de requerimento da<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">parte adversa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Art. 807. As medidas cautelares conservam a sua eficácia </span></i><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">no prazo do artigo antecedente e na pendência do processo </span></i><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">principal; mas podem, a qualquer tempo, ser revogadas ou </span></i><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">modificadas.</span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a </span></i><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">medida cautelar conservará a eficácia durante o período de </span></i><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">suspensão do processo.</span></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">6. Inexistência da Coisa Julgada Material<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Coisa julgada formal - imutabilidade da sentença no
processo em que ela foi<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">proferida. Esta coisa julgada formal existe no processo
cautelar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Coisa julgada material - ainda que o juiz dê sentença no
processo cautelar<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">deferindo ou indeferindo a medida, ele pode, no processo
principal, mudar a sua<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">decisão. Ainda que proferida por sentença, a cautela é
provisória e pode ser alterada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Importante lembrar que a medida cautelar pode ser proferida
em processo<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">autônomo ou no bojo do processo principal. Se for em
processo autônomo, a sentença </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">da cautelar não está sujeita à coisa julgada material. Se
for no processo principal, a </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">concessão da cautelar é feita por decisão interlocutória,
sendo que esta decisão não está </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">sujeita à preclusão.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>P</b><b>ROCEDIMENTO D</b><b>O
P</b><b>ROCESSO C</b><b>AUTELAR</b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O processo
cautelar pode ser proposto em dois momentos considerando a ação<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">principal,
ou seja, pode ser preparatório ou incidental.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pode
haver situação de tamanha urgência que não se tem tempo para elaborar a </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">principal,
situação em que se utiliza a cautelar.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>C</b><b>OMPETÊNCIA<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se a
cautelar for incidental, que pressupõe a ação principal em curso, deve<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">correr
na mesma vara onde corre a principal, ou seja, deve ser distribuída por
dependência </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(regra
de competência absoluta).</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se a
cautelar for preparatória, deverá ser proposta no juízo competente para a<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">futura
ação principal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sendo
assim, a competência das cautelares é determinada segundo a<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">competência
das ações principais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“A”
deseja mover em face de “B” uma ação de cobrança e a comarca<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">competente
é São Paulo; sendo assim, eventual cautelar preparatória deve correr em São </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Paulo.
Se a ação for proposta em Santos haverá incompetência relativa, que não pode
ser </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">reconhecida
de ofício. O réu poderá interpor exceção de incompetência, desde logo, quando </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">da
interposição da cautelar. Ou seja, a incompetência relativa deve ser argüida na
primeira </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">oportunidade
que tiver de se manifestar nos autos, sob pena de preclusão e conseqüente </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">fenômeno
de prorrogação.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> O
processo principal vai da petição inicial até o trânsito <st1:personname productid="em julgado. A" w:st="on">em julgado. A</st1:personname> cautelar</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">incidental
será ajuizada no trâmite do processo principal, até a ocasião da sentença.
Havendo </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">recurso,
ainda cabe a cautelar incidental?</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sim,
sendo que a medida correrá no tribunal (art. 800, parágrafo único, CPC).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Esta
competência do órgão <i>ad quem </i>é determinada desde o momento da
interposição do </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">recurso.
Se o processo principal já subiu, a cautelar será apensada a ele sem
necessidade de </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">instrução
com peças daquele; se o processo ainda não subiu, a cautelar deverá ser
instruída </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">com
as peças mais importantes do processo principal.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Art.
800. As medidas cautelares serão requeridas ao juiz da causa; e, quando<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">preparatórias,
ao juiz competente para conhecer da ação principal.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: x-small;"><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Parágrafo
único. Interposto o recurso, a medida cautelar será requerida diretamente ao </span></i><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">tribunal.</span></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se a
cautelar for proposta no juízo incompetente e a competência for relativa o<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">juiz
tem que tocar o processo adiante, tendo em vista que não pode reconhecer a </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">incompetência
de ofício nesse caso. Caso contrário, ou seja, se a incompetência for absoluta, </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">o
juiz remete a cautelar de ofício ao juízo competente. Contudo, se a cautelar
for de extrema </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">urgência,
a solução mais razoável é de que, havendo o risco de prejuízo irreparável, o
juiz tem </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">poderes
para determinar as providências necessárias para afastar eventuais danos.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>P</b><b>ETIÇÃO I</b><b>NICIAL
D</b><b>AS C</b><b>AUTELARES<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A
petição inicial deve cumprir as exigências do artigo 282, CPC.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Art.
<st1:metricconverter productid="282. A" w:st="on">282. A</st1:metricconverter>
petição inicial indicará:<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">I
- o juiz ou tribunal, a que é dirigida;<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: x-small;"><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">II
- os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor
e do </span></i><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">réu;</span></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">III
- o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">IV
- o pedido, com as suas especificações;<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">V
- o valor da causa;<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">VI
- as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">VII
- o requerimento para a citação do réu.</span><o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Deve
haver sempre perfeita coincidência entre as partes do processo cautelar e<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">as
partes do processo principal?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nem
sempre haverá essa necessidade. Exemplos: pessoa que é credora de<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">outras
três pessoas e promove ação de cobrança contra todas elas e, no decorrer da
ação, </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">descobre
que um deles está dilapidando o patrimônio pode interpor a cautelar de arresto </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">somente
contra este.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Também
é possível que uma cautelar seja ajuizada contra duas pessoas e a ação </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">principal
seja ajuizada somente contra uma delas.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se na
cautelar o juiz determinou providências constritivas contra todos os réus,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">a
ação principal deve ser proposta contra todos eles. Caso contrário, o autor
pode interpor a </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ação
principal somente contra o réu que sofreu a constrição.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se a
cautelar for preparatória é indispensável que na petição inicial o autor<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">indique
qual ação principal será proposta. Se não houver tal indicação fica difícil
aferir a </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">competência
da cautelar; ainda é preciso verificar se há compatibilidade entre o pedido da </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">cautelar
e a futura ação principal. O juiz precisa saber qual a melhor forma de proteger
o </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">objeto
que será disputado no ação principal.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A
indicação da ação principal por ocasião da propositura da cautelar em regra<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">vincula
o autor, tendo em vista que o juiz se baseia nessa indicação para tomar uma
série de </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">medidas.
A jurisprudência admite pequenas alterações se não houver má-fé do autor.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se a
petição inicial estiver em termos o juiz a receberá e examinará o pedido<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">liminar
que poderá ser deferida de plano ou após audiência de justificação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Será
deferida de plano a liminar se a petição inicial contiver todos os elementos<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">necessários para convicção do juiz ou se houver extrema
urgência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Fungibilidade</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">As
medidas cautelares são fungíveis entre si. O juiz não precisa se apegar a
cautelar </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">que o
autor pediu, ele pode conceder uma cautelar distinta daquela requerida pelo
autor sem </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">que a
sua sentença seja “extra” ou “ultra petita”.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O
Juiz concederá a cautelar que entender melhor. A fungibilidade está entre as<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">cautelares
e as tutelas antecipadas, e cautelares em si.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>E</b><b>FICÁCIA DAS M</b><b>EDIDAS
C</b><b>AUTELARES<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">As
medidas cautelares, quer deferidas liminarmente, ou na sentença cautelar, têm </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">duração
curta, provisória, ela serve para afastar uma situação de risco. Os artigos <st1:metricconverter productid="806 a" w:st="on">806 a</st1:metricconverter> 808, </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">do
CPC tratam da possibilidade ou da provisoriedade das cautelares.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Art.
806. Cabe à parte propor a ação, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: x-small;"><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">data
da efetivação da medida cautelar, quando esta for concedida em procedimento </span></i><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">preparatório.</span></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Art.
807. As medidas cautelares conservam a sua eficácia no prazo do artigo<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: x-small;"><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">antecedente
e na pendência do processo principal; mas podem, a qualquer tempo, ser </span></i><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">revogadas
ou modificadas.</span></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: x-small;"><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Parágrafo
único. Salvo decisão judicial em contrário, a medida cautelar conservará </span></i><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">a
eficácia durante o período de suspensão do processo.</span></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Art.
808. Cessa a eficácia da medida cautelar:<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">I
- se a parte não intentar a ação no prazo estabelecido no art. 806;<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">II
- se não for executada dentro de 30 (trinta) dias;<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><i>III
- se o juiz declarar extinto o processo principal, com ou sem julgamento do </i><i>mérito.</i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><i>Parágrafo
único. Se por qualquer motivo cessar a medida, é defeso à parte repetir o </i><i>pedido,
salvo por novo fundamento.</i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O
artigo 807, do CPC, (revogação ou modificação) vai dizer o que já sabemos que
as cautelares
podem ser revogadas ou modificadas a qualquer tempo desde que ocorra alguma circunstância
que justifique essa modificação. Essa revogação ou modificação que a lei permite
que o juiz faça pressupõe que venham aos autos provas novas e que levem o juiz
à conclusão
de que a medida concedida anteriormente não merece ser mantida.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Artigo
808, do CPC, (cessação de eficácia) vai tratar da possibilidade de uma medida cautelar
perder a eficácia. Revogação e modificação é uma coisa. Cessação de eficácia é outra,
porém ambas implicam que as cautelares desapareçam. Haverá cessação da eficácia quando
o autor ficar inerte, omitindo alguma providência que ele deveria tomar e não
tomou, ou
haverá a cessação da eficácia quando houver a decisão em definitivo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quando
o juiz defere uma medida cautelar se forem mantidas as circunstâncias essa medida
deve durar ao longo de todo processo principal, mas ela perderá a eficácia se:</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1)
Deferida a tutela cautelar, o autor não ajuizar a ação principal no prazo de 30 dias.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Essa
exigência só faz sentido se o processo cautelar for preparatório. Se ela foi decidida
em caráter incidental o processo já existe, logo não há processo a ser
proposto.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O
autor deve propor a ação nesse prazo porque a cautelar se for deferida
implicará na limitação
de bens do réu, por exemplo. Esse <b>prazo de 30 dias </b>não começa a contar
do momento
em que o juiz defere o provimento cautelar e sim a <b>partir do momento que a </b><b>cautelar
é executada e desde que o autor tome conhecimento da efetivação da medida</b>.
Se o
juiz não deferir a medida liminarmente não correrá o prazo da ação principal. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A
conseqüência da inércia do autor é a perda da eficácia da tutela concedida. Não haverá
da parte do autor a perda do direito de propor a ação principal que pode ser
proposta normalmente.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Discute-se
na doutrina e jurisprudência o prazo de 30 dias, mas tem prevalecido o entendimento
de prazo decadencial com relação à eficácia da medida concedida. Decai a eficácia
da medida.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se o
30º dia cair no sábado ou num domingo como ficará o prazo? O entendimento que
prevalece é que se o 30º dia cair num dia não útil prorroga-se para o 1º dia
útil subseqüente.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Talvez
um dos pontos mais controvertidos desse tema é o seguinte: “A” tenha ajuizado
em face de “B” ação cautelar. O juiz deu a liminar. O autor toma ciência e a
liminar é
efetivada. Realizada a execução passa a correr o prazo de 30 dias para o
ajuizamento da ação
principal. Se ela não for ajuizada a liminar perde os efeitos. Isso implicará
na extinção do
processo cautelar, ou ele continuará? Se cessa a eficácia da medida o juiz
teria que extinguir
o processo cautelar, entendimento do STJ. Já a doutrina tem entendido que a cessação
da medida cautelar não extingue o processo cautelar podendo o juiz dar sentença
de procedência
deferindo novamente aquela providência cautelar que antes fora revogada. A partir
do momento que o juiz proferir a sentença deferindo novamente a medida, o
processo principal
deve ser ajuizado no prazo de 30 dias. Se novamente o autor não propuser nos 30 dias
a ação principal cessará a medida cautelar mais uma vez.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Deferida
uma tutela cautelar como implica em restrição ao direito do réu, incumbe ao autor
propor a ação principal, mas existem algumas tutelas cautelares que, ainda, que deferidas
não implicam em restrições para o réu. Se for assim, o prazo de 30 dias ainda
que superado
não implicará na perda da medida.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">As
cautelares que perdem a eficácia caso a principal não seja proposta no prazo de
30 dias
são apenas as que trazem limitações para o réu. Ex. produção antecipada de
prova.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Resumo:
Toda vez que o juiz deferir uma medida cautelar que implique em restrições ao
direito do réu, caberá ao autor, tendo ciência da medida, propor a ação
principal. O não respeito
ao prazo da ação implica na perda da eficácia da cautelar.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2)
Executar a medida em 30 dias; Cabe ao autor a incumbência de executá-la como,
por exemplo, apresentar os meios necessários para que a medida possa ser
cumprida, recolher
diligência do OJ, apresentar a contra-fé dentre outras.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se o
autor deixar de cumprir as duas orientações acima a medida perderá a eficácia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ele
pode perder também a eficácia da medida no caso de sentença improcedente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Como
pode também se confirmar a medida cautelar pela sentença na ação principal. Se
a sentença
for de improcedência ou de extinção sem julgamento de mérito a cautelar não sobreviverá
porque ela é dada na mera possibilidade, juízo de verossimilhança e agora em cognição
exauriente o juiz entendeu que o autor não tem razão. Se a sentença for de procedência
e houver recurso de apelação a cautelar sobrevive.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em
casos excepcionais têm se admitido que o juiz embora tenha julgado improcedente
a cautelar a eficácia da liminar se mantenha até a solução definitiva do
recurso.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Casos excepcionalíssimos!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Questões<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se a ação
principal tiver que ser proposta numa comarca e a cautelar for proposta em
juízo relativamente incompetente. O réu deve, já na cautelar, ingressar com
Exceção de Incompetência,
sob pena de preclusão, ou a exceção deve ser apresentada na ação principal?</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>R.
</b>O entendimento pacífico é de que a incompetência relativa deve ser arguida
na primeira
oportunidade que o réu tem para falar nos autos, portanto, já na cautelar deve apresentar
Exceção de Incompetência, sob pena de preclusão.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Processo
principal vai da inicial até o trânsito <st1:personname productid="em julgado. Até" w:st="on">em julgado. Até</st1:personname> quando
pode ser ajuizada
a cautelar incidental? Pode ser ajuizada depois da sentença?</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Havendo
recurso, é possível ajuizar cautelar incidental, perante o órgão “<i>ad quem</i>” (artigo
800, parágrafo único, CPC), desde o momento da interposição do recurso, independentemente
dos autos terem ou não sido remetidos ao Tribunal.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se
uma cautelar for proposta perante juízo incompetente, se a incompetência for relativa,
o juiz não pode conhecê-la de ofício. Se o juiz for absolutamente incompetente
e a situação
for de extraordinária urgência e havendo o risco de prejuízo irreparável, pode
o juiz determinar
as providências que afastem o risco imediato - o valor em jogo é mais relevante
do que a
questão processual.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Petição
inicial<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Deve
cumprir as exigências do artigo 282, CPC. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se a
cautelar for preparatória é indispensável que o Autor indique ao juízo a ação principal
a ser proposta. Isso para verificar-se a competência, se há compatibilidade
entre o pedido
da cautelar e a futura ação principal e para que o juiz possa determinar a
providência cautelar
mais adequada para a principal (princípio da fungibilidade).</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Embora
a jurisprudência seja branda, em regra, a ação principal proposta em que ser aquela
indicada na cautelar. a jurisprudência admite pequenas variações.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Todos
aqueles que figuram como partes do processo principal devem figurar do processo
cautelar?</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">R.
Nem sempre. Pode acontecer uma produção antecipada de provas contra dois réus, na
qual se verifica que apena um deles é responsável. A principal será apenas
contra esse.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se a
inicial estiver em termos, o juiz vai examinar o pedido de liminar, se houver (para
evitar danos). A liminar pode ser deferida pelo juiz de plano ou após audiência
de justificação.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Será
deferida de plano se a petição inicial já tiver todos os elementos de convencimento do juiz.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">OBS.: Acompanhe as publicações neste espaço e em Produção Jurídica, atualizadas pelo novo Código de Processo Civil</span></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="line-height: 13.65pt;"><span style="background: #FDFEFA; color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">TODOS OS DIREITOS RESERVADOS</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FCFBF5; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="background: #FDFEFA; color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Respeite o direito autoral.</span></b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Gostou? Faça uma visita aos blogs. É
só clicar nos links, na coluna ao lado. Esteja à vontade para perguntar,
comentar ou criticar.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Um abraço!</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span lang="EN-US" style="background: #FCFCFC; color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Thanks for the comment. Feel free to comment, ask questions
or criticize. </span></i><i><span style="background: #FCFCFC; color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A great day and a great week!</span></i><i><span style="color: #333333; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: rgb(252, 251, 245); margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "Freestyle Script"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Maria da Glória
Perez Delgado Sanches</span></div>
maria da gloria perez delgado sancheshttp://www.blogger.com/profile/14087164358419572567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5516696660356856186.post-68121478055019014032012-10-26T20:17:00.003-02:002016-03-24T20:40:09.805-03:00QUAIS AS VANTAGENS DA NOTIFICAÇÃO JUDICIAL EM COMPARAÇÃO ÀS DIVERSAS ESPÉCIES DE NOTIFICAÇÕES EXTRAJUDICIAIS?<span style="background-color: white; line-height: 115%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O processo de notificação não confere direito, ao notificante, a um provimento jurisdicional. É dizer que tal procedimento é apenas um instrumento para cientificar o notificado, para que este faça ou deixe de fazer alguma coisa, sob determinada cominação, que será
imposta oportunamente, pela autoridade competente, no caso de descumprimento. </span></span><br />
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 115%;">É
um procedimento de caráter preventivo, que consiste na manifestação formal da
vontade, com o objetivo de prevenir responsabilidades e eliminar a
possibilidade de alegação futura de ignorância.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 115%;">Apesar de ser um procedimento cautelar
específico, sua natureza é a de jurisdição voluntária: não há partes, réus em
sentido estrito e, portanto,...</span></div>
<a name='more'></a><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">ainda que alcançasse o seu intento (encontrar tal
pessoa e notificá-la), isso não daria ao autor da ação o direito a receber qualquer valor. <o:p></o:p></span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 115%;">O protesto judicial não é uma ação
condenatória ou declaratória, pois sua única finalidade é notificar alguém para que esse alguém
faça ou não faça alguma coisa. Depois de notificado, então sim, seria possível ajuizar a ação competente, desde que esse alguém - o notificado - não faça o que deve fazer ou
faça aquilo que não deveria – depois da notificação. Essa nova ação passaria
pelo crivo do contraditório (o direito do réu de se defender) e teria o
pronunciamento do juiz sobre o direito. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 115%;">Se não houve notificação, a ação (de
notificação) simplesmente não produz qualquer efeito. Assim, não há como sequer
ajuizar um novo pedido, em um processo de conhecimento, com fundamento no
descumprimento do agir a que se pretendia notificar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 115%;">Dependendo do caso, poderia ser conveniente a intimação por editais, na conformidade do Art. 870 do CPC. De
toda forma, os editais são pagos pelo autor e você não teria direito à
restituição do valor. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 115%;">Não há um prazo definido em lei para o fim do
processo, que é extinto com a simples intimação do notificado. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 115%;">Vamos trocar em miúdos? Esta ação produz os
mesmos efeitos que uma notificação extrajudicial, que pode ser feita por Cartório
de Registro de Títulos e Documentos (que também é um meio formal); por telegrama
com cópia de conteúdo e aviso de recebimento; por carta registrada ou por uma
simples comunicação, digitada em duas vias, desde que uma delas (a que fica com
o notificante) receba a data, a assinatura e a identificação daquele que foi
notificado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 115%;">E é isso o que ocorre: a finalidade da ação
de protesto tem o único propósito da <b><u>comunicação</u></b>.
É uma comunicação formal, do notificante ao notificado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 115%;">Existem casos em que uma maior formalidade é
exigida, como a notificação exigida na Lei de Recuperação e Falências (*) e no
Decreto Lei nº 745/69, que dispõe sobre os contratos relativos ao loteamento e
à venda de terrenos para pagamento em prestações (**).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 115%;">A maior vantagem do procedimento judicial
sobre o extrajudicial encontra-se no não localizar a quem se pretende
notificar, pois por aquele meio é possível que o Juízo oficie a diversos órgãos,
públicos ou privados (companhias telefônicas, de água e esgotos, de energia, Delegacia da Receita Federal, por exemplo), no intuito de que estes forneçam o endereço do réu, para
que o pedido do notificante seja proveitoso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 115%;">Outra diferença a ser destacada é a
possibilidade, apenas no procedimento judicial, da intimação por edital. <o:p></o:p></span><br />
<span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span>
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 18.4px;">Para saber mais sobre notificação extrajudicial, acesse </span><span style="line-height: 18.4px;"><b>MODELO DE NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL: O que é, como notificar, requisitos, modelo de notificação</b>, disponível em <span style="color: blue;"><b><u>http://producaojuridica.blogspot.com.br/2012/06/modelo-de-notificacao-extrajudicial.html</u></b></span>.</span></span><br />
<span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 115%;">Nesse sentido:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">
<span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i>EMENTA: DECISÃO
MONOCRÁTICA - AGRAVO DE INSTRUMENTO - NOTIFICAÇÃO JUDICIAL - EXPEDIÇÃO DE
OFÍCIOS PARA LOCALIZAR O ATUAL ENDEREÇO DA RÉ - ESGOTAMENTOS DAS DILIGÊNCIAS
CABÍVEIS - RECURSO PROVIDO.<br />
VISTOS, ETC.<br />
Trata-se de recurso de agravo de instrumento interposto em face da decisão de
fls. 58TJ, proferida nos autos de Notificação Judicial nº 8/2008 que indeferiu
pedido de expedição de ofícios à Sanepar, Copel, TIM, Claro, Oi, Vivo, GVT e
Receita federal, a fim de informar se possuem o endereço atual da ré.<br />
Em suas razões recursais o agravante alega, em síntese, que a decisão
hostilizada afronta o disposto no art.<span class="apple-converted-space"> </span>399, inciso<span class="apple-converted-space"> </span>I, do<span class="apple-converted-space"> </span>CPC<span class="apple-converted-space"> </span>e
aduz que a não expedição de ofícios aos órgãos públicos e privados acarretará
prejuízos de grande monta a agravante, que não terá outros meios de localizar o
atual endereço da agravada.<br />
Por fim, pugna pela concessão de efeito suspensivo e pelo provimento do
recurso, a fim de expedir os ofícios requisitados.<br />
É o relatório.<br />
DECIDO.<br />
O recurso merece ser conhecido por preencher os requisitos de admissibilidade,
nos termos do art.</i> <i><span style="font-style: normal; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; text-decoration: none; text-underline: none;">522</span></i> <i>do</i> <i><span style="font-style: normal; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; text-decoration: none; text-underline: none;">Código de Processo Civil</span>,
sem prejuízo a melhor análise de competência recursal, por ocasião de eventual
apelação.<br />
No caso em comento pretende o agravante que sejam expedidos ofícios às empresas
concessionárias e a Receita Federal, a fim de localizar o atual endereço do
agravado.<br />
Deve-se ponderar que o interesse da parte autora, em qualquer procedimento, é
justamente citar o réu, da forma mais célere possível. Assim a incumbência do
autor de fornecer o endereço da parte ré é incontestável.<br />
Entretanto, compulsando os autos, observa-se que o agravante forneceu na
inicial o endereço do agravado, todavia este não foi encontrado no endereço
informado. Ademais, constata-se que todas as tentativas realizadas pela autora
com o intuito de encontrar o réu restaram infrutíferas, estando o feito em
tramitação a cerca de três anos.<br />
Deste modo a expedição de ofícios a órgãos públicos e privados para que informe
se possuem o endereço do agravado apresenta-se como medida cabível no caso em
comento, isso porque, mesmo que o agravante buscasse obter informações sobre o
endereço atual da agravada por meio das entidades públicas ou privadas, algumas
destas não poderiam fornecê-lo, pois estão obrigadas a manter o sigilo dos
dados de seus cadastros a particulares, exceto quando houver solicitação
expressa do Poder Judiciário.<br />
Por conseguinte, a expedição de ofícios na busca do devedor mostra- se como
medida adequada para o bom andamento do feito, primando pelos princípios da
efetividade, da celeridade e da economia processual e atendendo a interesse do
próprio Poder Judiciário em encontrar o réu para dar-lhe ciência da ação e
possibilitar-lhe a defesa, garantindo o contraditório.<br />
Corroborando este entendimento vide a jurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça:<br />
"AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA - RÉUS QUE NÃO FORAM ENCONTRADOS
NOS ENDEREÇOS APONTADOS NA EXORDIAL - RETORNO DO AVISO DE RECEBIMENTO COM O
CARIMBO"MUDOU-SE"- PEDIDO DE EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO APENAS PARA OBTENÇÃO
DOS ENDEREÇOS ATUALIZADOS DOS RÉUS - POSSIBILIDADE.<br />
Agravo provido. 'Se se trata, apenas, de pedido de endereço do devedor, não
envolvendo sigilo fiscal, não é razoável impedir-se a providência, sendo esta
uma das medidas ao alcance do credor para satisfazer o seu crédito via
judicial"' (STJ, REsp nº 236.704/SP, 3ª Turma, rel. Min. Carlos Alberto
Menezes Direito, DJ 12.06.00)"<br />
Em caso análogo esse Egrégio Tribunal de justiça decidiu:<br />
NOTIFICAÇÃO JUDICIAL - EXPEDIÇÃO DE OFÍCIOS À REPARTIÇÕES E ÓRGAOS PÚBLICOS
PARA OBTENÇÃO DO ENDEREÇO DO RÉU - ESGOTAMENTO DAS POSSIBILIDADES DE
LOCALIZAÇÃO DO RÉU - NECESSIDADE DE INTERFERÊNCIA DO JUÍZO - PRECEDENTES DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Nos casos em que há necessidade de intervenção
judicial para a viabilização da prestação jurisdicional, a expedição de ofícios
deve ser deferida, pois devemos levar em consideração a efetividade processual
e o interesse maior da justiça na realização do crédito do autor - Recurso
provido." (TJSP, Agravo de Instrumento 7295612800, Relator (a): Tersio
Negrato, Comarca: São Paulo, Órgão julgador: 17ª Câmara de Direito Privado,
Data do julgamento: 30/10/2008, Data de registro: 22/01/2009).<br />
(TJPR - VII Ccv - Ag Instr 560274-8 - Rel. Guilherme Luiz Gomes - Julg.:
06/02/2009 - Monocrático - Pub.: 20/02/2009 - DJ 523)<br />
Assim, em atenção ao princípio da efetividade processual, é de ser determinada
a expedição de ofícios a fim de que seja localizado a ré.<br />
ISTO POSTO, com fulcro no art.</i> <i><span style="font-style: normal; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; text-decoration: none; text-underline: none;">557</span>,</i> <i><span style="font-style: normal; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; text-decoration: none; text-underline: none;">§
1º-A</span>, do</i> <i><span style="font-style: normal; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; text-decoration: none; text-underline: none;">CPC</span>, dou provimento ao
presente agravo de instrumento, para o fim de reformar a decisão agravada,
determinando a expedição de ofícios, como requerido nos autos originários, com
o intuito de localizar o atual endereço da parte ré.<br />
Intimem-se.<br />
Oportunamente, dê-se baixa na distribuição e arquivem-se os autos, com
comunicação ao juízo de origem.<br />
Dil. Necessárias.<br />
Curitiba, 07 de janeiro de 2011 Juiz Convocado ALEXANDRE BARBOSA FABIANI.<br />
Relator<o:p></o:p></i></span></div>
<h1 style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-top: 0cm;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;">Fonte: TJPR - Agravo de Instrumento: AI
7461961 PR 0746196-1<o:p></o:p></span></i></h1>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i><span style="background-color: white;"> </span></i><i style="background-color: white;">AGRAVO DE INSTRUMENTO -
NOTIFICAÇÃO JUDICIAL - INTIMAÇÃO POR EDITAL - REQUISITOS - CERTIDÃO DO OFICIAL
DE JUSTIÇA DE QUE A PARTE SE MUDOU SEM DEIXAR O ENDEREÇO ATUAL - DEFERIMENTO.-
Conforme estabelecem os artigos 232 e 870, do Código de Processo Civil, são
requisitos da citação e intimação por edital a afirmação do autor ou a certidão
do oficial de justiça quanto a ser desconhecido ou incerto o réu ou ser
ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontra.</i></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 8.35pt; text-justify: inter-ideograph;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Vistos
etc., acorda, em Turma, a 9ª CÂMARA CÍVEL do Tribunal de Justiça do Estado de
Minas Gerais, incorporando neste o relatório de fls., na conformidade da ata
dos julgamentos e das notas taquigráficas, à unanimidade de votos, EM DAR
PROVIMENTO.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Belo Horizonte, 08 de setembro de 2009.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">DES. PEDRO BERNARDES - Relator<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">NOTAS TAQUIGRÁFICAS<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O SR. DES. PEDRO BERNARDES:<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">VOTO<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Trata-se de agravo de instrumento interposto por Banco Bradesco
S/A. contra decisão interlocutória (f. 212-TJ) proferida pelo MM. Juiz de
Direito da 11ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte que, nos autos da ação
de notificação judicial, ali ajuizada pelo agravante em face da agravada,
indeferiu a notificação por edital.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Em razões de ff. 02/07-TJ alega o agravante, em síntese, que
requereu a notificação da agravada por edital em razão das inúmeras e
exaustivas tentativas de se proceder a notificação pessoal; que é
"improvável a formalização providência requerida de outro modo que não a
notificação via edital"; que para o ajuizamento da ação que pretende é
imprescindível que se faça a comprovação da mora, com intimação editalícia, vez
que a devedora não foi encontrada para efetivação da notificação; que a decisão
está violando o disposto no inciso II, do artigo 870, do CPC, que "se
contenta com a afirmativa do agravante para que seja determinada a notificação
por edital"; que a parte ré "deve saber das conseqüências legais
advindas dos seus atos, quando atentatórios à vontade da Lei", de modo que
não cabe o julgador indeferir a notificação por edital; que a prestação
jurisdicional, "além de se distanciar da realidade dos fatos que dos autos
constam", diverge "das disposições legais que disciplinam a matéria."
Tece outras considerações, cita jurisprudência e, ao final, pugna pela reforma
da decisão, para que a notificação via edital seja deferida.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Desnecessária a intimação da agravada para apresentar
contraminuta.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O preparo foi regularmente efetuado (f. 214-TJ).<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Não foram requeridos efeito suspensivo e antecipação de tutela
recursal.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Presentes os pressupostos de admissibilidade, CONHEÇO do
recurso.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Inexistentes questões preliminares, passo ao imediato exame do
mérito.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">1- Mérito.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Conforme se depreende, o agravante ajuizou ação de notificação
judicial em face da agravada, tendo requerido a intimação/notificação desta via
edital após ver frustradas as tentativas nos endereços indicados na inicial (f.
08-TJ e ff. 102/103) e pela Receita Federal (f. 176, ff. 185/186, ff. 189/190 e
ff. 194/193).<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O MM. Juiz a quo indeferiu a pretensão, o que motivou a
interposição do presente recurso.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Pois bem.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Após examinar com acuidade este recurso, tenho que razão assiste
ao agravante.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">De acordo com o artigo 231 do CPC:<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Far-se-á a citação por edital:<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">I - quando desconhecido ou incerto o réu;<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">II - quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se
encontrar;<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">III - Nos casos expressos em lei.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O caput e o inciso II, do artigo 870, assim dispõem:<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Far-se-á a intimação por edital:<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">(..)<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">II- se o citando for desconhecido, incerto ou estiver em lugar
ignorado ou de difícil acesso.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O edital é o ato pelo qual se faz anunciar em lugares públicos,
pela imprensa e pelos demais meios de comunicação permitidos determinado fato,
para que dele tomem conhecimento todos, ou especialmente, seus destinatários,
ensina Ernane Fidélis dos Santos, em seu Manual de Direito Processual Civil, 1o
volume, Editora Saraiva, 3a Edição, p. 256.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">É feita, segundo o Código de Processo Civil, nas condições acima
mencionadas, devendo assim se entender por lugar incerto e não sabido, segundo
o festejado jurista Ernane Fidélis:<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Não se refere apenas a cidades e povoados. A hipótese também
ocorre quando ignorado é o endereço do citando, sem que, pelas circunstâncias
especiais do caso, possa ele ser encontrado.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Segundo ainda o mencionado Ernane Fidélis, na obra citada, pág.
257:<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">À exceção dos casos expressos em lei, a citação por edital só se
realiza quando o autor afirmar que o réu é desconhecido ou incerto (art. 231,
II), ou for ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar art.
231, II) o mesmo acontecendo, se o oficial de justiça, encarregado da citação,
atestar a circunstância.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">É o que aconteceu no caso em exame.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Num primeiro momento, conforme se verifica à ff. 102/103, foi certificado
pelo Oficial de Justiça a impossibilidade de localizar a agravada no endereço
indicado na inicial, tendo sido certificado que ela encontrava-se em local
ignorado.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Diante deste fato, o agravante requereu a expedição de ofício
para Receita Federal a fim de que esta informasse o atual endereço da agravada,
pretensão que foi indeferida pelo MM. Juiz a quo (f. 112-TJ) e mantida por este
Eg. Tribuna de Justiça (ff. 132/135-TJ).<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Entendendo que o agravante empreendeu todos os esforços no
sentido de alcançar o endereço da agravada, o MM. Juiz a quo deferiu a
expedição de ofício para Receita Federal (f. 168-TJ).<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Após a resposta da Receita Federal (f. 176-TJ), o agravante
requereu a expedição de mandado para o endereço informado.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Três diligências foram cumpridas no endereço fornecido (ff.
185/186-TJ, ff. 189/190-TJ e ff. 206/2047).<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Na última diligência, a Oficiala de Justiça assim certificou:<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">f. 207 - "(...) Dirigi-me novamente ao endereço no dia
21/03 às 13:30, e solicitando informações com a moradora do ap. 101, Sra. Maria
de Lourdes da Silva Barajais Lourenzo, que se disse síndica do prédio, o
apartamento 302 encontra-se desocupado, tendo a requerida dali se mudado há
dois meses aproximadamente, sem deixar endereço de seu paradeiro. Desta forma,
devolvo o mandado, para os devidos fins."<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Data venia, tendo sido reconhecido pelo MM. Juiz a quo que todos
os esforços foram despendidos pelo agravante na tentativa de encontrar a agravada,
bem como de que foi certificado pela Oficiala de Justiça que esta se mudou sem
deixar qualquer informação sobre seu atual paradeiro, tenho que a intimação da
notificação judicial via edital deve ser deferida.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Ademais, a regra processual não exige para este ato que se
esgotem todos os esforços para localização da parte a ser notificada.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Mutatis mutandis, confira:<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">"DIREITO PROCESSUAL CIVIL - AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO
CONVERTIDA EM DEPÓSITO - CITAÇÃO POR EDITAL - VALIDADE - RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO À UNANIMIDADE.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">I - A lei processual não exige, como requisito para a citação
por edital, que se esgotem todos os esforços para a localização do réu, mas
sim, que se firme estar em lugar incerto, ignorado ou inacessível, conforme
disposto nos artigos 231 e 232 do código de processo civil, estabelecendo
sanção para a parte que, dolosamente, alegar os requisitos que dão azo à
citação editalícia (art. 233).<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">II - Não há nulidade se a citação editalícia foi realizada após
esgotadas as diligências nos endereços indicados pelo próprio réu, inicialmente
por carta, e após, por mandado de busca e apreensão, que não lograram êxito.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">III - Recurso conhecido e desprovido à unanimidade".<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">(Tribunal de Justiça do Distrito Federal - PROCESSO: APELAÇÃO
CÍVEL 20020150011817APC DF - ACÓRDÃO: 162504 - DATA: 29/08/2002 - RELATOR:
WELLINGTON MEDEIROS - PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 06/11/2002 Pág: 77 -
CD ROM JUIS N. 36 - 2O trimestre de 2004).<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">"APELAÇÃO CÍVEL - REINTEGRAÇÃO DE POSSE CONVERTIDA EM
COBRANÇA - CITAÇÃO POR EDITAL APÓS ESGOTADOS OS MEIOS DE CITAR OS REQUERIDOS
NOS ENDEREÇOS CONSTANTES DO CONTRATO - CABIMENTO - ARTIGOS 231, II E 232, I -
EXPEDIÇÃO DE OFÍCIOS A ÓRGÃOS PÚBLICOS - DESNECESSIDADE.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">- A citação editalícia tem lugar quando, sem sucesso, tentou-se
proceder a citação pessoal dos devedores nos endereços fornecidos pelos mesmos,
sendo incabível a expedição de ofícios aos demais órgãos públicos, haja vista
terem sido suficientemente cumpridas todas as formalidades e requisitos
necessários ao procedimento, nos termos dos artigos 231, II e 232, I do
CPC".(RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.Tribunal de Alçada do Paraná -
APELAÇÃO CÍVEL - 0165823-3 - CURITIBA - JUIZ CONVOCADO FERNANDO WOLFF BODZIAK -
QUARTA CÂMARA CÍVEL - Julg: 13/08/2003 - Ac.: 176908 - Public.: 29/08/2003 - CD
ROM JUIS N. 36 - 2O trimestre de 2004).<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">"APELAÇÃO CÍVEL. CITAÇÃO EDITALÍCIA. NÃO ESGOTAMENTO DE
TODOS OS MEIOS POSSÍVEIS PARA A LOCALIZAÇÃO DO REQUERIDO - AUSÊNCIA DE OFÍCIOS
À RECEITA ESTADUAL, FEDERAL E TELEPAR. IRRELEVÂNCIA. CIRCUNSTÃNCIA QUE FOGE DOS
REQUISITOS PRESCRITOS NO ARTIGO 232 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - SENTENÇA
CORRETA. APELAÇÃO DESPROVIDA.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">- Estabelece o artigo 232 do Código de Processo Civil que são
requisitos da citação por edital a afirmação do autor ou certidão do oficial de
justiça quanto a ser desconhecido ou incerto o réu e ser ignorado, incerto ou
inacessível o lugar em que se encontrar. Não exige, portanto, a lei processual
que sejam esgotados todos os meios possíveis para a localização do
requerido".(Tribunal de Alçada do Paraná - APELAÇÃO CÍVEL - 0169235-9 -
CURITIBA - JUIZ MARIA JOSÉ TEIXEIRA - SEXTA CÂMARA CÍVEL - Julg: 01/04/2002 -
Ac.: 141868 - Public.: 26/04/2002 - CD ROM JUIS N. 36 - 2O trimestre de 2004).<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">"PROCESSO CIVIL. MONITÓRIA. CHEQUE. NEGÓCIO JURÍDICO. FATO
GERADOR. CITAÇÃO POR EDITAL. VALIDADE.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">(...)<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">2. Desnecessário esgotarem-se todos os meios e tentativas para a
localização do réu para que se determine a citação por edital. afirmando o
autor encontrar-se o réu em local desconhecido e incerto e tendo o oficial de
justiça ratificado tal afirmação, tornam-se cumpridas as exigências legais.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">APELO PROVIDO. UNÂNIME. (Tribunal de Justiça do Distrito Federal
- APELAÇÃO CÍVEL 19990110796685APC DF - ACÓRDÃO: 179525 - DATA: 02/06/2003 -
RELATOR: VALTER XAVIERB - PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 15/10/2003 Pág:
28 - CD ROM JUIS N. 36 - 2O trimestre de 2004).<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">"PROCESSUAL CIVIL - CITAÇÃO - LOCALIZAÇÃO DO RÉU -
TENTATIVAS - LUGAR IGNORADO - CITAÇÃO POR EDITAL - NULIDADE NÃO CARACTERIZADA -
RECURSO IMPROVIDO - UNÃNIME.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background-color: white;">- Encontrando-se o réu em local ignorado, conforme certificado
pelo oficial de justiça, presentes se encontram os pressupostos autorizativos
para a citação editalícia". (Tribunal de Justiça do Distrito Federal -
APELAÇÃO CÍVEL 19980110382654APC </span><span style="background-color: white;">DF - ACÓRDÃO: 157966 - DATA: 20/06/2002 -
RELATOR: LÉCIO RESENDE - PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 28/08/2002 Pág:
60 - CD ROM JUIS N. 36 - 2O trimestre de 2004).<o:p></o:p></span></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">"ARRENDAMENTO MERCANTIL - INADIMPLÊNCIA DO ARRENDATÁRIO -
LIMINAR DEFERIDA - AUTOR REINTEGRADO NA POSSE - CITAÇÃO EDITAL DO RÉU -
PROCESSO EXTINTO COM FULCRO NO ART. 267, IV, DO CPC - ALCANCE DA CITAÇÃO FICTA
- RECURSO CONHECIDO E PROVIDO, PARCIALMENTE, UNÂNIME<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">- A citação, na definição clássica, é o chamamento do réu a
juízo, a fim de se defender do processo contra ele proposto e acompanhá-lo em
todos os seus atos e termos, é o "principium er fundamentum totius
judicii". Para que se realize a citação edital, é necessário que o autor
diga a respeito da ignorância e o paradeiro do réu e/ou o oficial de justiça,
proceda do mesmo modo, por certidão nos autos. Há, contudo, em qualquer caso,
de transcender a presunção de que o réu está em lugar incerto ou não sabido;
assim, nesses casos, o édito alcançará o objetivo de lei. Faltante, pois, o
necessário para o convencimento do juízo, a citação editalícia, em princípio,
não prevalece e, nessa hipótese, defeso ao julgador indeferir a inicial ou
extinguir o processo; cumpre-lhe, apenas, decretar a nulidade do ato que não
produziu efeito e prosseguir como de lei. Pode, no entanto, excepcionalmente,
comprovado, ao depois, o paradeiro do citando, em face dos princípios da
celeridade e da economia, repristinar os efeitos do edital e permitir o
trâmite, como de direito".(Tribunal de Justiça do Distrito Federal - PROCESSO:
APELAÇÃO CÍVEL 19980110227644APC DF - ACÓRDÃO: 145364 - DATA: 27/08/2001 -
RELATOR: EDUARDO DE MORAES OLIVEIRA - PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF:
31/10/2001 Pág: 44 - CD ROM JUIS N. 36 - 2O trimestre de 2004).<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">"DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO MONITÓRIA. CHEQUE
PRESCRITO. CITAÇÃO EDITALÍCIA. CABIMENTO. ORIGEM DA DÍVIDA. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. À UNANIMIDADE.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">I - Justifica-se a citação editalícia, na hipótese de se
encontrar o réu em local incerto e não sabido, com a ressalva de que os atos
promovidos por oficial de justiça são revestido de fé pública.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">(...)" (Tribunal de Justiça do Distrito Federal - APELAÇÃO CÍVEL
19980110364948APC DF - ACÓRDÃO: 134375 - DATA: 11/12/2000 - RELATOR: WELLINGTON
MEDEIROS - PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 01/03/2001 Pág: 40 - CD ROM
JUIS N. 36 - 2O trimestre de 2004).<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">"USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIO. CITAÇÃO POR EDITAL DOS RÉUS. ALEGADA
NULIDADE. LUGAR INCERTO E NÃO SABIDO. VALIDADE. NOMEAÇÃO DE CURADOR ESPECIAL.
SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">- "A Lei Processual Civil não estabelece a necessidade de
se pesquisar o paradeiro do réu para o fim de ser citado por edital. A afirmação
do autor ou a certidão do oficial de justiça sobre esta circunstância basta
para que ela ocorra, tornando válida a relação processual e legítima a sentença
que deu pela procedência da ação de usucapião".<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">- "A citação por edital tendo observado os requisitos
presentes no art. 232 do Código de Processo Civil é reputada
válida"."(Tribunal de Alçada do Paraná - APELAÇÃO CÍVEL - 0208388-5 -
CURITIBA - JUIZ MARIA JOSÉ TEIXEIRA - SEXTA CÂMARA CÍVEL - Julg: 08/04/2003 -
Ac.: 168883 - Public.: 09/05/2003 - CD ROM JUIS N. 36 - 2O trimestre de 2004).<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">"AÇÃO DE DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO C/C COBRANÇA.
CITAÇÃO POR MANDADO FRUSTRADA POR DUAS VEZES. IMÓVEL DESOCUPADO. CITAÇÃO POR
EDITAL. POSSIBILIDADE - OCORRÊNCIA DOS PRESSUPOSTOS - ART. 231, I, DO CPC -
VÁLIDA. CONTESTAÇÃO DO CURADOR ESPECIAL. SENTENÇA MANTIDA. APELAÇÃO SEM
IMPUGNAR AS RAZÕES DE PEDIR DO DESPEJO. RECURSO IMPROVIDO.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">- Diante do desconhecimento do autor pelo paradeiro do réu, fato
corroborado com as diligências frustradas do Oficial de Justiça, impõe-se
reconhecer como correta a citação por edital, na forma do artigo 231, I, do
Código de Processo Civil. Não se olvidando ainda, que a certidão do Oficial de
Justiça tem fé pública, e atendidos os requisitos do artigo 143, I do mesmo
diploma processual". (Tribunal de Alçada do Paraná - APELAÇÃO CÍVEL -
0217398-0 - CURITIBA - JUIZ MIGUEL PESSOA - SÉTIMA CÂMARA CÍVEL - Julg:
12/02/2003 - Ac.: 161862 - Public.: 28/02/2003 - CD ROM JUIS N. 36 - 2O
trimestre de 2004).<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">"EMBARGOS A EXECUCAO - CURADORIA ESPECIAL INTEMPESTIVIDADE
DO APELO NAO VERIFICADA - AUSENCIA DE INTIMACAO PESSOAL DO DEFENSOR PUBLICO -
ALEGACAO DE NULIDADE DA CITACAO POR EDITAL - INOCORRENCIA - LUGAR INCERTO
CONFIGURADO - NORMA DO ARTIGO 231, II DO CPC.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">(...)<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">2. Para ensejar a citação por edital, basta que estejam os réus
em lugar não conhecido pelo oficial de justiça, assim certificado apos as
diligencias no endereço indicado pelo autor.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">APELO CONHECIDO E DESPROVIDO".(Tribunal de Alçada do Paraná
- APELACAO CIVEL - 176839800 - CURITIBA - HAMILTON MUSSI CORREA - TERCEIRA
CAMARA CIVEL - Julg: 11/12/01 - Ac.: 15151 - Public.: 08/02/02 - CD ROM JUIS N.
36 - 2O trimestre de 2004).<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">"AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. CITAÇÃO
POR EDITAL. NULIDADE. INOCORRÊNCIA.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">-(...)<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">- A certidão do oficial de justiça declarando que o réu
encontra-se em local incerto e não sabido detém fé pública, afigurando-se
plenamente cabível a citação editalícia em casos tais, ex vi da exegese dos
artigos 231, II, e 232, I, ambos do CPC".(Tribunal de Alçada de Minas Gerais
- Apelação n. 0327875-7 - Relator: Juiz Silas Vieira - Data Julg.: 20/02/2001 -
CD ROM JUIS N. 36 - 2O trimestre de 2004).<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">"AGRAVO DE INSTRUMENTO - CITAÇÃO POR EDITAL - REQUISITOS -
CERTIDÃO DO OFICIAL DE JUSTIÇA - RECURSO A QUE SE DÁ PROVIMENTO.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">- Para a citação por edital, mister que seja desconhecido ou
incerto o réu ou ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar,
devendo o fato ser afirmado pelo autor na petição inicial, o mesmo acontecendo,
se o oficial de justiça encarregado da citação, atestar a
circunstância".(Tribunal de Alçada de Minas Gerais - Agravo de Instrumento
n. 0368415-7 - Relator: Juiz Mauro Soares de Freitas - Data Julg.: 12/06/2002 -
CD ROM JUIS N. 36 - 2O trimestre de 2004).<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">"RESCISÃO DE CONTRATO - RÉU EM LUGAR INCERTO E NÃO SABIDO -
CITAÇÃO POR EDITAL - VALIDADE.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">- É válida a citação por edital, se o Oficial de Justiça, após
diligência, certificou estar o citando em lugar incerto e não sabido.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">- (...)" (Tribunal de Alçada de Minas Gerais - Apelação n.
0399921-3 - Relator: Juiz Guilherme Luciano Baeta Nunes - Data Julg.:
04/09/2003 - CD ROM JUIS N. 36 - 2O trimestre de 2004).<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Frise-se: como há certidão de Oficial de Justiça atestando a
incerteza e a ignorância sobre o paradeiro da agravada, tem-se que a hipótese
se enquadra perfeitamente nos artigos 231, II, 332, I, e, 870, II todos do
Código de Processo Civil.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Assim, tenho que deve ser dado provimento ao recurso para
deferir a notificação da agravada por edital.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">2- Dispositivo.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Nestas condições, DOU PROVIMENTO ao recurso para reformar a
decisão vergastada e deferir a notificação da agravada por edital.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Custas ex lege.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Em síntese, para efeito de publicação (artigo 506, III, do CPC):<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">- Conheceram do recurso e a ele deram provimento para reformar a
decisão vergastada e deferir a notificação por edital.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Votaram de acordo com o(a) Relator(a) os Desembargador(es):
TARCISIO MARTINS COSTA e JOSÉ ANTÔNIO BRAGA.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 8.35pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">SÚMULA : DERAM PROVIMENTO.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Fonte: TJMG. Acórdão nº 1.0024.07.483876-4/002</span><span style="background-color: #f4f3e4; color: #444444; font-family: "arial" , sans-serif;"><o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div style="background: #ECD7AC; border: solid windowtext 1.0pt; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-element: para-border-div; padding: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt;">
<div style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; padding: 0cm;">
<span style="background: white; font-family: "blackadder itc"; font-size: 14.0pt;">Maria da
Glória Perez Delgado Sanches</span><span style="font-family: "blackadder itc"; font-size: 14.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; padding: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; padding: 0cm;">
<span style="background: white; font-family: "adobe arabic" , "serif"; font-size: 14.0pt;">Membro
Correspondente da ACLAC – Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências de
Arraial do Cabo, RJ.</span><span style="font-family: "adobe arabic" , "serif"; font-size: 14.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: "adobe devanagari" , "serif"; font-size: 14.0pt;">Conheça
mais. Faça uma visita blogs disponíveis no perfil: artigos e anotações sobre
questões de Direito, português, poemas e crônicas ("causos"):</span><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;"> </span><a href="http://www.blogger.com/profile/14087164358419572567"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">http://www.blogger.com/profile/14087164358419572567</span></a><span style="font-size: 14.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="background: white; font-family: "adobe devanagari" , "serif"; font-size: 14.0pt;">Pergunte, comente, questione, critique.</span><span style="font-family: "adobe devanagari" , "serif"; font-size: 14.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="background: white; font-family: "adobe devanagari" , "serif"; font-size: 14.0pt;">Terei muito prazer em recebê-lo.</span><span style="font-family: "adobe devanagari" , "serif"; font-size: 14.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<br />maria da gloria perez delgado sancheshttp://www.blogger.com/profile/14087164358419572567noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5516696660356856186.post-51475944880067756532012-10-08T22:17:00.000-03:002016-03-24T20:41:22.105-03:00PRINCÍPIOS DO PROCESSO CAUTELAR<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;">1. AUTONOMIA</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">2. ACESSORIEDADE</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">3. INSTRUMENTALIDADE</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">4. PREVENTIVIDADE</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">5. URGÊNCIA</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">6. SUMARIEDADE DA COGNIÇÃO</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">7. PROVISORIEDADE</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">8. REVOGABILIDADE</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">9. INEXISTÊNCIA DE COISA JULGADA</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">10. FUNGIBILIDADE</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">1. AUTONOMIA</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O processo cautelar é um processo autônomo, apesar de ser
acessório, instrumental e dependente do processo principal, mas isso,
independente de sua autonomia.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Porque ele tem começo, meio e fim: petição inicial,
instrução e sentença. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Nada impede que seja decidido junto com o processo
principal.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A autonomia se expressa também...</span></div>
<a name='more'></a><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> pelo que está previsto no
artigo 710:</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">“Art. 810. O indeferimento da medida não obsta a que a parte
intente a ação, nem influi no julgamento desta, salvo se o juiz, no
procedimento cautelar, acolher a alegação de decadência ou de prescrição do
direito do autor.”</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">2. ACESSORIEDADE</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Se o processo cautelar existe em razão de um processo
principal, dele é sempre dependente. É a regra do artigo 796:</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">“Art. 796. O procedimento cautelar pode ser instaurado antes
ou no curso do processo principal e deste é sempre dependente.”</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">3. INSTRUMENTALIDADE</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O processo cautelar é um instrumento do processo principal,
para se obter uma medida assecuratória do resultado útil do processo principal.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O processo principal se serve do processo cautelar para obter
essa providência.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O processo cautelar é um instrumento do instrumento.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Calamandrei afirma que o processo cautelar é um instrumento
elevado ao quadrado. Por quê?</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Porque o processo cautelar é um instrumento do processo
principal. E o processo principal é um instrumento da jurisdição.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">4. PREVENTIVIDADE</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">No sentido de afastar, evitar, a ocorrência do dano
irreparável ou de difícil reparação.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">5. URGÊNCIA</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Em razão da situação de perigo. Por isso, a tutela cautelar
é uma das tutelas de urgência. São ESPÉCIES da tutela de urgência a CAUTELAR e
a ANTECIPADA, que é o próprio pedido que precisa ser já concedido, para se
evitar a ocorrência do dano irreparável ou de difícil reparação.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">6. SUMARIEDADE DA COGNIÇÃO</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O CONHECIMENTO do juízo é superficial. Basta a APARÊNCIA DO
DIREITO. É o conhecimento superficial, em razão do perigo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Para a tutela cautelar basta o fumus boni iuris – a
POSSIBILIDADE da existência do direito invocado pelo requerente. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Já para a tutela antecipada é preciso a prova inequívoca da
VEROSSIMILHANÇA DO DIREITO pleiteado. Uma prova robusta.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">7. PROVISORIEDADE</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Tanto a medida concedida como tutela antecipada como a
cautelar podem ser revogadas a qualquer tempo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O processo cautelar é autônomo. Tem começo, meio e fim.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O processo principal serve-se do processo cautelar.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Sendo provisório, o processo cautelar não é uma medida
definitiva.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Vai durar:</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">- enquanto durar o processo principal. Se o processo
principal for extinto, também o será a ação cautelar.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">- até que uma medida definitiva a substitua ou</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">- até 30 DIAS ou, ainda,</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">- se fato superveniente a torne desnecessária.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Art. 796. O procedimento cautelar pode ser instaurado antes
ou no curso do processo principal e deste é sempre dependente.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Se a ação cautelar for proposta antes e o juiz conceder a
medida, a parte (o requerente) tem 30 dias para propor a ação principal. Se ele
não propuser a ação principal nesse prazo, cessará a eficácia da medida. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O que não impedirá que seja proposta a ação principal.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Art. 806. Cabe à parte propor a ação, no prazo de 30 (trinta)
dias, contados da data da efetivação da medida cautelar, quando esta for
concedida em procedimento preparatório.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Art. 807. As medidas cautelares conservam a sua eficácia no
prazo do artigo antecedente e na pendência do processo principal; mas podem, a qualquer
tempo, ser revogadas ou modificadas.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">8. REVOGABILIDADE</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Tanto a medida concedida em processo cautelar como a
antecipação de tutela podem ser em qualquer momento revogadas e modificadas,
desde que as circunstâncias ensejadoras da concessão da medida tenham se
alterado.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">9. INEXISTÊNCIA DE COISA JULGADA</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Em sendo provisória, a medida cautelar não gera coisa
julgada material.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">10. FUNGIBILIDADE</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Coisa fungível é a que pode ser substituída, uma por outra.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">É a possibilidade de o juiz conceder a medida cautelar que
lhe pareça mais adequada, para proteger o direito da parte, ainda que não
corresponda àquela que foi pedida.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O pedido é para garantir uma MEDIDA acautelatória, para
garantir o RESULTADO ÚTIL do processo principal.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Se o juiz pode o mais (determinar de ofício), pode também o
menos (determinar a medida adequada).</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Nós temos ações cautelares nominadas, que têm requisitos
próprios:</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Ação de exibição</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Ação de busca e apreensão</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Ação de arresto</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O número de ações nominadas não preenche as necessidades do
jurisdicionado.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Por isso, o juiz pode conceder medidas cautelares
inominadas, que atendem apenas a dois requisitos:</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">- o fumus boni iuris e</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">- o periculum in mora.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O brasileiro dá um jeitinho e ingressa com uma ação
inominada para um pedido que estaria nas hipóteses de ação cautelar nominada.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Exemplo: na ação de arresto, o credor deve provar que é
titular de dívida líquida e certa.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Suponha que o credor peça o bloqueio da conta-corrente do
requerido – é caso de arresto.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O JUIZ PODE APLICAR O PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE ENTRE
CAUTELAR NOMINADA E CAUTELAR INOMINADA, SE PEDIDA UMA INOMINADA, SE DEVERIAM
ESTAR PRESENTES OS REQUISITOS DA NOMINADA?</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Não.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Porque seria uma forma de se burlar as exigências das ações
nominadas.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Sim. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Desde que presentes os pressupostos da ação nominada.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Entre a tutela CAUTELAR e a ANTECIPADA, a diferença fica
difícil de determinar.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Teoricamente, é fácil.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Mas, nas questões de ordem prática, cada um pode entender de
uma forma diferente.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Por confusão foi inserido o § 7º do artigo 273:</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">“§ 7o Se o autor, a título de antecipação de tutela,
requerer providência de natureza cautelar, poderá o juiz, quando presentes os
respectivos pressupostos, deferir a medida cautelar em caráter incidental do
processo ajuizado.”</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Ou seja, se pedida tutela antecipada e o juiz entender que
trata-se de medida de natureza cautelar, se verificados os pressupostos (o
periculum in mora e o fumus boni iuris), o juiz pode aplicar a medida cautelar,
segundo o princípio da fungibilidade.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">É UMA VIA DE MÃO DUPLA?</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Sim.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O professor Cândido Rangel Dinamarco afirma que sim.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">E a professora, também.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Desde que presentes os pressupostos da tutela antecipada.</span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt;">
<br /></div>
<div style="background: #ECD7AC; border: solid windowtext 1.0pt; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-element: para-border-div; padding: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt;">
<div style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; padding: 0cm;">
<span style="background-color: white; font-family: "blackadder itc";">Maria da
Glória Perez Delgado Sanches</span><span style="font-family: "blackadder itc";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; padding: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: none; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; padding: 0cm;">
<span style="background-color: white; font-family: "adobe arabic" , serif;">Membro
Correspondente da ACLAC – Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências de
Arraial do Cabo, RJ.</span><span style="font-family: "adobe arabic" , serif;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: "adobe devanagari" , serif;">Conheça
mais. Faça uma visita blogs disponíveis no perfil: artigos e anotações sobre
questões de Direito, português, poemas e crônicas ("causos"):</span><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"> </span><a href="http://www.blogger.com/profile/14087164358419572567"><span style="color: windowtext; font-family: "arial" , sans-serif;">http://www.blogger.com/profile/14087164358419572567</span></a><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="background-color: white; font-family: "adobe devanagari" , serif;">Pergunte, comente, questione, critique.</span><span style="font-family: "adobe devanagari" , serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="background-color: white; font-family: "adobe devanagari" , serif;">Terei muito prazer em recebê-lo.</span></div>
<br />maria da gloria perez delgado sancheshttp://www.blogger.com/profile/14087164358419572567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5516696660356856186.post-42661108534788332952008-09-26T21:26:00.001-03:002012-08-11T18:59:23.052-03:00ATESTADO DE ÓBITO E SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA FIDEICOMISSÁRIAÉ necessário o atestado de óbito para instruir a inicial na ação de posse em nome do nascituro.<br />
Na SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA FIDEICOMISSÁRIA, se o fiduciário morrer, e o fideicomissário é concebido mas não nascido, é possível a ação de posse em nome do nascituro.maria da gloria perez delgado sancheshttp://www.blogger.com/profile/14087164358419572567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5516696660356856186.post-37632089518805793352008-09-20T11:59:00.001-03:002012-08-11T19:00:34.179-03:00DIFERENÇA ENTRE PROCESSO E MEDIDA CAUTELARPROCESSO CAUTELAR: a relação jurídica<br />
<br />
MEDIDA CAUTELAR: a providência – o que se pleiteia. <br />
<br />
No processo cautelar se pleiteia a MEDIDA CAUTELAR, que pode ser pleiteada, também, no processo de conhecimento e no processo de execução.<br />
O processo cautelar não pode ser instaurado de ofício: artigo 2º, CPC .<br />
Mas pelos artigos 797 a 799, o juiz pode determinar uma MEDIDA CAUTELAR, de ofício, para garantir o resultado útil do processo principal.<br />
<a name='more'></a><br />
Porque o juiz está investido no poder de cautela.<br />
Quais os atos que o juiz pode determinar? <br />
Quaisquer medidas para assegurar o resultado útil do processo principal (artigo 799).<br />
O poder geral de cautela é um poder concedido ao juiz para que ele possa conceder, além das medidas nominadas, outra, que determine.<br />
<br />
Como SE MANIFESTA o poder geral de cautela?<br />
- de ofício;<br />
- por requisição.<br />
<br />
O artigo 800 estabelece as regras de competência.<br />
A ação cautelar está sempre vinculada à ação principal. É vínculo de caráter absoluto, de competência funcional.<br />
<br />
Não esquecer as dez características do processo cautelar.<br />
<br />
Porque se diz que o processo cautelar é o instrumento do instrumento?<br />
O processo é o instrumento da jurisdição. E o processo cautelar é instrumento do processo principal.<br />
<br />
131º Exame da OAB<br />
37ª Questão: O arresto é uma das demandas cautelares típicas, prevista nos arts. 813 a 821 do Código de Processo Civil, sendo cabível<br />
a) quando o oficial de justiça, não localizando o executado para proceder à citação, encontra bens suficientes para garantir a execução.<br />
b) quando o devedor sem domicílio certo deixa de pagar a obrigação no prazo estipulado.<br />
c) quando lhes foi disputada a propriedade ou a posse, havendo fundado receio de danificação.<br />
d) quando houver fundado receio de extravio ou de dissipação de bens.<br />
A resposta correta é a letra b.maria da gloria perez delgado sancheshttp://www.blogger.com/profile/14087164358419572567noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5516696660356856186.post-32986638643116839692008-06-15T17:10:00.001-03:002012-08-11T19:01:47.719-03:00DE OUTRAS MEDIDAS PROVISIONAISArtigos 888 e 889 do CPC<br />
<br />
Art. 888. O juiz poderá ordenar ou autorizar, na pendência da ação principal ou antes de sua propositura:<br />
I - obras de conservação em coisa litigiosa ou judicialmente apreendida;<br />
II - a entrega de bens de uso pessoal do cônjuge e dos filhos;<br />
III - a posse provisória dos filhos, nos casos de separação judicial ou anulação de casamento;<br />
IV - o afastamento do menor autorizado a contrair casamento contra a vontade dos pais;<br />
V - o depósito de menores ou incapazes castigados imoderadamente por seus pais, tutores ou curadores, ou por eles induzidos à prática de atos contrários à lei ou à moral;<br />
Vl - o afastamento temporário de um dos cônjuges da morada do casal;<br />
Vll - a guarda e a educação dos filhos, regulado o direito de visita;<br />
Vlll - a interdição ou a demolição de prédio para resguardar a saúde, a segurança ou outro interesse público.<br />
<br />
Art. 889. Na aplicação das medidas enumeradas no artigo antecedente observar-se-á o procedimento estabelecido nos arts. 801 a 803.<br />
<br />
Parágrafo único. Em caso de urgência, o juiz poderá autorizar ou ordenar as medidas, sem audiência do requerido.<br />
<br />
“São assim denominadas por completarem o rol das AÇÕES CAUTELARES NOMINADAS, mas que não se sujeitam a procedimento cautelar específico.”<br />
<a name='more'></a><br />
<br />
MEDIDA é a providência.<br />
<br />
As AÇÕES CAUTELARES dividem-se em:<br />
- nominadas e<br />
- inominadas.<br />
<br />
PROCEDIMENTO CAUTELAR<br />
Divide-se em:<br />
- comum e<br />
- específico.<br />
<br />
NATUREZA JURÍDICA<br />
“São ações cautelares nominadas, tipificadas pelo legislador (predeterminação do conteúdo e do interesse tutelado, que se sujeitam ao procedimento comum das cautelares (arts. 880 a 8ll, CPC).”<br />
<br />
Pode ser concedida a TUTELA INAUDITA ALTERA PARTE – artigo 804 do CPC.<br />
<br />
Prazo de 30 dias para a propositura da ação principal, quando a cautelar for preparatória e restritiva de direitos sob pena de perda da eficácia – art. 806, CPC.<br />
<br />
<br />
<br />
Art. 888. O juiz poderá ordenar ou autorizar, na pendência da ação principal ou antes de sua propositura:<br />
<br />
I - OBRAS DE CONSERVAÇÃO EM COISA LITIGIOSA OU JUDICIALMENTE APREENDIDA. <br />
<br />
Nunca pode ser preparatória, só admitindo a forma incidental.<br />
<br />
COISA<br />
A coisa, ainda. A coisa judicialmente apreendida.<br />
Não é somente a coisa corpórea, mas o OBJETO DA LIDE, que é coisa litigiosa.<br />
Reproduzindo as palavras de Antônio Cláudio da Costa Machado:<br />
“Trata-se, em questão, de medida cautelar incidente cuja finalidade é prevenir a deterioração física ou jurídica do bem, objeto do litígio, mediante a prática autorizada de atos de conservação. Coisa judicialmente apreendida é, de fato, bem corpóreo submetido a ato de constrição (o imóvel arrestado, o móvel seqüestrado, os semoventes penhorados ou arrecadados), mas coisa litigiosa não é obrigatoriamente sinônimo de res: pode ser, v.g., na hipótese da casa objeto de reintegração ou reivindicação, mas pode não ser se o objeto do litígio é um direito qualquer cuja conservação exija a prática de ato jurídico, como a participação numa assembléia (condomínio, sociedade anônima) ou o envio de uma interpelação ou notificação. Observe-se que, em se tratando de bens corpóreos, as obras a que alude o texto correspondem à idéia de benfeitorias necessárias (CC, art. 96, § 3º), enquanto no caso de bens incorpóreos o termo “obras” tem de ser entendido como ato de conservação. Por fim, note-se que somente as partes estão legitimadas para pedir essa providência cautelar e não o depositário. Esse só pode comunicar ao juízo o perigo de deterioração, mas não requerer a medida (aos pequenos reparos está ele obrigado, todavia – art. 148).”<br />
<br />
<br />
DA COISA<br />
<br />
COISA JUDICIALMENTE APREENDIDA: <br />
- móvel,<br />
- imóvel ou<br />
- semovente.<br />
<br />
COISA LITIGIOSA:<br />
Corpórea ou incorpórea.<br />
<br />
<br />
OBJETIVO<br />
“prevenir deterioração física ou jurídica de bem, mediante prática autorizada de atos de conservação.” (Costa Machado)<br />
<br />
MOMENTO<br />
“Pode ser proposta APENAS como incidental (no curso da ação principal).<br />
<br />
LEGITIMADOS<br />
Ambos os litigantes.<br />
Se é coisa judicialmente apreendida, o depositário não promove esta ação, mas sim as partes.<br />
O depositário não tem INTERESSE nem LEGITIMIDADE em propor esta ação.<br />
Basta um requerimento no processo em que ele foi nomeado depositário para obter as obras de conservação.<br />
Se vier a promover a ação, haverá CARÊNCIA DE AÇÃO, por falta de interesse (não há necessidade de ação cautelar, nesse caso).<br />
É a única medida do rol que tem NATUREZA PATRIMONIAL.<br />
<br />
DEPOSITÁRIO<br />
“O depositário tem a obrigação de zelar pela coisa, dentro de certos limites, extinguindo-se tal responsabilidade com a comunicação ao juízo, por simples petição.”<br />
<br />
<br />
Art. 888. O juiz poderá ordenar ou autorizar, na pendência da ação principal ou antes de sua propositura:<br />
(...)<br />
II - A ENTREGA DE BENS DE USO PESSOAL DO CÔNJUGE E DOS FILHOS;<br />
<br />
OBJETIVO<br />
Garantir a entrega de bens pessoais do cônjuge e dos filhos.<br />
<br />
MOMENTO<br />
Pode ser proposta como ação preparatória ou incidental.<br />
<br />
LEGITIMADOS<br />
“O cônjuge e os filhos (representados ou assistidos). Cabe fazer prova da condição dos bens.<br />
Pode o companheiro? Caberá requerer medida embasada no Poder Geral da Cautela (art. 798 a 799, CPC).”<br />
<br />
NATUREZA DA MEDIDA<br />
“Se proposta a medida e o requerido não contestar, terá natureza satisfativa (reconhecimento do pedido)? <br />
Se proposta a medida e o requerido contestar, terá natureza preparatória, tornando-se necessária a propositura de ação principal (Costa Machado)<br />
Tem natureza cautelar, porém não se submete ao prazo do artigo 806 do CPC, pois é conservativa de direitos e não restritiva.”<br />
<br />
Dessa forma a ação cautelar pode ser PREPARATÓRIA ou INCIDENTAL.<br />
Se preparatória sujeita-se ao prazo de 30 dias. Mas se forem os bens de USO PESSOAL (livro, jóia, roupas), a mulher tem que devolve-lo ao marido? Bens de uso pessoal e NÃO HOUVER QUESTIONAMENTO PELA PARTE CONTRÁRIA.<br />
Se os bens são de uso pessoal, não vai devolver, ainda que promova a ação principal no prazo de trinta dias.<br />
Porque tem NATUREZA SATISFATIVA. Só não tem natureza satisfativa se na ação principal for discutida a PROPRIEDADE desses bens.<br />
<br />
Nas palavras do professor Antonio Cláudio:<br />
“A medida de que ora se cogita pode ou não ter natureza satisfativa, dependendo basicamente de uma circunstância, que se traduz no seguinte questionamento: há dúvida, ou não, a respeito da propriedade do bem do cônjuge ou do filho? Se o requerido, uma vez citado (art. 802), não contestar a ação ou, contestando-a, não negar a propriedade, a execução da medida liminarmente concedida não faz incidir o prazo do art. 806. Pelo contrário, se houver contestação fundada na ausência de propriedade, toda essa discussão terá de ser objeto de futura aça reivindicatória, uma vez que os bens de uso pessoal do cônjuge não integram a comunhão (CC, arts 1.659, V, e 1.668, V) nem os do filho pertencem aos seus progenitores (CC, art. 1.689). Na primeira hipótese, o juiz profere sentença de procedência e manda os autos para o arquivo; na segunda há de se aguardar a propositura da ação principal no prazo do art. 806, sob pena de cessação da eficácia da medida cautelar concedida (art. 808, I e II). Entre concubinos idêntica providência pode ser requerida, mas com base no poder geral de cautela (arts. 798 e 799).”<br />
<br />
A professora coloca a seguinte questão (OAB e CONCURSOS):<br />
<br />
“Não proposta a ação principal no prazo de 30 dias, cessam os efeitos da medida automaticamente.”<br />
Não.<br />
Não é automaticamente. O juiz ainda vai decidir. A parte contrária vai falar. Pode ser o caso de o Ministério Público se pronunciar.<br />
<br />
Ação cautelar de busca e apreensão de uma criança: não foi proposta ação principal no prazo de 30 dias. Vai-se devolver a criança? Não.<br />
Nenhuma medida cessa AUTOMATICAMENTE. Porque não está escrito na lei. <br />
A lei diz: “cessam os efeitos”, mas não automaticamente.<br />
<br />
Se os bens forem de uso pessoal e não houver discussão sobre a propriedade, terá natureza satisfativa.<br />
<br />
<br />
Art. 888. O juiz poderá ordenar ou autorizar, na pendência da ação principal ou antes de sua propositura:<br />
(...)<br />
III - A POSSE PROVISÓRIA DOS FILHOS, NOS CASOS DE SEPARAÇÃO JUDICIAL OU ANULAÇÃO DE CASAMENTO;<br />
<br />
OBJETIVO<br />
“Estabelecer a guarda provisória dos filhos na pendência de separação LITIGIOSA, divórcio, anulação ou nulidade de casamento e dissolução de união estável.”<br />
<br />
MOMENTO<br />
“Pode ser PREPARATÓRIA ou INCIDENTAL.”<br />
<br />
A divulgação da guarda compartilhada está suscitando um maior interesse dos pais, que não querem mais visitar a cada quinze dias. A visita a cada quinze dias não é o máximo. É o mínimo.<br />
<br />
A psicóloga Nazaré, da Escola Paulista de Magistratura explica que essa expressão é um equívoco (visita do pai – ou da mãe). Não é mera visita. Às visitas, recebemos na sala, tomam um cafezinho.<br />
<br />
“LEGITIMADOS<br />
- os pais.<br />
O Ministério Público deve intervir sempre – art. 82, I, CPC.”<br />
<br />
Esta ação pode ser cautelar, pode ser de fixação de guarda compartilhada e requer a antecipação da tutela pala a guarda compartilhada.<br />
<br />
Suponha que o juiz conceda.<br />
Desloca a guarda da criança ou do adolescente – se for conveniente para ela.<br />
Se a criança já está matriculada na escola, volta à casa anterior e não está correndo perigo nenhum, não vai voltar para lá.<br />
Porque vê-se o interesse do menor. <br />
Daí, se não propuser a ação principal no prazo de 30 dias, não vai devolvê-la.<br />
<br />
*************************************<br />
<br />
“ART. 888, III # ART. 888, VII:<br />
<br />
III - A POSSE PROVISÓRIA DOS FILHOS, NOS CASOS DE SEPARAÇÃO JUDICIAL OU ANULAÇÃO DE CASAMENTO;<br />
<br />
VLL - A GUARDA E A EDUCAÇÃO DOS FILHOS, REGULADO O DIREITO DE VISITA;<br />
<br />
O primeiro caso refere-se a situações que importem ação de separação judicial, anulação de casamento ou dissolução de união estável. Já no segundo caso, a situação de fundo refere-se a ações em que se discute a guarda como ação de destituição do poder familiar ou sua suspensão.”<br />
<br />
<br />
O que vai diferenciar uma da outra?<br />
A ação principal.<br />
III – a ação principal é a ação de separação do casal, divórcio, anulação, etc = a separação dos pais.<br />
VII – a ação principal é outra.<br />
O objetivo é a destituição ou a suspensão do poder familiar.<br />
É diferente.<br />
<br />
O VII pode acontecer também no caso de tutela. A criança está com o tutor. Em ação de destituição de tutela.<br />
<br />
**********************************************<br />
<br />
III – continuação<br />
OBSERVAÇÃO:<br />
Visa atender aos interesses do menor e não dos pais.<br />
Não isenta o cônjuge distante das obrigações para com o filho.<br />
Pode haver cumulação do pedido de posse com o de regulamentação de visitas.<br />
Vencido o prazo de 30 dias (806, CPC) sem propositura da ação principal, não se pode determinar, de pronto, o retorno à condição anterior (conforme Costa Machado).<br />
<br />
*******************************<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Art. 888. O juiz poderá ordenar ou autorizar, na pendência da ação principal ou antes de sua propositura:<br />
(...)<br />
IV - O AFASTAMENTO DO MENOR AUTORIZADO A CONTRAIR CASAMENTO CONTRA A VONTADE DOS PAIS;<br />
<br />
<br />
OBJETIVO<br />
“Obter o AFASTAMENTO do menor autorizado (JUDICIALMENTE) a contrair núpcias contra a vontade dos pais.”<br />
<br />
AÇÃO PRINCIPAL<br />
“Necessariamente, a ação principal é um PROCEDIMENTO DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA de suprimento judicial.”<br />
<br />
“A negação de autorização pelos pais há de ser INJUSTIFICADA.”<br />
<br />
COMO FUNCIONA?<br />
O Código Civil estabelece a capacidade para casar.<br />
Se adquire com a maioridade aos dezoito anos, e é lógico que pode casar-se.<br />
Dos 16 anos completos, o menor pode casar, mas depende da autorização DE AMBOS OS PAIS. Ou do representante legal. O curador ou o tutor, se for o caso.<br />
Se os pais estiverem em lugar incerto u não sabido ou por recusa de um ou do outro, é possível requerer o suprimento de jurisdição voluntária (CC), artigos 1.519 e 1.517.<br />
<br />
Da Capacidade PARA O CASAMENTO<br />
ART. 1.517. O HOMEM E A MULHER COM DEZESSEIS ANOS PODEM CASAR, EXIGINDO-SE AUTORIZAÇÃO DE AMBOS OS PAIS, OU DE SEUS REPRESENTANTES LEGAIS, ENQUANTO NÃO ATINGIDA A MAIORIDADE CIVIL.<br />
PARÁGRAFO ÚNICO. SE HOUVER DIVERGÊNCIA ENTRE OS PAIS, APLICA-SE O DISPOSTO NO PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 1.631.<br />
Art. 1.518. Até à celebração do casamento podem os pais, tutores ou curadores revogar a autorização.<br />
ART. 1.519. A DENEGAÇÃO DO CONSENTIMENTO, QUANDO INJUSTA, PODE SER SUPRIDA PELO JUIZ.<br />
Art. 1.520. Excepcionalmente, será permitido o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil (art. 1517), para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal ou em caso de gravidez.<br />
<br />
Art. 1.631. Durante o casamento e a união estável, compete o poder familiar aos pais; na falta ou impedimento de um deles, o outro o exercerá com exclusividade.<br />
Parágrafo único. Divergindo os pais quanto ao exercício do poder familiar, é assegurado a qualquer deles recorrer ao juiz para solução do desacordo.<br />
<br />
<br />
Ir a juízo promover este procedimento de jurisdição voluntária pelo artigo 1.519 é o primeiro passo.<br />
Então, obtém o menor a autorização para casar.<br />
Agora, precisa da autorização para sair de casa.<br />
<br />
Primeiro, obtém a autorização para casar.<br />
Depois, a autorização para sair de casa.<br />
<br />
<br />
LEGITIMADOS<br />
O próprio menor (menor de 16 anos, devidamente assistido por parente) e o Ministério Público.<br />
<br />
<br />
OBSERVAÇÕES:<br />
“Aplica-se, por analogia, também em situação de recusa de assentimento pelo tutor ou curador.<br />
Caso o casamento não se verifique, a medida de autorização do afastamento concedida ao menor perderá a eficácia.<br />
O juiz, ao conceder a medida, deve de pronto determinar o depósito do menor com parente ou terceiro idôneo.”<br />
<br />
Como já vimos, a perda desta eficácia NÃO É AUTOMÁTICA. <br />
<br />
Nas palavras do professor Antonio Cláudio:<br />
“Estabelece o artigo 1.517 do CC que o homem e a mulher com 16 anos dependem de autorização de ambos os pais para casar enquanto não atingida a maioridade civil; o parágrafo único do mesmo artigo institui solução para a hipótese de discordância entre os progenitores. Já o art. 1.519 do mesmo institui solução para a hipótese de discordância entre os progenitores. Já o art. 1.519 do mesmo estatuto afirma que, havendo denegação injusta, o juiz pode suprir tal consentimento, o que se aperfeiçoa por meio de procedimento de jurisdição voluntária (arts. 1.103 e segs. Do CPC). Destarte, como o texto legal sob exame refere expressamente “menor autorizado [...]”, fica claro que a presente ação cautelar só pode ser ajuizada pelo incapaz, uma vez obtida a autorização judicial para casar (nesse sentido Antonio Macedo de Campos); sem ela, o requerente é carecedor da ação por falta de interesse de agir, aqui expresso pelo fumus boni iuris. A legitimação ativa ad causam se estende, observe-se, a qualquer parente do incapaz, porque a se entender restritivamente a previsão, o requerimento pode tornar-se inviável, na prática, pelo cerceamento que o pai ou o tutor (por analogia) imponha ao filho. Por fim, merece destaque a peculiaridade de que a presente ação cautelar é preparatório do procedimento administrativo de habilitação matrimonial (Pontes de Miranda), posto que o sucesso desse, e do casamento que se siga, depende da liberdade de locomoção do incapaz.”<br />
<br />
Se ele não tem a autorização para casar, é CARECEDOR DA AÇÃO.<br />
Esta ação é PREPARATÓRIA para o PROCEDIMENTO DO CASAMENTO.<br />
Obteve a autorização. Precisa de liberdade para o procedimento.<br />
É a posição que repete Pontes de Miranda.<br />
<br />
OBSERVAÇÃO:<br />
Esta ação é proposta ANTES do casamento. Mas daí a dizer que a AÇÃO PRINCIPAL é o casamento, não dá.<br />
Esta ação é em juízo. O casamento é apenas um procedimento administrativo no cartório.<br />
Esta ação é, sim, posterior ao suprimento e anterior ao casamento.<br />
<br />
suprimento<br />
↓<br />
afastamento<br />
↓<br />
casamento<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Art. 888. O juiz poderá ordenar ou autorizar, na pendência da ação principal ou antes de sua propositura:<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
O MENOR DE 16 ANOS PODE CASAR?<br />
Excepcionalmente, sim, mas somente com autorização judicial.<br />
Para evitar a prisão ou em caso de gravidez.<br />
O suprimento judicial é essencial neste caso.<br />
<br />
Art. 1.520 do Código Civil: Excepcionalmente, será permitido o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil (art. 1517), para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal ou em caso de gravidez.<br />
<br />
<br />
<br />
Art. 888. O juiz poderá ordenar ou autorizar, na pendência da ação principal ou antes de sua propositura:<br />
(...)<br />
V - O DEPÓSITO DE MENORES OU INCAPAZES CASTIGADOS IMODERADAMENTE POR SEUS PAIS, TUTORES OU CURADORES, OU POR ELES INDUZIDOS À PRÁTICA DE ATOS CONTRÁRIOS À LEI OU À MORAL;<br />
<br />
OBJETIVO<br />
“Proteger o menor, por meio de seu depósito, entregando-o aos cuidados de terceira pessoa, com o objetivo de resguardá-lo física e moralmente daquele em cuja guarda se encontrava.”<br />
<br />
MOMENTO:<br />
“Pode ser preparatória ou incidental (no curso de ação de suspensão, destituição do poder familiar, desconstituição de tutela, curatela e guarda).”<br />
<br />
AÇÃO PRINCIPAL<br />
- suspensão;<br />
- destituição do poder familiar, tutela, curatela.<br />
<br />
Esta ação é tratada no ECA. É crime.<br />
É preciso consultar o ECA mais o Código Civil (tratamento aos incapazes).<br />
<br />
LEGITIMADOS<br />
O menor, algum parente e o Ministério Público. Também a defensoria pública.<br />
<br />
OBSERVAÇÃO<br />
“Aplica-se, por analogia, aos casos de abuso contra órfãos e interditos (tutela ou curatela).<br />
Caso se verifique resistência na entrega do menor, pode ser expedido mandado de busca e apreensão para depósito do menor.<br />
O depósito pode ser feito a parente, pessoa idônea ou instituição.”<br />
<br />
“No interesse do bem-estar do menor, a medida não perde a eficácia em razão do não atendimento ao prazo de 30 dias para a propositura de ação principal.”<br />
<br />
DA PERDA DA EFICÁCIA<br />
Nem se cogita a perda da eficácia pela não propositura da ação principal. Não tem sentido. Se o menor estava exposto, não faz sentido devolvê-lo.<br />
<br />
Qualquer medida cautelar não cessa automaticamente. É o juiz quem vai decidir. <br />
Da mesma forma que ele concedeu, vai retirar ou não.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Art. 888. O juiz poderá ordenar ou autorizar, na pendência da ação principal ou antes de sua propositura:<br />
(...)<br />
Vl - o afastamento temporário de um dos cônjuges da morada do casal;<br />
<br />
<br />
OBJETIVO: <br />
“Resguardar a integridade física e moral do requerente e ou filhos ou legitimação de condição de afastamento.”<br />
<br />
MOMENTO:<br />
“Pode ser preparatória ou incidental (do processo de separação judicial, anulação ou declaração de nulidade de casamento).”<br />
<br />
LEGITIMADOS<br />
Os cônjuges. Eram apenas os cônjuges que podiam promover esta AÇÃO CAUTELAR de SEPARAÇÃO DE CORPOS. Ou seja, se fossem CASADOS. Hoje, também podem promover os companheiros. Nesse caso a ação principal é a ação declaratória de união estável.<br />
Antes do conseqüente é preciso haver o antecedente.<br />
Portanto, para existir a separação da união estável, antes é preciso haver o reconhecimento da união estável.<br />
<br />
NOME DA AÇÃO CAUTELAR:<br />
O Código Civil e a Lei Maria da Penha prevêem a ação cautelar de separação de corpos. O Código Civil não faz diferença se na ação de separação, divórcio direto, anulação ou dissolução de união estável.<br />
<br />
Art. 1.562. Antes de mover a ação de nulidade do casamento, a de anulação, a de separação judicial, a de divórcio direto ou a de dissolução de união estável, poderá requerer a parte, comprovando sua necessidade, a separação de corpos, que será concedida pelo juiz com a possível brevidade.<br />
<br />
ESTA AÇÃO É POSSÍVEL SE A UNIÃO FOR HOMOAFETIVA?<br />
O que acontecia no passado? Esta ação cautelar de separação de corpos só era possível para as pessoas casadas.<br />
Um juiz chegou mesmo a argumentar: “Se de fato se uniram, de fato se separem”: uma coisa horrorosa!<br />
É a negação da prestação jurisdicional.<br />
Um profissional precisa ter TÉCNICA para obter o resultado esperado.<br />
Cabe ao advogado encontrar o caminho correto.<br />
Naquela oportunidade, usávamos o artigo 798 do CPC, com a AÇÃO INOMINADA. <br />
A ação principal era a AÇÃO DECLARATÓRIA DE SOCIEDADE DE FATO, para um homem e uma mulher que não eram casados.<br />
Com a Constituição Federal de 1.988 surge a possibilidade de se fazer a separação de corpos na união estável.<br />
E a saída para a união homossexual é o mesmo artigo 798: a ação cautelar inominada.<br />
Também podendo ser usada para o caso de irmãos que moram juntos e no de colegas de faculdade que moram na mesma casa.<br />
Não interessa o que fazem entre quatro paredes. Há uma situação de conflito e duas pessoas que moram em uma mesma casa e uma delas precisa sair.<br />
<br />
OBSERVAÇÃO<br />
“A medida pode ser utilizada para evitar que o cônjuge ausente retorne.<br />
A medida pode ser utilizada para autorizar a saída de qualquer dos cônjuges (requerente ou requerido). No caso do afastamento do requerente a medida tem em vista a não caracterização de abandono do lar.<br />
O afastamento coercitivo é medida excepcional, que se efetiva por mandado de afastamento, desde que provada a sua necessidade.<br />
O afastamento do cônjuge não o dispensa dos deveres de assistência à família e não elimina os direitos relativos ao poder familiar.<br />
PREPARATÓRIA<br />
Como medida restritiva de direitos, deve obedecer o prazo de 30 dias para a propositura da ação principal, sob pena de perda da eficácia.”<br />
<br />
<br />
1. SE O CASAL JÁ ESTIVER SEPARADO DE FATO, É POSSÍVEL PROMOVER ESTA AÇÃO DE SEPARAÇÃO DE CORPOS?<br />
O PEDIDO, na ação cautelar de separação de corpos e seus efeitos: o pedido tem efeitos MATERIAIS e JURÍDICOS.<br />
<br />
EFEITOS MATERIAIS<br />
Para que um dos cônjuges SAIA do lar conjugal: o requerente ou o requerido. Na petição inicial é preciso dizer isso.<br />
<br />
EFEITOS JURÍDICOS<br />
Este cônjuge não pode mais retornar. Se essa mulher ficar grávida, não há a presunção de que seja do marido o filho que ela espera. Se o marido ganhar na loteria, não divide o prêmio. Não se pode cobrar do marido ou da mulher o débito conjugal e a fidelidade.<br />
Se o casal estiver separado de fato, produzem-se apenas os EFEITOS JURÍDICOS.<br />
<br />
Portanto, é possível. Porque conta o prazo para o divórcio.<br />
A situação de perigo são os reflexos da separação. O pedido do requerente, na ação cautelar, pode ser apenas os efeitos jurídicos.<br />
<br />
<br />
2. ESTA AÇÃO DE SEPARAÇÃO DE CORPOS PODE SER CONSENSUAL?<br />
Para que o casal possa separar-se consensualmente, a lei exige um ano de casamento. Nesse ano de casamento, são separados de fato e vão partilhar bens, morar na mesma casa?<br />
Em razão desse óbice, de que não é possível promover a ação de separação judicial antes de um ano, é possível.<br />
A ação principal a ser promovida é a ação de separação consensual, e a ação cautelar é ação preparatória. Dessa forma, conta-se o prazo de trinta dias a partir da data do vencimento: começa a fluir a partir da data de aniversário do casamento.<br />
Já vimos isso no caso de título. Conta-se o prazo a partir do vencimento do título.<br />
Dentro desses trinta dias deve ser proposta a ação principal, sob pena de se perderem os efeitos da ação cautelar. Cessam os efeitos da ação cautelar, findando esses trinta dias.<br />
No caso, discutimos a separação consensual. Mas que poderá ser litigiosa.<br />
Para a conversão da separação em divórcio conta-se um ano. De quando? Da separação de corpos. Um ano para a conversão em divórcio.<br />
<br />
<br />
SEPARAÇÃO DE FATO<br />
A ação de separação de corpos pode ser promovida ainda que o casal esteja separado de fato.<br />
Porque o efeito é amplo – efeitos materiais e jurídicos. Se estiver separado de fato, promove-se a ação, visando os efeitos jurídicos.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Art. 888. O juiz poderá ordenar ou autorizar, na pendência da ação principal ou antes de sua propositura:<br />
(...)<br />
Vll - a guarda e a educação dos filhos, regulado o direito de visita.<br />
<br />
Já falamos sobre ele, ao compararmos com o III.<br />
O que os distingue? A ação principal.<br />
No caso do III, a ação principal é a ação de separação DOS PAIS.<br />
<br />
OBJETIVO<br />
“Tutela dos efeitos de processos que envolvam discussão do poder familiar, a validade de nomeação de tutor ou curador, ou a sua remoção.”<br />
<br />
MOMENTO<br />
Pode ser preparatória ou incidental.<br />
<br />
LEGITIMADOS<br />
Os pais, parentes próximos, o Ministério Público, a defensoria pública, terceiros. Esta providência pode ser tutelada por ação autônoma.<br />
<br />
OBSERVAÇÃO<br />
A intervenção do Ministério Público é obrigatória (art. 82, I, CPC).<br />
Sempre que houver o interesse de menores ou incapazes, é indispensável a intimação do Ministério Público.<br />
Aplica-se o CDC e o ECA.<br />
<br />
O juiz não está adstrito ao PEDIDO das partes. Porque ele sempre se guiará pelo interesse do menor.<br />
A medida não cessa automaticamente. Da mesma forma que o juiz concedeu, é ele quem decidirá para a cessação dos efeitos.<br />
<br />
O não cessamento automático é em geral, e não apenas no caso de menores. O oficial leva um mandado com ordem do juiz para arrestar bens. Pode o oficial de justiça cancelá-lo? Não, por óbvio. Somente o juiz.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Art. 888. O juiz poderá ordenar ou autorizar, na pendência da ação principal ou antes de sua propositura:<br />
(...)<br />
Vlll - a interdição ou a demolição de prédio para resguardar a saúde, a segurança ou outro interesse público.<br />
<br />
OBJETIVO<br />
“Promover a interdição ou demolição de prédio para resguardar a saúde, a segurança ou o interesse público.”<br />
<br />
MOMENTO<br />
Pode ser preparatória ou incidental. <br />
Para Costa Machado, trata-se de medida acautelatória, apenas.<br />
<br />
A ação de nunciação de obra nova exige que a obra NÃO ESTEJA CONCLUÍDA. <br />
Porque se concluída estiver, qual seria a ação cabível? A ação de demolição.<br />
Cabe AÇÃO AUTÔNOMA para DEMOLIR o prédio? É claro que cabe.<br />
Há alguns anos, atrás um prédio na Avenida Paulista foi interditado, porque corria o risco de incêndio.<br />
Todos os moradores foram obrigados a desocupar o prédio.<br />
Enquanto não fossem feitas as obras de reparação do prédio, enquanto não obtivessem o alvará do Corpo de Bombeiros e da Prefeitura, não poderiam voltar. O prédio era composto por quitinetes. A interdição foi proposta em ação autônoma.<br />
<br />
TODOS OS OITO INCISOS ADMITEM AÇÃO CAUTELAR, MAS AÇÃO AUTÔNOMA, TAMBÉM. => PROVA<br />
<br />
SEMPRE A MEDIDA QUE FOR RESTRITIVA OU CONSTRITIVA DE DIREITOS SUBMETE-SE AO PRAZO DE TRINTA DIAS.<br />
<br />
LEGITIMADOS<br />
As partes que litigam sobre o direito de VIZINHANÇA, o Ministério Público, no interesse público e o terceiro que se sinta ameaçado. <br />
Pode ser proposta pelas pessoas jurídicas legitimadas para a proposição da ação civil pública.<br />
<br />
OBSERVAÇÃO<br />
Para as medidas que impliquem imediata alteração de situação fática, imputando supressão de direito, há necessidade de propositura da ação principal no prazo de trinta dias.<br />
NÃO SE CONFUNDIR com ação de NUNCIAÇÃO DE OBRA NOVA, a qual se limita a obra em construção e fundamenta-se no prejuízo auferido pelo vizinho – na cautelar, refere-se a obras construídas ou em construção.<br />
<br />
1. CONCEITO DE VIZINHANÇA<br />
Não refere-se a prédios contíguos, mas é um conceito mais abrangente. O que importa é que o que está sendo feito em um prédio está sendo recepcionado pelo outro prédio. <br />
Poluição ou barulho: a dois quarteirões os moradores recepcionam. Portanto, é considerado direito de vizinhança.<br />
<br />
Esta ação tanto pode ser proposta pelo proprietário do prédio como pelo possuidor.<br />
Não é exclusiva do proprietário.<br />
<br />
QUAL SERIA A AÇÃO PRINCIPAL? A AÇÃO DE DANO INFECTO.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
CONCLUSÕES:<br />
As medidas provisionais do artigo 888 do CPC:<br />
=> têm sua tipificação atrelada à grande relevância social de seus objetos;<br />
=> devem estar vinculadas a processo principal definitivo;<br />
=> as oito providências elencadas também podem ser propostas como ações autônomas;<br />
=> todas admitem a concessão de liminar.<br />
<br />
§ú. Na urgência, o juiz pode autorizar ou ordenar as medidas, sem a audiência do requerido.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
QUESTÕES PARA DEBATE<br />
<br />
1. Pelo presente estudo, verificamos que o legislador preocupou-se em prever determinadas situações de relevante interesse social no rol do artigo 888 do CPC, apresentando oito cautelares típicas, além daquelas de procedimento específico. <br />
Em vista disso, lançamos o seguinte questionamento:<br />
Seria o rol do artigo 888 taxativo ou meramente exemplificativo?<br />
<br />
Resposta: Exemplificativo. Por causa do poder geral de cautela do juiz.<br />
<br />
<br />
Os PROCEDIMENTOS CAUTELARES dividem-se em COMUNS e ESPECÍFICOS.<br />
<br />
<br />
2. Artigo 888, inciso VI, artigo 1.562 do código Civil e artigo 7º da Lei do Divórcio: há menção à ação cautelar de separação de corpos. Diante disso, questiona-se:<br />
Há distinção entre essas duas providências?<br />
Exemplo: Se um mulher vai estudar na Europa sem o consentimento do marido (ou vice-versa) e não quer se separar. Corre esse risco.<br />
<br />
<br />
3. O juiz investido no poder geral de cautela pode determinar outras providências. O devedor promove uma ação para discutir o débito – por meio de uma ação principal, vai discutir o débito. A ação principal é a ação declaratória de inexigibilidade de débito.<br />
§ 1º, 585, CPC: <br />
§ 1o A propositura de qualquer ação relativa ao débito constante do título executivo não inibe o credor de promover-lhe a execução.<br />
Apesar de o débito estar sendo discutido na ação principal, pode a outra parte promover a ação de execução.<br />
É um direito constitucionalmente garantido o direito de promover a atividade jurisdicional. <br />
Portanto, não se pode impedir a atividade jurisdicional. <br />
Esse pedido o poder geral de cautela não pode conceder. Somente depois de proposta a ação de execução pode-se pedir a suspensão.<br />
O direito de promover a ação de execução é direito de qualquer credor. <br />
Portanto, o juiz, investido do poder geral de cautela, não pode impedir a propositura da ação de execução.<br />
Somente depois de proposta pode ser suspensa a ação.<br />
<br />
<br />
<br />
4. Um senhor foi ao caixa eletrônico sacar dinheiro. Quando foi pegá-lo, a máquina o engoliu.<br />
Se queixa com a gerente, que ficou de fazer a conferência. Ele quer ver a fita da gravação da hora em que ele ia pegar o dinheiro, mas o banco recusa-se a fornecê-la.<br />
Qual a ação cabível?<br />
Ação cautelar de exibição.maria da gloria perez delgado sancheshttp://www.blogger.com/profile/14087164358419572567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5516696660356856186.post-90496233328016470582008-06-06T10:19:00.001-03:002012-08-11T19:03:34.977-03:003 - DA APREENSÃO DE TÍTULOSARTIGOS 885 A 887 DO CPC<br />
<br />
Art. 885. O juiz poderá ordenar a apreensão de título não restituído ou sonegado pelo emitente, sacado ou aceitante; mas só decretará a prisão de quem o recebeu para firmar aceite ou efetuar pagamento, se o portador provar, com justificação ou por documento, a entrega do título e a recusa da devolução.<br />
Parágrafo único. O juiz mandará processar de plano o pedido, ouvirá depoimentos se for necessário e, estando provada a alegação, ordenará a prisão.<br />
Art. 886. Cessará a prisão:<br />
I - se o devedor restituir o título, ou pagar o seu valor e as despesas feitas, ou o exibir para ser levado a depósito;<br />
II - quando o requerente desistir;<br />
III - não sendo iniciada a ação penal dentro do prazo da lei;<br />
IV - não sendo proferido o julgado dentro de 90 (noventa) dias da data da execução do mandado.<br />
Art. 887. Havendo contestação do crédito, o depósito das importâncias referido no artigo precedente não será levantado antes de passada em julgado a sentença.<br />
<br />
Artigo 885<br />
PRISÃO<br />
Da ação e do decreto de prisão.<br />
É um título de crédito que foi retido indevidamente e não foi restituído.<br />
O artigo 885 prevê a restituição do título, sob pena de prisão.<br />
<a name='more'></a><br />
<br />
Artigo 886<br />
Prevê a hipótese da cessação dos efeitos da prisão.<br />
<br />
Artigo 887<br />
Trata-se de um título de crédito, portanto, de dívida.<br />
<br />
<br />
3.1. CONCEITO E NATUREZA<br />
<br />
“A apresentação de títulos é expediente ligado à formação e à integração do TÍTULO CAMBIAL. <br />
Isto porque a formação e o aperfeiçoamento de um título às vezes depende de vários sujeitos: sacador, emitente, sacado, aceitante.”<br />
<br />
Esta ação só pode ter por objeto TÍTULO DE CRÉDITO. Somente.<br />
Se o título puder ser substituído, não se pode promover esta ação.<br />
Porque não há a NECESSIDADE.<br />
Como exemplo, temos a duplicata. Não haveria razão para a utilização da ação, uma vez que é possível ser emitida uma triplicata.<br />
<br />
Não há unanimidade quanto à NATUREZA.<br />
<br />
“O pedido de apreensão de título não restituído ou sonegado pelo emitente, sacado ou aceitante, tem natureza jurisdicional SATISFATIVA DE PROCESSO DE CONHECIMENTO.”<br />
<br />
É unânime? Não.<br />
<br />
NATUREZA JURÍDICA DESTA AÇÃO<br />
É ação. Não tem natureza cautelar. Acompanhamos o professor Antonio Cláudio da Costa Machado. Segundo ele, tem natureza SATISFATIVA.<br />
<br />
O professor Misael também entende assim, mas acrescenta que é um procedimento de jurisdição voluntária, além da natureza, que é satisfativa.<br />
<br />
O professor Vicente Greco Filho não enfrenta a questão. Diz apenas que é um PROCESSO CAUTELAR PREPARATÓRIO da futura AÇÃO OU COBRANÇA.<br />
Não fala sobre a natureza.<br />
<br />
PREPARATÓRIO?<br />
A afirmação dele de ser preparatório não procede. É SATISFATIVA a natureza. <br />
Porque não se submete ao prazo de 30 dias.<br />
Se não promover a ação principal em 30 dias, vai-se devolver o título?<br />
E caracteriza crime – o crime de apropriação indébita.<br />
<br />
Pode ser incidental? Não.<br />
Pois se a apreensão do título é para a formação do título, não pode ser incidental.<br />
<br />
<br />
<br />
3.2 – PROCEDIMENTO<br />
A PETIÇÃO INICIAL segue a disposição dos artigos 282 e 885 do CPC.<br />
<br />
Art. 885. O juiz poderá ordenar a apreensão de título não restituído ou sonegado pelo emitente, sacado ou aceitante; mas só decretará a prisão de quem o recebeu para firmar aceite ou efetuar pagamento, se o portador provar, com justificação ou por documento, a entrega do título e a recusa da devolução.<br />
Parágrafo único. O juiz mandará processar de plano o pedido, ouvirá depoimentos se for necessário e, estando provada a alegação, ordenará a prisão.<br />
<br />
“- pedido de apreensão do título e prisão do devedor”<br />
<br />
Entendemos que a prisão é inconstitucional.<br />
<br />
O que distingue este procedimento da busca e apreensão é o DECRETO DA PRISÃO.<br />
<br />
“Justificação ou prova documental da retenção do título.”<br />
<br />
“- não há concessão de liminar - § único, artigo 885 – refere-se apenas ao deferimento da petição inicial.”<br />
<br />
A prova da ENTREGA do título é fácil obter: por protocolo, aviso de recebimento (AR), mas a prova da retenção é mais difícil.<br />
<br />
Manda-se uma NOTIFICAÇÃO para a devolução do título em 24, 48 horas, sob pena das medidas judiciais cabíveis. Para constituí-lo em mora.<br />
<br />
Não há a concessão de liminar, neste procedimento.<br />
<br />
<br />
<br />
Art. 885, parágrafo único. O JUIZ MANDARÁ PROCESSAR DE PLANO O PEDIDO, ouvirá depoimentos se for necessário e, estando provada a alegação, ordenará a prisão.<br />
<br />
PROCESSAR DE PLANO<br />
Não é concessão de liminar, mas DEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL.<br />
Porque este procedimento não admite a concessão de liminar.<br />
<br />
<br />
- citação da parte contrária para se defender EM CINCO DIAS.<br />
- valor da causa<br />
<br />
<br />
O REQUERIDO PODE:<br />
<br />
- entregar o título<br />
Quando haverá o reconhecimento do pedido.<br />
<br />
- não se defender<br />
Aplicando-se os efeitos da revelia<br />
<br />
- pode se defender e contestar<br />
Nesta ação só se discute o DIREITO À POSSE. Só isso. Não se discute a dívida.<br />
<br />
<br />
REVELIA<br />
Aplica-se o artigo 803 do CPC:<br />
<br />
Art. 803. Não sendo contestado o pedido, presumir-se-ão aceitos pelo requerido, como verdadeiros, os fatos alegados pelo requerente (arts. 285 e 319); caso em que o juiz decidirá dentro em 5 (cinco) dias. <br />
Parágrafo único. Se o requerido contestar no prazo legal, o juiz designará audiência de instrução e julgamento, havendo prova a ser nela produzida.<br />
<br />
CONTESTAÇÃO<br />
“Apenas se discute a retenção ou não do título, sem perquirir sobre a exigibilidade da dívida.”<br />
<br />
Será a dívida, se o caso, discutida em ação própria.<br />
Pode haver audiência, testemunhas, instrução.<br />
<br />
<br />
A sentença comporta recurso de apelação, recebida sem efeito suspensivo.<br />
Se não cumprida, será expedido o mandado de prisão.<br />
<br />
<br />
Somente no caso da ação monitória, se pagar o devido não arca o devedor com o ônus da sucumbência. <br />
Nas demais, há de pagar.<br />
<br />
<br />
Não se promove o cumprimento de sentença, execução. É uma AÇÃO MANDAMENTAL.<br />
<br />
<br />
Art. 887. Havendo contestação do crédito, o depósito das importâncias referido no artigo precedente não será levantado antes de passada em julgado a sentença.<br />
<br />
“Se houver depósito do valor da dívida, somente após o trânsito em julgado da ação, na qual se discute o crédito, será admitido o mandado de levantamento.”<br />
<br />
Estamos em um processo cautelar. Portanto, nossa ação é recebida sem efeito suspensivo.<br />
Ainda que o devedor apele, vai ser preso.<br />
<br />
<br />
<br />
3.3. DA PRISÃO<br />
<br />
Art. 885, parágrafo único. O juiz mandará processar de plano o pedido, ouvirá depoimentos se for necessário e, estando provada a alegação, ordenará a prisão.<br />
<br />
“O decreto de prisão é considerado inconstitucional por ofensa ao artigo 5º, LXVII, da Constituição Federal.”<br />
<br />
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;<br />
<br />
O advogado deve entrar com APELAÇÃO e, CONCOMITANTEMENTE, impetrar HABEAS CORPUS, argüindo a inconstitucionalidade da decretação da prisão.<br />
Encontraremos muitos autores e decisões nesse sentido.<br />
<br />
<br />
Art. 886. Cessará a prisão:<br />
I - se o devedor restituir o título, ou pagar o seu valor e as despesas feitas, ou o exibir para ser levado a depósito;<br />
II - quando o requerente desistir;<br />
III - não sendo iniciada a ação penal dentro do prazo da lei;<br />
IV - não sendo proferido o julgado dentro de 90 (noventa) dias da data da execução do mandado.<br />
<br />
O artigo 886 estabelece em que circunstâncias cessará a prisão, em que pese a inconstitucionalidade do dispositivo.<br />
<br />
“I - se o devedor restituir o título, ou pagar o seu valor e as despesas feitas, ou o exibir para ser levado a depósito;”<br />
<br />
1. RESTITUIÇÃO DO TÍTULO<br />
<br />
2. PELO PAGAMENTO INTEGRAL DA DÍVIDA;<br />
<br />
3. EXIBIR O TÍTULO OU O VALOR CORRESPONDENTE para ser levado a DEPÓSITO, em razão de outro processo;<br />
<br />
<br />
“II - quando o requerente desistir;”<br />
<br />
4. DESISTÊNCIA DO REQUERENTE;<br />
<br />
<br />
“III - não sendo iniciada a ação penal dentro do prazo da lei;”<br />
<br />
5. Se NÃO PROPOSTA A AÇÃO NO PRAZO LEGAL – prazo de cinco dias.<br />
<br />
Art. 46 do Código de Processo Penal: “O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último caso, se houver devolução do inquérito à autoridade policial (art. 16), contar-se-á o prazo da data em que o órgão do Ministério Público receber novamente os autos.”<br />
<br />
CRIME DE APROPRIAÇÃO INDÉBITA<br />
Está previsto no Código Penal, no artigo 168:<br />
<br />
Apropriação indébita<br />
Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:<br />
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.<br />
<br />
Quando falamos da inconstitucionalidade da prisão, estamos falando da PRISÃO CIVIL e não da prisão criminal, que é a prática do crime de apropriação indébita.<br />
Porque a Constituição Federal só prevê a prisão civil por dívida do responsável pelo pagamento de obrigação alimentícia e a do depositário infiel<br />
<br />
<br />
IV - não sendo proferido o julgado dentro de 90 (noventa) dias da data da execução do mandado.<br />
<br />
6. Se NÃO FOR PROFERIDA A SENTENÇA DA AÇÃO PENAL NO PRAZO DE 90 (NOVENTA) DIAS.<br />
Observação: AÇÃO PENAL.<br />
<br />
Se for preso, resolve o problema? Não.<br />
Então, como podemos resolver o problema?<br />
<br />
O parágrafo 5º do artigo 461 nos mostra a solução:<br />
<br />
Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento. <br />
(...)<br />
§ 5o Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de força policial.<br />
<br />
O juiz pode determinar quaisquer medidas que se façam necessárias: busca e apreensão, até mesmo com força policial.<br />
<br />
Então, o que vamos promover?<br />
A busca e a apreensão, com força policial e, se necessário, o arrombamento.<br />
Pode-se requerer, neste mesmo processo, a busca e a apreensão, com fundamento no parágrafo 5º do artigo 461 do CPC.<br />
<br />
Então, se resolve desta maneira.<br />
Porque o credor quer a restituição do título.<br />
<br />
No caso prático, poderia ser promovida a busca e apreensão. Porque o que discutimos é o DIREITO À POSSE.<br />
Esta ação não é muito empregada. Porque com a substituição dos títulos, é muito difícil os títulos não poderem ser substituídos.<br />
<br />
<br />
DECRETO DE PRISÃO<br />
O juiz decreta a prisão. Em seguida, é expedido um mandado, que é entregue ao oficial de justiça. <br />
O oficial de justiça cumpre o mandado.<br />
Se já foi preso, será expedido um alvará de soltura.<br />
Se o mandado estiver com o oficial de justiça, o juiz decreta o recolhimento do mandado.<br />
<br />
Alguns autores que são favoráveis ao decreto de prisão dizem que em verdade está aí a desobediência a uma ordem judicial.maria da gloria perez delgado sancheshttp://www.blogger.com/profile/14087164358419572567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5516696660356856186.post-8745463771925567802008-06-06T09:15:00.000-03:002012-08-11T19:04:30.419-03:00Do comentário da professora Rosa: o motorista de táxi e o meio ambienteSTF confirma proibição do amianto branco em São Paulo<br />
<br />
Por sete votos a três, Supremo manteve lei paulista que proíbe material no estado.<br />
Segundo ministro, foi suspensa lei federal que permitia amianto no país.<br />
<br />
» Entidades vão à Justiça contra uso do amianto<br />
<br />
Terminou nesta quarta-feira (4) o julgamento Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade do uso do amianto branco, também conhecido como crisotila. Por sete votos a três, o Supremo manteve a Lei paulista nº 12.684, de 2007, que proibiu o uso do amianto no Estado.<br />
<a name='more'></a><br />
<br />
A lei foi contestada em uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) ajuizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI), mas havia sido suspensa em uma liminar pelo ministro Marco Aurélio de Mello. O que estava em julgamento era esta liminar, agora derrubada pelo Supremo. Mas o ministro Cezar Peluso, que estava presidindo a sessão, afirmou que a decisão dada em liminar vale para o mérito da ação de inconstitucionalidade - ou seja, a lei paulista está mantida e o amianto proibido no Estado.<br />
<br />
Proibição<br />
Peluso disse ainda que o Supremo deu uma declaração incidental de inconstitucionalidade, o que significaria que a Lei federal nº 9.055, de 1995, que permite o amianto do tipo crisotila no país, também teria sido suspensa com o julgamento de hoje, mesmo não tendo sido objeto do julgamento. A lei federal também está sendo contestada no Supremo em uma ação direta de inconstitucionalidade ajuizada pela Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) e pela Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT).<br />
<br />
Votaram pela manutenção da lei que veta o amianto em São Paulo os ministros Celso de Mello, Cezar Peluso, Joaquim Barbosa, Cármen Lúcia, Carlos Britto, Eros Grau e Ricardo Lewandowski. Pela derrubada da lei votaram Marco Aurélio de Mello, Ellen Gracie e Menezes Direito. O presidente do Supremo, ministro Gilmar Mendes, estava ausente da sessão.<br />
<br />
fonte: g1.globo<br />
<br />
Sobre o comentário de nossa professora, em crônicas colegas, amigos e professores, MESTRES DE CADA DIA: O MOTORISTA DE TÁXI.maria da gloria perez delgado sancheshttp://www.blogger.com/profile/14087164358419572567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5516696660356856186.post-63187141494111038482008-06-05T09:38:00.001-03:002016-03-07T18:01:15.976-03:00DO PROTESTO E DA APREENSÃO DE TÍTULOSCPC, 882/887<br />
<br />
Art. 882. O protesto de títulos e contas judicialmente verificadas far-se-á nos casos e com observância da lei especial.<br />
<br />
Art. 883. O oficial intimará do protesto o devedor, por carta registrada ou entregando-lhe em mãos o aviso.<br />
Parágrafo único. Far-se-á, todavia, por edital, a intimação:<br />
I - se o devedor não for encontrado na comarca;<br />
II - quando se tratar de pessoa desconhecida ou incerta.<br />
<br />
Art. 884. Se o oficial opuser dúvidas ou dificuldades à tomada do protesto ou à entrega do respectivo instrumento, poderá a parte reclamar ao juiz. Ouvido o oficial, o juiz proferirá sentença, que será transcrita no instrumento.<br />
<br />
Art. 885. O juiz poderá ordenar a apreensão de título não restituído ou sonegado pelo emitente, sacado ou aceitante; mas só decretará a prisão de quem o recebeu para firmar aceite ou efetuar pagamento, se o portador provar, com justificação ou por documento, a entrega do<br />
<a name='more'></a> título e a recusa da devolução.<br />
Parágrafo único. O juiz mandará processar de plano o pedido, ouvirá depoimentos se for necessário e, estando provada a alegação, ordenará a prisão.<br />
<br />
Art. 886. Cessará a prisão:<br />
I - se o devedor restituir o título, ou pagar o seu valor e as despesas feitas, ou o exibir para ser levado a depósito;<br />
II - quando o requerente desistir;<br />
III - não sendo iniciada a ação penal dentro do prazo da lei;<br />
IV - não sendo proferido o julgado dentro de 90 (noventa) dias da data da execução do mandado.<br />
<br />
Art. 887. Havendo contestação do crédito, o depósito das importâncias referido no artigo precedente não será levantado antes de passada em julgado a sentença.<br />
<br />
1. Distinção das medidas<br />
2. Do protesto de títulos<br />
2.1. conceito<br />
2.2. natureza jurídica<br />
2.3. finalidade<br />
2.4. procedimento<br />
2.5. da intervenção judicial<br />
3. Da apreensão de títulos<br />
3.1. conceito e natureza jurídica<br />
3.2. procedimento<br />
<br />
3.3. do decreto da prisão<br />
<br />
Não confundir com o protesto, que é comunicação. <br />
São medidas diferentes,<br />
- quanto à natureza e<br />
- quanto à finalidade.<br />
<br />
Aquele é o protesto cautelar, que visa a comunicação de uma manifestação de vontade, para assegurar direitos, responsabilidade.<br />
O objetivo deste protesto é COMPROVAR A FALTA DE ACEITE OU PAGAMENTO DO TÍTULO.<br />
É feito em cartório.<br />
<br />
PROTESTO<br />
Refere-se ao procedimento cautelar.<br />
<br />
<br />
DO PROTESTO E DA APREENSÃO DE TÍTULOS<br />
<br />
1. DISTINÇÃO DAS MEDIDAS<br />
<br />
“O CPC, nos artigo 882 a 887, trata de duas medidas diferentes, quanto à NATUREZA e quanto à FINALIDADE: o protesto de títulos e a apreensão de títulos.”<br />
<br />
NATUREZA:<br />
<br />
PROTESTO<br />
Tem NATUREZA ADMINISTRATIVA.<br />
É ato administrativo que se verifica diante do Cartório de Protestos, e não se verifica diante do Judiciário.<br />
<br />
APREENSÃO DE TÍTULOS<br />
Tem natureza jurisdicional. É ação. Ação de apreensão de títulos. Tem NATUREZA DE AÇÃO.<br />
<br />
Enquanto uma se pleiteia em juízo, o outro presta-se a um ato efetuado em cartório.<br />
<br />
<br />
FINALIDADE:<br />
<br />
PROTESTO<br />
Provar a falta de pagamento ou de aceite do título ou documento.<br />
<br />
APREENSÃO<br />
Apreender o título retido indevidamente.<br />
<br />
<br />
PROTESTO, NOTIFICAÇÃO E INTERPELAÇÃO<br />
É um procedimento cautelar específico. Não é sequer um processo, mas meios de <br />
Comunicação, que podem ser feitos extrajudicialmente.<br />
Mas ESTES procedimentos são realizados em juízo.<br />
<br />
O PROTESTO, procedimento cautelar específico não se confunde com o protesto de título, que não tem natureza jurisdicional, mas administrativa, e É REALIZADO em Cartório de Protestos.<br />
<br />
<br />
PROTESTO X PROTESTO DE TÍTULOS: ENCONTROS E DESENCONTROS.<br />
QUAIS OS PONTOS DE DIFERENÇA E OS PONTOS DE IGUALDADE<br />
<br />
= ESTUDAR PARA A PROVA<br />
<br />
<br />
2. DO PROTESTO DE TÍTULOS<br />
<br />
O CPC trata do protesto em apenas três artigos: 882 a 884.<br />
O 882 nos remete a uma lei especial. O 883 estabelece somente a forma de intimação do devedor.<br />
<br />
Art. 882. O protesto de títulos e contas judicialmente verificadas far-se-á nos casos e com observância da lei especial.<br />
Art. 883. O oficial intimará do protesto o devedor, por carta registrada ou entregando-lhe em mãos o aviso.<br />
Parágrafo único. Far-se-á, todavia, por edital, a intimação:<br />
I - se o devedor não for encontrado na comarca;<br />
II - quando se tratar de pessoa desconhecida ou incerta.<br />
<br />
<br />
2.1. CONCEITO:<br />
Vamos buscar na lei. Na lei especial que regula o processo civil.<br />
“Protesto é o ATO FORMAL e SOLENE pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em TÍTULOS E OUTROS DOCUMENTOS DE DÍVIDA.”<br />
<br />
Portanto, não são apenas os títulos que são passíveis de protesto.<br />
No passado, somente os títulos de crédito eram passíveis de protesto.<br />
Hoje, com a Lei 9.492/97, qualquer documento é passível de protesto.<br />
<br />
ATO FORMAL<br />
É ato formal, solene, e não informal.<br />
<br />
<br />
2.2 NATUREZA JURÍDICA<br />
<br />
“É ato administrativo, extrajudicial, solene e probatório. Realiza-se perante o oficial público de protestos e não perante o Judiciário.”<br />
<br />
<br />
<br />
2. FINALIDADE<br />
<br />
Falta de pagamento ou de aceite no título ou dívida.<br />
<br />
“Caracterizar o não pagamento. Obter prova de pagamento ou de aceite do título.”<br />
<br />
A doutrina divide-se em protesto:<br />
- necessário e<br />
- facultativo.<br />
<br />
PROTESTO NECESSÁRIO<br />
É requisito para assegurar outros direitos.<br />
Lei 11.101/05, artigo 94, inciso I, § 3º:<br />
ART. 94. SERÁ DECRETADA A FALÊNCIA DO DEVEDOR QUE:<br />
I – sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência;<br />
II – executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal;<br />
III – PRATICA QUALQUER DOS SEGUINTES ATOS, EXCETO SE FIZER PARTE DE PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL:<br />
a) procede à LIQUIDAÇÃO PRECIPITADA de seus ativos ou lança mão de meio ruinoso ou fraudulento para realizar pagamentos;<br />
b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o objetivo de retardar pagamentos ou fraudar credores, NEGÓCIO SIMULADO OU ALIENAÇÃO de parte ou da totalidade de seu ativo a terceiro, credor ou não;<br />
c) TRANSFERE estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo;<br />
d) SIMULA a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de burlar a legislação ou a fiscalização ou para prejudicar credor;<br />
e) DÁ OU REFORÇA GARANTIA a credor por dívida contraída anteriormente sem ficar com bens livres e desembaraçados suficientes para saldar seu passivo;<br />
f) AUSENTA-se sem deixar representante habilitado e com recursos suficientes para pagar os credores, abandona estabelecimento ou tenta ocultar-se de seu domicílio, do local de sua sede ou de seu principal estabelecimento;<br />
g) DEIXA DE CUMPRIR, no prazo estabelecido, obrigação assumida no plano de recuperação judicial.<br />
§ 1o Credores podem reunir-se em litisconsórcio a fim de perfazer o limite mínimo para o pedido de falência com base no inciso I do caput deste artigo.<br />
§ 2o Ainda que líquidos, não legitimam o pedido de falência os créditos que nela não se possam reclamar.<br />
§ 3O NA HIPÓTESE DO INCISO I DO CAPUT DESTE ARTIGO, O PEDIDO DE FALÊNCIA SERÁ INSTRUÍDO COM OS TÍTULOS EXECUTIVOS NA FORMA DO PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 9O DESTA LEI, ACOMPANHADOS, EM QUALQUER CASO, DOS RESPECTIVOS INSTRUMENTOS DE PROTESTO PARA FIM FALIMENTAR NOS TERMOS DA LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA.<br />
Também é preciso promover o protesto da duplicata com falta de aceite. Lei 5.474/68, artigos 13 e 14:<br />
Art. 13. A DUPLICATA É PROTESTÁVEL POR FALTA DE ACEITE DE DEVOLUÇÃO OU PAGAMENTO. <br />
§ 1º Por falta de aceite, de devolução ou de pagamento, o protesto será tirado, conforme o caso, mediante apresentação da duplicata, da triplicata, ou, ainda, por simples indicações do portador, na falta de devolução do título<br />
§ 2º O fato de não ter sido exercida a faculdade de protestar o título, por falta de aceite ou de devolução, não elide a possibilidade de protesto por falta de pagamento<br />
§ 3º O protesto será tirado na praça de pagamento constante do título<br />
§ 4º O PORTADOR QUE NÃO TIRAR O PROTESTO DA DUPLICATA, EM FORMA REGULAR E DENTRO DO PRAZO DA 30 (TRINTA) DIAS, CONTADO DA DATA DE SEU VENCIMENTO, PERDERÁ O DIREITO DE REGRESSO CONTRA OS ENDOSSANTES E RESPECTIVOS AVALISTAS. <br />
Art. 14. Nos casos de protesto, por falta de aceite, de devolução ou de pagamento, ou feitos por indicações do portador do instrumento de protesto deverá conter os requisitos enumerados no artigo 29 do Decreto nº 2.044, de 31 de dezembro de 1908, exceto a transcrição mencionada no inciso II, que será substituída pela reprodução das indicações feitas pelo portador do título.<br />
Temos também a exigibilidade do protesto no caso da letra de câmbio. <br />
O Decreto 2.044, de 21 de dezembro de 1908 disciplina as letras de câmbio, referenciando o protesto em seus artigos 13, 19, 26 e 27 e, mais especificamente, nos artigos 28 a 33.<br />
<br />
Art. 13. A falta ou recusa do aceite prova-se pelo protesto.<br />
Art. 19. A letra é considerada vencida, quando protestada:<br />
I. pela falta ou recusa do aceite;<br />
II. pela falência do aceitante.<br />
O pagamento, nestes casos, continua diferido até ao dia do vencimento ordinário da letra, ocorrendo o aceite de outro sacado nomeado ou, na falta, a aquiescência do portador, expressa no ato do protesto, ao aceite na letra, pelo interveniente voluntário.<br />
Art. 26. Se o pagamento de uma letra de câmbio não for exigido no vencimento, o aceitaste pode, depois de expirado o prazo para o protesto por falta de pagamento, depositar o valor da mesma, por conta e risco do portador, independente de qualquer citação.<br />
Art. 27. A falta ou recusa, total ou parcial, de pagamento, prova-se pelo protesto. <br />
DO PROTESTO (4)<br />
Art. 28. A letra que houver de ser protestada por falta de aceite ou de pagamento deve ser entregue ao oficial competente, no primeiro dia útil que se seguir ao da recusa do aceite ou ao do vencimento, e o respectivo protesto, tirado dentro de três dias úteis.<br />
Parágrafo único. O protesto deve ser tirado do lugar indicado na letra para o aceite ou para o pagamento. Sacada ou aceita a letra para ser paga em outro domicílio que não o do sacado, naquele domicílio deve ser tirado o protesto.<br />
Art. 29. O instrumento de protesto deve conter:<br />
I. a data; <br />
II. a transcrição literal da letra e das declarações nela inseridas pela ordem respectiva; <br />
III. a certidão da intimação ao sacado ou ao aceitante ou aos outros sacados, nomeados na letra para aceitar ou pagar, a resposta dada ou a declaração da falta da resposta. <br />
A intimação é dispensada no caso de o sacado ou aceitante firmar na letra a declaração da recusa do aceite ou do pagamento e, na hipótese de protesto, por causa de falência do aceitante.<br />
IV. a certidão de não haver sido encontrada ou de ser desconhecida a pessoa indicada para aceitar ou para pagar. Nesta hipótese, o oficial afixará a intimação nos lugares de estilo e, se possível, a publicará pela imprensa;<br />
V. a indicação dos intervenientes voluntários e das firmas por eles honradas;<br />
VI. a aquiescência do portador ao aceite por honra;<br />
VII. a assinatura, como sinal público, do oficial do protesto.<br />
Parágrafo único. Este instrumento, depois de registrado no livro de protestos, deverá ser entregue ao detentor ou portador da letra ou àquele que houver efetuado o pagamento.<br />
Art. 30. O portador é obrigado a dar aviso do protesto ao último endossador, dentro de dois dias, contados da data do instrumento do protesto e cada endossatário, dentro de dois dias, contados do recebimento do aviso, deve transmiti-lo ao seu endossador, sob pena de responder por perdas e interesses.<br />
__________________<br />
<br />
(4) As letras de câmbio ou notas promissórias sem registro não poderão ser levadas a protesto. V. art. 2º, § 2º, do Decreto-lei n.º 427, de 22-1-1969.<br />
<br />
– Do protesto e da apreensão de títulos: V. arts. 882 a 887 do C. P. Civil.<br />
Não constando do endosso o domicílio ou a residência do endossador, o aviso deve ser transmitido ao endossador anterior, que houver satisfeito aquelas formalidades.<br />
Parágrafo único. O aviso pode ser dado em carta registrada. Para esse fim, a carta será levada aberta ao Correio, onde, verificada a existência do aviso se declarará o conteúdo da carta registrada no conhecimento e talão respectivo.<br />
Art. 31. Recusada a entrega da letra por aquele que a recebeu para firmar o aceite ou para efetuar o pagamento, o protesto pode ser tirado por outro exemplar ou, na falta, pelas indicações do protestante.<br />
Parágrafo único. Pela prova do fato, pode ser decretada a prisão do detentor da letra, salvo depositando este a soma cambial e a importância das despesas feitas.<br />
Art. 32. O portador que não tira, em tempo útil e forma regular, o instrumento do protesto da letra, perde o direito de regresso contra o sacador, endossadores e avalistas.<br />
Art. 33. O oficial que não lavra, em tempo útil e forma regular, o instrumento do protesto, além da pena em que incorrer, segundo o Código Penal, responde por perdas e interesses.<br />
Por fim, relativamente às letras de câmbio e notas promissórias, temos o Decreto n. 57.663/66, que adota uma lei uniforme para as matérias. O protesto está previsto no artigo 44 do anexo I (a Lei Uniforme):<br />
Artigo 44<br />
A RECUSA DE ACEITE OU DE PAGAMENTO deve ser COMPROVADA por um ATO FORMAL (protesto por falta de aceite ou falta de pagamento).<br />
O PROTESTO por falta de aceite DEVE SER FEITO nos prazos fixados para a apresentação ao aceite. Se, no caso previsto na alínea 1ª do Art. 24, a primeira apresentação da letra tiver sido feita no último dia do prazo, pode fazer-se ainda o protesto no dia seguinte.<br />
O protesto por falta de pagamento de uma letra pagável em dia fixo ou a certo termo de data ou de vista deve ser feito num dos 2 (dois) dias úteis seguintes àquele em que a letra é pagável. Se se trata de uma letra pagável à vista, o protesto deve ser feito nas condições indicadas na alínea precedente para o protesto por falta de aceite.<br />
O protesto por falta de aceite dispensa a apresentação a pagamento e o protesto por falta de pagamento.<br />
No caso de suspensão de pagamentos do sacado, quer seja aceitante, quer não, ou no caso de lhe ter sido promovida, sem resultado, execução dos bens, o portador da letra só pode exercer o seu direito de ação após apresentação da mesma ao sacado para pagamento e depois de feito o protesto.<br />
No caso de falência declarada do sacado, quer seja aceitante, quer não, bem como no caso de falência declarada do sacador de uma letra não aceitável, a apresentação da sentença de declaração de falência é suficiente para que o portador da letra possa exercer o seu direito de ação.<br />
<br />
<br />
PROTESTO FACULTATIVO<br />
Não é requisito para assegurar o Direito.<br />
É o caso do cheque. Não é requisito para se executar.<br />
<br />
<br />
<br />
2.4. PROCEDIMENTO<br />
O artigo 882 do CPC nos remete o artigo 3º da Lei Especial nº 9.492/97:<br />
<br />
Art. 3º COMPETE PRIVATIVAMENTE AO TABELIÃO DE PROTESTO DE TÍTULOS, na tutela dos interesses públicos e privados, a PROTOCOLIZAÇÃO, a INTIMAÇÃO, o ACOLHIMENTO da devolução ou do aceite, o RECEBIMENTO do pagamento, do TÍTULO e de OUTROS DOCUMENTOS DE DÍVIDA, bem como LAVRAR E REGISTRAR O PROTESTO ou ACATAR A DESISTÊNCIA do credor em relação ao mesmo, proceder às averbações, prestar informações e FORNECER CERTIDÕES relativas a todos os atos praticados, na forma desta Lei.<br />
<br />
a) APRESENTAÇÃO<br />
QUALQUER PESSOA apresenta e PROTOCOLIZA o título ou documento de dívida.<br />
<br />
Não tem petição inicial. Não tem advogado.<br />
<br />
Em que cartório?<br />
O do LUGAR DO PAGAMENTO ou o do domicílio do CREDOR ou o do domicílio do devedor (é excludente).<br />
<br />
O título foi apresentado e protocolizado.<br />
Agora, cabe o EXAME FORMAL do título.<br />
<br />
b) EXAME FORMAL<br />
exame da perfeição formal do documento e a possibilidade jurídica do protocolo (se já ocorreu o vencimento da dívida) e se está sendo promovido no lugar certo.<br />
<br />
Lei 9.492, Art. 9º: <br />
Todos os títulos e documentos de dívida protocolizados serão examinados em seus CARACTERES FORMAIS e terão curso se NÃO APRESENTAREM VÍCIOS, não cabendo ao Tabelião de Protesto investigar a ocorrência de prescrição ou caducidade.<br />
Parágrafo único. Qualquer IRREGULARIDADE FORMAL observada pelo Tabelião OBSTARÁ O REGISTRO DO PROTESTO.<br />
O tabelião faz um exame. Se estiver em ordem lavra o protesto. Se não, devolve o título ou documento de dívida.<br />
<br />
O próximo passo será a intimação do devedor.<br />
<br />
c) INTIMAÇÃO DO DEVEDOR<br />
Art. 883 do CPC e artigos 14 e 15 da Lei 9.492/97:<br />
<br />
Art. 883. O oficial INTIMARÁ do protesto o DEVEDOR, por CARTA REGISTRADA OU entregando-lhe EM MÃOS o aviso.<br />
Parágrafo único. Far-se-á, todavia, POR EDITAL, a intimação:<br />
I - se o devedor NÃO for ENCONTRADO na comarca;<br />
II - quando se tratar de PESSOA DESCONHECIDA ou INCERTA.<br />
<br />
Art. 14. Protocolizado o título ou documento de dívida, o Tabelião de Protesto expedirá a intimação ao devedor, NO ENDEREÇO fornecido pelo apresentante do título ou documento, considerando-se CUMPRIDA quando COMPROVADA a sua ENTREGA no mesmo endereço.<br />
§ 1º A REMESSA da intimação poderá ser feita POR PORTADOR do próprio tabelião, ou por QUALQUER OUTRO MEIO, desde que o recebimento fique assegurado e comprovado através de PROTOCOLO, AVISO DE RECEPÇÃO (AR) ou DOCUMENTO EQUIVALENTE.<br />
§ 2º A intimação deverá conter nome e endereço do devedor, elementos de identificação do título ou documento de dívida, e prazo limite para cumprimento da obrigação no Tabelionato, bem como número do protocolo e valor a ser pago.<br />
Art. 15. A intimação será feita POR EDITAL se a pessoa indicada para aceitar ou pagar for DESCONHECIDA, sua LOCALIZAÇÃO INCERTA ou IGNORADA, for RESIDENTE OU DOMICILIADA FORA DA COMPETÊNCIA TERRITORIAL DO TABELIONATO, ou, ainda, NINGUÉM SE DISPUSER A RECEBER A INTIMAÇÃO NO ENDEREÇO FORNECIDO PELO APRESENTANTE.<br />
§ 1º O edital será afixado no Tabelionato de Protesto e publicado pela imprensa local onde houver jornal de circulação diária.<br />
§ 2º Aquele que fornecer endereço incorreto, agindo de má-fé, responderá por perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções civis, administrativas ou penais.<br />
Não há incompatibilidade entre os textos.<br />
<br />
INTIMAÇÃO<br />
O oficial INTIMA do protesto o devedor, não o cita.<br />
A intimação vai ao devedor para efetuar o pagamento em determinado prazo.<br />
<br />
FORMA<br />
Pelo CORREIO ou EM MÃOS. Ou, ainda, por EDITAL, se não localizado na comarca ou se houver dificuldade de encontra-lo.<br />
“Será entregue por meio de aviso escrito, entregue por carta registrada ou em mãos. Será por edital, se não for encontrado na comarca ou quando se tratar de pessoa desconhecida ou incerta.”<br />
<br />
Vimos, até agora:<br />
- apresentação<br />
- exame formal<br />
- protocolização<br />
- intimação<br />
<br />
A lei não fala em credor. Qualquer pessoa pode apresentar o título. A intimação pode dar-se:<br />
- por correio com aviso de recebimento ou<br />
- pessoalmente.<br />
<br />
O parágrafo 2º estabelece o que deve conter a intimação:<br />
§ 2º A intimação deverá conter nome e endereço do devedor, elementos de identificação do título ou documento de dívida, e prazo limite para cumprimento da obrigação no Tabelionato, bem como número do protocolo e valor a ser pago.<br />
- nome e endereço do devedor<br />
- elementos de identificação do título ou documento de dívida<br />
- prazo limite para cumprimento da obrigação no cartório<br />
- número do protocolo<br />
- valor a ser pago<br />
<br />
São os REQUISITOS que deve conter a intimação. É um ATO FORMAL.<br />
<br />
O artigo 15 estabelece os requisitos para a intimação por edital:<br />
Art. 15. A intimação será feita POR EDITAL se a pessoa indicada para aceitar ou pagar for DESCONHECIDA, sua LOCALIZAÇÃO INCERTA ou IGNORADA, for RESIDENTE OU DOMICILIADA FORA DA COMPETÊNCIA TERRITORIAL DO TABELIONATO, ou, ainda, NINGUÉM SE DISPUSER A RECEBER A INTIMAÇÃO NO ENDEREÇO FORNECIDO PELO APRESENTANTE.<br />
§ 1º O edital será afixado no Tabelionato de Protesto e publicado pela imprensa local onde houver jornal de circulação diária.<br />
§ 2º Aquele que fornecer endereço incorreto, agindo de má-fé, responderá por perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções civis, administrativas ou penais.<br />
<br />
RESPONSABILIDADE CIVIL<br />
O parágrafo 3º estabelece a responsabilidade civil. No caso do protesto de títulos, ela é OBJETIVA.<br />
<br />
<br />
d) Se o devedor quedar-se inerte, o protesto será efetivado.<br />
Intimado, o devedor tem três opções:<br />
1. não fazer nada – e o protesto é lavrado;<br />
2. pagar – e o protesto não é lavrado;<br />
3. contratar um advogado.<br />
<br />
O devedor que entenda que o protesto é indevido, deve valer-se da ação cautelar de sustação de protesto. Essa ação cautelar é inominada – art. 798, CPC.<br />
Se o protesto já foi lavrado, não se pode entrar com uma AÇÃO CAUTELAR DE SUSTAÇÃO DE PROTESTO, porque o dano já foi causado. É pedido satisfativo.<br />
<br />
<br />
e) PRAZO PARA SER LAVRADO O PROTESTO<br />
O prazo é de TRÊS DIAS ÚTEIS, contados da protocolização do título ou documento de dívida (artigos 12 e 13 da Lei 9.492/97).<br />
<br />
Do Prazo<br />
Art. 12. O protesto será REGISTRADO dentro de TRÊS DIAS ÚTEIS contados DA PROTOCOLIZAÇÃO do título ou documento de dívida.<br />
§ 1º Na contagem do prazo a que se refere o caput exclui-se o dia da protocolização e inclui-se o do vencimento.<br />
§ 2º Considera-se NÃO ÚTIL o dia em que NÃO HOUVER EXPEDIENTE BANCÁRIO para o público ou aquele em que este não obedecer ao horário normal.<br />
Art. 13. Quando a INTIMAÇÃO for efetivada excepcionalmente NO ÚLTIMO dia do prazo ou além dele, por motivo de força maior, o protesto será tirado no PRIMEIRO DIA ÚTIL SUBSEQÜENTE.<br />
<br />
O protesto é REGISTRADO em três dias úteis. <br />
Como é contado esse prazo?<br />
Como os prazos processuais: não se conta o primeiro dia e conta-se o último.<br />
Somente há dia útil se houver expediente bancário. Se não houver expediente bancário não é dia útil.<br />
O cartório tem esses três dias para intimar e registrar o protesto.<br />
<br />
Já verificamos:<br />
- que o título ou documento foi apresentado,<br />
- o título ou documento foi examinado pelo oficial do cartório,<br />
- o oficial mandou intimar.<br />
Qual é o prazo para o oficial lavrar o protesto? Três dias úteis. Esse prazo não é para o devedor, mas para o Cartório.<br />
<br />
Art. 13. Quando a intimação for efetivada excepcionalmente no último dia do prazo ou além dele, por motivo de força maior, o protesto será tirado no primeiro dia útil subseqüente.<br />
<br />
Se o título foi apresentado e protocolizado na sexta-feira. O devedor só receberá a intimação na quarta-feira seguinte. O protesto é lavrado na quinta.<br />
<br />
<br />
<br />
f) PROTESTO INDEVIDO<br />
O devedor que entenda que o protesto é indevido deve valer-se da ação cautelar de sustação de protesto. Essa ação cautelar é INOMINADA – art. 798, CPC.<br />
A situação de perigo é que seja lavrado o protesto. Se já foi protestado, já ocorreu o perigo.<br />
Se o protesto era indevido, cabe ainda a reparação do dano – danos morais.<br />
A ação principal é de conhecimento comum.<br />
Pode-se pedir a antecipação de tutela.<br />
- ação de inexibilidade de dívida<br />
- ação declaratória de nulidade de débito<br />
<br />
<br />
<br />
2.5. DA INTERVENÇÃO JUDICIAL<br />
<br />
“O juiz de direito exerce poder de supervisão sobre os atos de registros públicos.<br />
Em princípio, o procedimento se passa sem a intervenção do juiz.”<br />
<br />
Todo o procedimento até agora ocorreu sem intervenção judicial.<br />
Se houver um contratempo entre o apresentante do título e o oficial do cartório, a quem apelar? <br />
Ao Judiciário.<br />
Se o oficial do Cartório não quiser lavrar o protesto ou não quiser entregar o instrumento do protesto, por exemplo.<br />
O Juiz de Direito (sempre estadual, quando falamos Juiz de Direito) exerce a função de corregedor dos cartórios.<br />
Que cartórios?<br />
Os de registro público. Temos cinco modalidades:<br />
1. cartório de registro CIVIL – do nascimento à morte de uma pessoa;<br />
2. cartório de registro de IMÓVEIS – registra os dados dos imóveis;<br />
3. cartório de NOTAS;<br />
4. cartório de TÍTULOS E DOCUMENTOS – registra títulos e documentos e registro de empresas sem atividade comercial;<br />
5. cartório de PROTESTOS.<br />
Mas são cinco CARTÓRIOS EXTRAJUDICIAIS, que não se confundem com o cartório judicial do fórum, que nada mais é do que uma secretaria.<br />
Cada vara tem um juiz titular. Ele tem seus auxiliares, que trabalham em um ofício ou secretaria.<br />
Abaixo do juiz, temos o escrivão, que é o chefe do ofício ou secretaria.<br />
O autorizado a fiscalizar esses cinco cartórios é o Poder Judiciário, e não o Poder Executivo.<br />
No passado, era o Poder Executivo que nomeava. Eram cargos de confiança, mas a fiscalização pertencia ao Poder Judiciário.<br />
Com a Constituição de 1988, o ingresso dá-se mediante concurso. <br />
É uma área muito boa para trabalhar. Vale a pena investir.<br />
Toda comarca tem o juiz corregedor dos cartórios. E é para esse juiz corregedor que se faz a reclamação do cartório, por petição. Agora, sim, com advogado, mas ainda é um procedimento administrativo e não uma atividade jurisdicional.<br />
Porque o juiz, aqui, está na atividade de corregedor.<br />
Esta sentença comporta recurso. Ao corregedor geral de justiça.<br />
<br />
Art. 884. Se o oficial opuser dúvidas ou dificuldades à tomada do protesto ou à entrega do respectivo instrumento, poderá a parte reclamar ao juiz. Ouvido o oficial, o juiz proferirá sentença, que será transcrita no instrumento.<br />
<br />
A Lei dos Registros Públicos admite a possibilidade de o oficial suscitar dúvidas. <br />
A iniciativa pode ser:<br />
- do interessado<br />
- do oficial do cartório.<br />
Outro: pode provocar o próprio oficial do cartório, para que ele suscite a dúvida ao juiz.<br />
<br />
O procedimento ainda tem caráter administrativo.<br />
O juiz atua como autoridade administrativa e não como autoridade jurisdicional.<br />
<br />
O oficial, de ofício, pode suscitar a dúvida (por exemplo, se o título é flagrantemente nulo).<br />
Se houver dúvidas ou dificuldades na realização do protesto ou dificuldades quanto ao seu cancelamento, pode-se reclamar ao juiz, por petição.<br />
Ouvido o oficial, o juiz proferirá sentença.<br />
<br />
- o OFICIAL SUSCITA dúvida.<br />
- ele pode ser PROVOCADO para suscitar dúvida.<br />
- o interessado (e não parte) dirige-se por petição.<br />
<br />
<br />
<br />
Erro na certidão de nascimento.<br />
O próprio cartório pode resolver? Não.<br />
Tem que ser requerida a retificação do registro público.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Semana que vem analisaremos duas peças: <br />
1. ação de repetição de indébito e<br />
2. exceção de pré-executividade.maria da gloria perez delgado sancheshttp://www.blogger.com/profile/14087164358419572567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5516696660356856186.post-497088064196620232008-06-05T08:37:00.001-03:002012-08-11T19:08:15.249-03:00LEI Nº 9.492, DE 10 DE SETEMBRO DE 1997.Define competência, regulamenta os serviços concernentes ao protesto de títulos e outros documentos de dívida e dá outras providências.<br />
<br />
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:<br />
<br />
CAPÍTULO I<br />
<br />
Da Competência e das Atribuições<br />
<br />
Art. 1º Protesto é o ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em títulos e outros documentos de dívida.<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
<br />
Art. 2º Os serviços concernentes ao protesto, garantidores da autenticidade, publicidade, segurança e eficácia dos atos jurídicos, ficam sujeitos ao regime estabelecido nesta Lei.<br />
<br />
Art. 3º Compete privativamente ao Tabelião de Protesto de Títulos, na tutela dos interesses públicos e privados, a protocolização, a intimação, o acolhimento da devolução ou do aceite, o recebimento do pagamento, do título e de outros documentos de dívida, bem como lavrar e registrar o protesto ou acatar a desistência do credor em relação ao mesmo, proceder às averbações, prestar informações e fornecer certidões relativas a todos os atos praticados, na forma desta Lei.<br />
<br />
CAPÍTULO II<br />
<br />
Da Ordem dos Serviços<br />
<br />
Art. 4º O atendimento ao público será, no mínimo, de seis horas diárias.<br />
<br />
Art. 5º Todos os documentos apresentados ou distribuídos no horário regulamentar serão protocolizados dentro de vinte e quatro horas, obedecendo à ordem cronológica de entrega.<br />
<br />
Parágrafo único. Ao apresentante será entregue recibo com as características essenciais do título ou documento de dívida, sendo de sua responsabilidade os dados fornecidos.<br />
<br />
Art. 6º Tratando-se de cheque, poderá o protesto ser lavrado no lugar do pagamento ou do domicílio do emitente, devendo do referido cheque constar a prova de apresentação ao Banco sacado, salvo se o protesto tenha por fim instruir medidas pleiteadas contra o estabelecimento de crédito.<br />
<br />
CAPÍTULO III<br />
<br />
Da Distribuição<br />
<br />
Art. 7º Os títulos e documentos de dívida destinados a protesto somente estarão sujeitos a prévia distribuição obrigatória nas localidades onde houver mais de um Tabelionato de Protesto de Títulos.<br />
<br />
Parágrafo único. Onde houver mais de um Tabelionato de Protesto de Títulos, a distribuição será feita por um Serviço instalado e mantido pelos próprios Tabelionatos, salvo se já existir Ofício Distribuidor organizado antes da promulgação desta Lei.<br />
<br />
Art. 8º Os títulos e documentos de dívida serão recepcionados, distribuídos e entregues na mesma data aos Tabelionatos de Protesto, obedecidos os critérios de quantidade e qualidade.<br />
<br />
Parágrafo único. Poderão ser recepcionadas as indicações a protestos das Duplicatas Mercantis e de Prestação de Serviços, por meio magnético ou de gravação eletrônica de dados, sendo de inteira responsabilidade do apresentante os dados fornecidos, ficando a cargo dos Tabelionatos a mera instrumentalização das mesmas.<br />
<br />
CAPÍTULO IV<br />
<br />
Da Apresentação e Protocolização<br />
<br />
Art. 9º Todos os títulos e documentos de dívida protocolizados serão examinados em seus caracteres formais e terão curso se não apresentarem vícios, não cabendo ao Tabelião de Protesto investigar a ocorrência de prescrição ou caducidade.<br />
<br />
Parágrafo único. Qualquer irregularidade formal observada pelo Tabelião obstará o registro do protesto.<br />
<br />
Art. 10. Poderão ser protestados títulos e outros documentos de dívida em moeda estrangeira, emitidos fora do Brasil, desde que acompanhados de tradução efetuada por tradutor público juramentado.<br />
<br />
§ 1º Constarão obrigatoriamente do registro do protesto a descrição do documento e sua tradução.<br />
<br />
§ 2º Em caso de pagamento, este será efetuado em moeda corrente nacional, cumprindo ao apresentante a conversão na data de apresentação do documento para protesto.<br />
<br />
§ 3º Tratando-se de títulos ou documentos de dívidas emitidos no Brasil, em moeda estrangeira, cuidará o Tabelião de observar as disposições do Decreto-lei nº 857, de 11 de setembro de 1969, e legislação complementar ou superveniente.<br />
<br />
Art. 11. Tratando-se de títulos ou documentos de dívida sujeitos a qualquer tipo de correção, o pagamento será feito pela conversão vigorante no dia da apresentação, no valor indicado pelo apresentante.<br />
<br />
CAPÍTULO V<br />
<br />
Do Prazo<br />
<br />
Art. 12. O protesto será registrado dentro de três dias úteis contados da protocolização do título ou documento de dívida.<br />
<br />
§ 1º Na contagem do prazo a que se refere o caput exclui-se o dia da protocolização e inclui-se o do vencimento.<br />
<br />
§ 2º Considera-se não útil o dia em que não houver expediente bancário para o público ou aquele em que este não obedecer ao horário normal.<br />
<br />
Art. 13. Quando a intimação for efetivada excepcionalmente no último dia do prazo ou além dele, por motivo de força maior, o protesto será tirado no primeiro dia útil subseqüente.<br />
<br />
CAPÍTULO VI<br />
<br />
Da Intimação<br />
<br />
Art. 14. Protocolizado o título ou documento de dívida, o Tabelião de Protesto expedirá a intimação ao devedor, no endereço fornecido pelo apresentante do título ou documento, considerando-se cumprida quando comprovada a sua entrega no mesmo endereço.<br />
<br />
§ 1º A remessa da intimação poderá ser feita por portador do próprio tabelião, ou por qualquer outro meio, desde que o recebimento fique assegurado e comprovado através de protocolo, aviso de recepção (AR) ou documento equivalente.<br />
<br />
§ 2º A intimação deverá conter nome e endereço do devedor, elementos de identificação do título ou documento de dívida, e prazo limite para cumprimento da obrigação no Tabelionato, bem como número do protocolo e valor a ser pago.<br />
<br />
Art. 15. A intimação será feita por edital se a pessoa indicada para aceitar ou pagar for desconhecida, sua localização incerta ou ignorada, for residente ou domiciliada fora da competência territorial do Tabelionato, ou, ainda, ninguém se dispuser a receber a intimação no endereço fornecido pelo apresentante.<br />
<br />
§ 1º O edital será afixado no Tabelionato de Protesto e publicado pela imprensa local onde houver jornal de circulação diária.<br />
<br />
§ 2º Aquele que fornecer endereço incorreto, agindo de má-fé, responderá por perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções civis, administrativas ou penais.<br />
<br />
CAPÍTULO VII<br />
<br />
Da Desistência e Sustação do Protesto<br />
<br />
Art. 16. Antes da lavratura do protesto, poderá o apresentante retirar o título ou documento de dívida, pagos os emolumentos e demais despesas.<br />
<br />
Art. 17. Permanecerão no Tabelionato, à disposição do Juízo respectivo, os títulos ou documentos de dívida cujo protesto for judicialmente sustado.<br />
<br />
§ 1º O título do documento de dívida cujo protesto tiver sido sustado judicialmente só poderá ser pago, protestado ou retirado com autorização judicial.<br />
<br />
§ 2º Revogada a ordem de sustação, não há necessidade de se proceder a nova intimação do devedor, sendo a lavratura e o registro do protesto efetivados até o primeiro dia útil subseqüente ao do recebimento da revogação, salvo se a materialização do ato depender de consulta a ser formulada ao apresentante, caso em que o mesmo prazo será contado da data da resposta dada.<br />
<br />
§ 3º Tornada definitiva a ordem de sustação, o título ou o documento de dívida será encaminhado ao Juízo respectivo, quando não constar determinação expressa a qual das partes o mesmo deverá ser entregue, ou se decorridos trinta dias sem que a parte autorizada tenha comparecido no Tabelionato para retirá-lo.<br />
<br />
Art. 18. As dúvidas do Tabelião de Protesto serão resolvidas pelo Juízo competente.<br />
<br />
CAPÍTULO VIII<br />
<br />
Do Pagamento<br />
<br />
Art. 19. O pagamento do título ou do documento de dívida apresentado para protesto será feito diretamente no Tabelionato competente, no valor igual ao declarado pelo apresentante, acrescido dos emolumentos e demais despesas.<br />
<br />
§ 1º Não poderá ser recusado pagamento oferecido dentro do prazo legal, desde que feito no Tabelionato de Protesto competente e no horário de funcionamento dos serviços.<br />
<br />
§ 2º No ato do pagamento, o Tabelionato de Protesto dará a respectiva quitação, e o valor devido será colocado à disposição do apresentante no primeiro dia útil subseqüente ao do recebimento.<br />
<br />
§ 3º Quando for adotado sistema de recebimento do pagamento por meio de cheque, ainda que de emissão de estabelecimento bancário, a quitação dada pelo Tabelionato fica condicionada à efetiva liquidação.<br />
<br />
§ 4º Quando do pagamento no Tabelionato ainda subsistirem parcelas vincendas, será dada quitação da parcela paga em apartado, devolvendo-se o original ao apresentante.<br />
<br />
CAPÍTULO IX<br />
<br />
Do Registro do Protesto<br />
<br />
Art. 20. Esgotado o prazo previsto no art. 12, sem que tenham ocorrido as hipóteses dos Capítulos VII e VIII, o Tabelião lavrará e registrará o protesto, sendo o respectivo instrumento entregue ao apresentante.<br />
<br />
Art. 21. O protesto será tirado por falta de pagamento, de aceite ou de devolução.<br />
<br />
§ 1º O protesto por falta de aceite somente poderá ser efetuado antes do vencimento da obrigação e após o decurso do prazo legal para o aceite ou a devolução.<br />
<br />
§ 2º Após o vencimento, o protesto sempre será efetuado por falta de pagamento, vedada a recusa da lavratura e registro do protesto por motivo não previsto na lei cambial.<br />
<br />
§ 3º Quando o sacado retiver a letra de câmbio ou a duplicata enviada para aceite e não proceder à devolução dentro do prazo legal, o protesto poderá ser baseado na segunda via da letra de câmbio ou nas indicações da duplicata, que se limitarão a conter os mesmos requisitos lançados pelo sacador ao tempo da emissão da duplicata, vedada a exigência de qualquer formalidade não prevista na Lei que regula a emissão e circulação das duplicatas.<br />
<br />
§ 4º Os devedores, assim compreendidos os emitentes de notas promissórias e cheques, os sacados nas letras de câmbio e duplicatas, bem como os indicados pelo apresentante ou credor como responsáveis pelo cumprimento da obrigação, não poderão deixar de figurar no termo de lavratura e registro de protesto.<br />
<br />
Art. 22. O registro do protesto e seu instrumento deverão conter:<br />
<br />
I - data e número de protocolização;<br />
<br />
II - nome do apresentante e endereço;<br />
<br />
III - reprodução ou transcrição do documento ou das indicações feitas pelo apresentante e declarações nele inseridas;<br />
<br />
IV - certidão das intimações feitas e das respostas eventualmente oferecidas;<br />
<br />
V - indicação dos intervenientes voluntários e das firmas por eles honradas;<br />
<br />
VI - a aquiescência do portador ao aceite por honra;<br />
<br />
VII - nome, número do documento de identificação do devedor e endereço;<br />
<br />
VIII - data e assinatura do Tabelião de Protesto, de seus substitutos ou de Escrevente autorizado.<br />
<br />
Parágrafo único. Quando o Tabelião de Protesto conservar em seus arquivos gravação eletrônica da imagem, cópia reprográfica ou micrográfica do título ou documento de dívida, dispensa-se, no registro e no instrumento, a sua transcrição literal, bem como das demais declarações nele inseridas.<br />
<br />
Art. 23. Os termos dos protestos lavrados, inclusive para fins especiais, por falta de pagamento, de aceite ou de devolução serão registrados em um único livro e conterão as anotações do tipo e do motivo do protesto, além dos requisitos previstos no artigo anterior.<br />
<br />
Parágrafo único. Somente poderão ser protestados, para fins falimentares, os títulos ou documentos de dívida de responsabilidade das pessoas sujeitas às conseqüências da legislação falimentar.<br />
<br />
Art. 24. O deferimento do processamento de concordata não impede o protesto.<br />
<br />
CAPÍTULO X<br />
<br />
Das Averbações e do Cancelamento<br />
<br />
Art. 25. A averbação de retificação de erros materiais pelo serviço poderá ser efetuada de ofício ou a requerimento do interessado, sob responsabilidade do Tabelião de Protesto de Títulos.<br />
<br />
§ 1º Para a averbação da retificação será indispensável a apresentação do instrumento eventualmente expedido e de documentos que comprovem o erro.<br />
<br />
§ 2º Não são devidos emolumentos pela averbação prevista neste artigo.<br />
<br />
Art. 26. O cancelamento do registro do protesto será solicitado diretamente no Tabelionato de Protesto de Títulos, por qualquer interessado, mediante apresentação do documento protestado, cuja cópia ficará arquivada.<br />
<br />
§ 1º Na impossibilidade de apresentação do original do título ou documento de dívida protestado, será exigida a declaração de anuência, com identificação e firma reconhecida, daquele que figurou no registro de protesto como credor, originário ou por endosso translativo.<br />
<br />
§ 2º Na hipótese de protesto em que tenha figurado apresentante por endosso-mandato, será suficiente a declaração de anuência passada pelo credor endossante.<br />
<br />
§ 3º O cancelamento do registro do protesto, se fundado em outro motivo que não no pagamento do título ou documento de dívida, será efetivado por determinação judicial, pagos os emolumentos devidos ao Tabelião.<br />
<br />
§ 4º Quando a extinção da obrigação decorrer de processo judicial, o cancelamento do registro do protesto poderá ser solicitado com a apresentação da certidão expedida pelo Juízo processante, com menção do trânsito em julgado, que substituirá o título ou o documento de dívida protestado.<br />
<br />
§ 5º O cancelamento do registro do protesto será feito pelo Tabelião titular, por seus Substitutos ou por Escrevente autorizado.<br />
<br />
§ 6º Quando o protesto lavrado for registrado sob forma de microfilme ou gravação eletrônica, o termo do cancelamento será lançado em documento apartado, que será arquivado juntamente com os documentos que instruíram o pedido, e anotado no índice respectivo.<br />
<br />
CAPÍTULO XI<br />
<br />
Das Certidões e Informações do Protesto<br />
<br />
Art. 27. O Tabelião de Protesto expedirá as certidões solicitadas dentro de cinco dias úteis, no máximo, que abrangerão o período mínimo dos cinco anos anteriores, contados da data do pedido, salvo quando se referir a protesto específico.<br />
<br />
§ 1º As certidões expedidas pelos serviços de protesto de títulos, inclusive as relativas à prévia distribuição, deverão obrigatoriamente indicar, além do nome do devedor, seu número no Registro Geral (R.G.), constante da Cédula de Identidade, ou seu número no Cadastro de Pessoas Físicas (C.P.F.), se pessoa física, e o número de inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes (C.G.C.), se pessoa jurídica, cabendo ao apresentante do título para protesto fornecer esses dados, sob pena de recusa.<br />
<br />
§ 2º Das certidões não constarão os registros cujos cancelamentos tiverem sido averbados, salvo por requerimento escrito do próprio devedor ou por ordem judicial.<br />
<br />
Art. 28. Sempre que a homonímia puder ser verificada simplesmente pelo confronto do número de documento de identificação, o Tabelião de Protesto dará certidão negativa.<br />
<br />
Art. 29. Os Tabeliães de Protesto de Títulos somente poderão fornecer certidão, em forma de relação, para as entidades representativas do comércio, da indústria e das instituições financeiras, das pessoas cujos nomes e documentos forem indicados no pedido, com a nota de se tratar de informação reservada, para uso institucional exclusivo do solicitante, da qual não se poderá dar divulgação.<br />
<br />
Art. 29. Os cartórios fornecerão às entidades representativas da indústria e do comércio ou àquelas vinculadas à proteção do crédito, quando solicitada, certidão diária, em forma de relação, dos protestos tirados e dos cancelamentos efetuados, com a nota de se cuidar de informação reservada, da qual não se poderá dar publicidade pela imprensa, nem mesmo parcialmente. (Redação dada pela Lei nº 9.841, de 5.10.1999)<br />
<br />
§ 1º O fornecimento da certidão a que se refere o caput será suspenso caso se desatenda o seu caráter sigiloso ou se forneçam informações de protestos cancelados.<br />
<br />
§ 1o O fornecimento da certidão será suspenso caso se desatenda ao disposto no caput ou se forneçam informações de protestos cancelados. (Redação dada pela Lei nº 9.841, de 5.10.1999)<br />
<br />
§ 2º Dos cadastros ou bancos de dados, das entidades referidas no caput, somente serão prestadas informações, mesmo sigilosas, restritivas de crédito oriundas de títulos ou documentos de dívidas regularmente protestados, cujos registros não foram cancelados.<br />
<br />
§ 2º Dos cadastros ou bancos de dados das entidades referidas no caput somente serão prestadas informações restritivas de crédito oriundas de títulos ou documentos de dívidas regularmente protestados cujos registros não foram cancelados. (Redação dada pela Lei nº 9.841, de 5.10.1999)<br />
<br />
§ 3º Na localidade onde houver mais de um Tabelionato de Protesto de Títulos, poderá haver um Serviço de Informações de Protestos, organizado, instalado e mantido pelos próprios Tabelionatos.<br />
<br />
§ 3º Revogado. (Parágrafo revogado pela Lei nº 9.841, de 5.10.1999) <br />
<br />
Art. 30. As certidões, informações e relações serão elaboradas pelo nome dos devedores, conforme previstos no § 4º do art. 21 desta Lei, devidamente identificados, e abrangerão os protestos lavrados e registrados por falta de pagamento, de aceite ou de devolução, vedada a exclusão ou omissão de nomes e de protestos, ainda que provisória ou parcial.<br />
<br />
Art. 31. Do protocolo somente serão fornecidas informações ou certidões mediante solicitação escrita do devedor ou por determinação judicial.<br />
<br />
Art. 31. Poderão ser fornecidas certidões de protestos, não cancelados, a quaisquer interessados, desde que requeridas por escrito. (Redação dada pela Lei nº 9.841, de 5.10.1999)<br />
<br />
CAPÍTULO XII<br />
<br />
Dos Livros e Arquivos<br />
<br />
Art. 32. O livro de Protocolo poderá ser escriturado mediante processo manual, mecânico, eletrônico ou informatizado, em folhas soltas e com colunas destinadas às seguintes anotações: número de ordem, natureza do título ou documento de dívida, valor, apresentante, devedor e ocorrências.<br />
<br />
Parágrafo único. A escrituração será diária, constando do termo de encerramento o número de documentos apresentados no dia, sendo a data da protocolização a mesma do termo diário do encerramento.<br />
<br />
Art. 33. Os livros de Registros de Protesto serão abertos e encerrados pelo Tabelião de Protestos ou seus Substitutos, ou ainda por Escrevente autorizado, com suas folhas numeradas e rubricadas.<br />
<br />
Art. 34. Os índices serão de localização dos protestos registrados e conterão os nomes dos devedores, na forma do § 4º do art. 21, vedada a exclusão ou omissão de nomes e de protestos, ainda que em caráter provisório ou parcial, não decorrente do cancelamento definitivo do protesto.<br />
<br />
§ 1º Os índices conterão referência ao livro e à folha, ao microfilme ou ao arquivo eletrônico onde estiver registrado o protesto, ou ao número do registro, e aos cancelamentos de protestos efetuados. <br />
<br />
§ 2º Os índices poderão ser elaborados pelo sistema de fichas, microfichas ou banco eletrônico de dados.<br />
<br />
Art. 35. O Tabelião de Protestos arquivará ainda:<br />
<br />
I - intimações;<br />
<br />
II - editais;<br />
<br />
III - documentos apresentados para a averbação no registro de protestos e ordens de cancelamentos;<br />
<br />
IV - mandados e ofícios judiciais;<br />
<br />
V - solicitações de retirada de documentos pelo apresentante;<br />
<br />
VI - comprovantes de entrega de pagamentos aos credores;<br />
<br />
VII - comprovantes de devolução de documentos de dívida irregulares.<br />
<br />
§ 1º Os arquivos deverão ser conservados, pelo menos, durante os seguintes prazos:<br />
<br />
I - um ano, para as intimações e editais correspondentes a documentos protestados e ordens de cancelamento;<br />
<br />
II - seis meses, para as intimações e editais correspondentes a documentos pagos ou retirados além do tríduo legal;<br />
<br />
III - trinta dias, para os comprovantes de entrega de pagamento aos credores, para as solicitações de retirada dos apresentantes e para os comprovantes de devolução, por irregularidade, aos mesmos, dos títulos e documentos de dívidas.<br />
<br />
§ 2º Para os livros e documentos microfilmados ou gravados por processo eletrônico de imagens não subsiste a obrigatoriedade de sua conservação.<br />
<br />
§ 3º Os mandados judiciais de sustação de protesto deverão ser conservados, juntamente com os respectivos documentos, até solução definitiva por parte do Juízo.<br />
<br />
Art. 36. O prazo de arquivamento é de três anos para livros de protocolo e de dez anos para os livros de registros de protesto e respectivos títulos.<br />
<br />
CAPÍTULO XIII<br />
<br />
Dos Emolumentos<br />
<br />
Art. 37. Pelos atos que praticarem em decorrência desta Lei, os Tabeliães de Protesto perceberão, diretamente das partes, a título de remuneração, os emolumentos fixados na forma da lei estadual e de seus decretos regulamentadores, salvo quando o serviço for estatizado.<br />
<br />
§ 1º Poderá ser exigido depósito prévio dos emolumentos e demais despesas devidas, caso em que, igual importância deverá ser reembolsada ao apresentante por ocasião da prestação de contas, quando ressarcidas pelo devedor no Tabelionato.<br />
<br />
§ 2º Todo e qualquer ato praticado pelo Tabelião de Protesto será cotado, identificando-se as parcelas componentes do seu total.<br />
<br />
§ 3º Pelo ato de digitalização e gravação eletrônica dos títulos e outros documentos, serão cobrados os mesmos valores previstos na tabela de emolumentos para o ato de microfilmagem.<br />
<br />
CAPÍTULO XIV<br />
<br />
Disposições Finais<br />
<br />
Art. 38. Os Tabeliães de Protesto de Títulos são civilmente responsáveis por todos os prejuízos que causarem, por culpa ou dolo, pessoalmente, pelos substitutos que designarem ou Escreventes que autorizarem, assegurado o direito de regresso.<br />
<br />
Art. 39. A reprodução de microfilme ou do processamento eletrônico da imagem, do título ou de qualquer documento arquivado no Tabelionato, quando autenticado pelo Tabelião de Protesto, por seu Substituto ou Escrevente autorizado, guarda o mesmo valor do original, independentemente de restauração judicial.<br />
<br />
Art. 40. Não havendo prazo assinado, a data do registro do protesto é o termo inicial da incidência de juros, taxas e atualizações monetárias sobre o valor da obrigação contida no título ou documento de dívida.<br />
<br />
Art. 41. Para os serviços previstos nesta Lei os Tabeliães poderão adotar, independentemente de autorização, sistemas de computação, microfilmagem, gravação eletrônica de imagem e quaisquer outros meios de reprodução.<br />
<br />
Art. 42. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.<br />
<br />
Art. 43. Revogam-se as disposições em contrário.<br />
<br />
Brasília, 10 de setembro de 1997; 176º da Independência e 109º da República.<br />
<br />
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO<br />
Iris Rezende<br />
<br />
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 11.09.1997maria da gloria perez delgado sancheshttp://www.blogger.com/profile/14087164358419572567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5516696660356856186.post-89051992771652823772008-06-01T17:11:00.001-03:002012-08-11T19:09:30.584-03:00PREPARATÓRIO PARA O EXAME DA PROFESSORA ROSASe a ação escolhida é a CAUTELAR DE PROTESTO, a redação deve começar com a distinção com o protesto de títulos.<br />
<br />
Por sua vez, se o tema é PROTESTO E APREENSÃO DE TÍTULOS, deve começar com a diferença com a ação cautelar de protesto.<br />
<br />
Após, redigir conforme os tópicos dados em sala de aula:<br />
<br />
<a name='more'></a><br /><br />
- conceito,<br />
- finalidade,<br />
- procedimento,<br />
- natureza.<br />
<br />
Fazer resumos, fichamentos dos pontos principais.<br />
<br />
Quando fizermos pós-graduação, teremos que fazer. Também para concursos.<br />
Anotar as coisas principais, ao lado.<br />
Quando for relembrar, não precisa da obra.<br />
<br />
É essa a idéia.maria da gloria perez delgado sancheshttp://www.blogger.com/profile/14087164358419572567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5516696660356856186.post-9613719552134148222008-06-01T17:03:00.000-03:002016-03-09T17:18:31.819-03:00DO PROTESTO E DA APREENSÃO DE TÍTULOS<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CPC, 882/887</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1. Distinção das medidas</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2. Do protesto de títulos</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2.1. conceito</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2.2. natureza jurídica</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2.3. finalidade</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2.4. procedimento</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2.5. da intervenção judicial</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">3. Da apreensão de títulos</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">3.1. conceito e natureza jurídica</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">3.2. procedimento</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">3.3. do decreto da prisão</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não confundir com o protesto, que é comunicação.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Aquele é o protesto cautelar, que visa a comunicação de uma manifestação de vontade, para assegurar direitos, responsabilidade.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O objetivo deste protesto é COMPROVAR A FALTA DE ACEITE OU...</span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> PAGAMENTO DO TÍTULO.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É feito em cartório.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PROTESTO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Refere-se ao procedimento cautelar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1. DISTINÇÃO DAS MEDIDAS</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Semana que vem analisaremos duas peças: </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1. ação de repetição de indébito e</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2. exceção de pré-executividade.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="background: #FDFEFA; color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Respeite o direito
autoral.</span></b><b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13pt;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Gostou? Siga, compartilhe, visite os blogs.
É só clicar na barra ao lado e nos links abaixo:</span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<a href="http://gramaticaequestoesvernaculas.blogspot.com/"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">http://gramaticaequestoesvernaculas.blogspot.com/</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<a href="http://mg-perez.blogspot.com.br/"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">http://mg-perez.blogspot.com.br/</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<a href="http://producaojuridica.blogspot.com/"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">http://producaojuridica.blogspot.com/</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">e outros mais,
em </span></b><a href="https://plus.google.com/100044718118725455450/about"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">https://plus.google.com/100044718118725455450/about</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Pergunte, comente, critique, ok? A
casa é sua e seu comentário será sempre bem-vindo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Um abraço e um lindo dia!</span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span lang="EN-US" style="background: #FCFCFC; color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Thanks for the comment.
Feel free to comment, ask questions or criticize. </span></i><i><span style="background: #FCFCFC; color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A great day and a great week!</span></i><i><span style="color: #333333; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></i><i><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "Freestyle Script"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Maria da Glória
Perez Delgado Sanches</span><span style="font-family: 'Freestyle Script'; font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></div>
maria da gloria perez delgado sancheshttp://www.blogger.com/profile/14087164358419572567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5516696660356856186.post-24663681875574010462008-05-31T17:38:00.001-03:002012-08-11T19:15:03.714-03:00JUSTIFICAÇÃOATENTADO<br />
<br />
CPC, 879/881<br />
<br />
1. conceito<br />
2. objetivo<br />
3. cabimento<br />
4. pressupostos<br />
5. procedimento<br />
<br />
Ação cautelar nominada de procedimento cautelar específico. Tem caráter repressivo.<br />
<br />
SENTIDO GERAL<br />
Atentado deriva do verbo latino attentare, o que significa o ataque, a ofensa, a agressão ao direito, à moral ou à pessoa.<br />
<a name='more'></a><br />
<br />
NO PROCESSO<br />
Significa toda e qualquer inovação contra direito, feita ou introduzida pela parte, na causa em andamento.<br />
Se o bem do devedor foi penhorado ou arrestado e ainda assim ele o vendeu ou doou aos filhos, ele praticou um atentado.<br />
É uma inovação ilegal, durante a tramitação do processo.<br />
<br />
1. CONCEITO<br />
É ação cautelar nominada, de procedimento cautelar específico, que tem por objeto o retorno do estado fático da causa, alterado ilegalmente por uma das partes no curso do processo.<br />
É ação cautelar, mas tem caráter repressivo. Ao fazer a inovação, sujeita-se o agente à pena de não poder falar no processo principal, sem prejuízo dos crimes de desobediência e de fraude processual.<br />
<br />
<br />
2. OBJETIVO<br />
“Constatar a alteração fática e recompor a situação alterada indevidamente por uma das partes.”<br />
O procedimento não admite concessão de liminar.<br />
<br />
<br />
3. CABIMENTO<br />
Art. 879. Comete atentado a parte que no curso do processo:<br />
I - viola penhora, arresto, seqüestro ou imissão na posse;<br />
II - prossegue em obra embargada;<br />
III - pratica outra qualquer inovação ilegal no estado de fato.<br />
A PARTE<br />
Se não é parte, não comete atentado.<br />
<br />
NO CURSO DO PROCESSO<br />
Somente se admite ação cautelar de atentado incidental, e não preparatória.<br />
I - viola penhora, arresto, seqüestro ou imissão na posse;<br />
PENHORA: ocorre no processo de execução;<br />
ARRESTO e SEQUESTRO: processo cautelar;<br />
IMISSÃO NA POSSE: processo de conhecimento.<br />
<br />
Portanto, a ação principal desta ação de atentado pode ser outra ação cautelar.<br />
<br />
<br />
II - prossegue em obra embargada;<br />
É a ação de nunciação de obra nova, de procedimento especial. Nessa ação, o juiz pode deferir liminarmente a paralisação da obra. Se tiver continuidade, estará cometendo atentado.<br />
<br />
III - pratica outra qualquer inovação ilegal no estado de fato.<br />
A parte pode praticar o atentado quando induzir o juiz a erro.<br />
A ação principal pode ser, também, o mandado de segurança.<br />
<br />
“Tem lugar em qualquer espécie de ação (conhecimento, execução ou cartelar).”<br />
<br />
<br />
4. PRESSUPOSTOS<br />
- lide pendente (mesmo que esteja pendente de recurso, no tribunal);<br />
- alteração de seu estado fático (é a alteração ilegal, que causou prejuízo ao requerente);<br />
- ilegalidade da alteração;<br />
- prejuízo à parte contrária.<br />
São precisos os 4 pressupostos, que correspondem à CAUSA DE PEDIR e aos PERICULUM IN MORA e FUMUS BONI IURIS.<br />
Se não houver prejuízo, não há o que se falar em procedimento.<br />
<br />
<br />
5. PROCEDIMENTO<br />
– APENAS AÇÃO CAUTELAR INCIDENTAL;<br />
Na exibição, só é admitida a forma preparatória. Nesta ação, somente a forma incidental.<br />
<br />
- LEGITIMIDADE ATIVA: qualquer das partes da ação principal;<br />
<br />
- LEGITIMIDADE PASSIVA: a parte que cometeu o atentado.<br />
A PARTE que cometeu a ação e causou prejuízo à outra parte.<br />
<br />
<br />
<br />
A ação cautelar de seqüestro e a ação cautelar de produção antecipada de provas podem ser promovidas pelo réu. Basta que o processo principal esteja instaurado. Não é preciso que seja citado.<br />
Se o ato ocorrer ANTES DA CITAÇÃO, não pratica a parte atentado. Somente após completada a relação jurídica processual.<br />
Portanto, somente pode-se cometer o atentado APÓS a citação do requerido.<br />
<br />
JUÍZO COMPETENTE<br />
O parágrafo único do artigo 800 do CPC não se aplica, por causa do artigo 880. Isto porque a norma especial prevalece sobre a norma geral.<br />
<br />
Artigo 800, parágrafo único: Não se exigirá o requisito do no III (a lide e seu fundamento) senão quando a medida cautelar for requerida em procedimento preparatório.<br />
<br />
Art. 880. A petição inicial será autuada em separado, observando-se, quanto ao procedimento, o disposto nos arts. 802 e 803.<br />
Parágrafo único. A ação de atentado será PROCESSADA E JULGADA PELO JUIZ QUE CONHECEU ORIGINARIAMENTE DA CAUSA PRINCIPAL, AINDA QUE ESTA SE ENCONTRE NO TRIBUNAL.<br />
<br />
É competente o juízo da causa principal. Estando em grau de recurso, CONTINUARÁ PREVENTO o juízo da ação principal. É o caso de COMPETÊNCIA FUNCIONAL, de CARÁTER ABSOLUTO.<br />
<br />
<br />
A ação cautelar de alimentos provisionais e esta sempre serão propostas no primeiro grau de jurisdição.<br />
<br />
Como se trata de competência relativa, já está prorrogada a competência (a competência de caráter absoluto).<br />
<br />
Art. 802. O requerido será citado, qualquer que seja o procedimento cautelar, para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido, indicando as provas que pretende produzir.<br />
Parágrafo único. Conta-se o prazo, da juntada aos autos do mandado:<br />
I - de citação devidamente cumprido;<br />
II - da execução da medida cautelar, quando concedida liminarmente ou após justificação prévia.<br />
Art. 803. Não sendo contestado o pedido, presumir-se-ão aceitos pelo requerido, como verdadeiros, os fatos alegados pelo requerente (arts. 285 e 319); caso em que o juiz decidirá dentro em 5 (cinco) dias. <br />
Parágrafo único. Se o requerido contestar no prazo legal, o juiz designará audiência de instrução e julgamento, havendo prova a ser nela produzida. <br />
<br />
Os artigos 802 e 803 do CPC aplicam-se ao atentado. Portanto, aplicam-se os efeitos da revelia.<br />
<br />
<br />
PETIÇÃO INICIAL<br />
Observa o disposto nos artigos 880, 282 e 801 do CPC.<br />
<br />
Art. 809. Os autos do procedimento cautelar serão apensados aos do processo principal.<br />
Como a petição inicial é AUTUADA EM SEPARADO, não se aplica o artigo 809 do CPC.<br />
<br />
O pedido de ação cautelar pode ser cumulado com PERDAS E DANOS:<br />
Art. 881, parágrafo único: A sentença poderá condenar o réu a ressarcir à parte lesada as perdas e danos que sofreu em conseqüência do atentado.<br />
Se houver prejuízo, nada mais adequado do que pleitear o pedido de perdas e danos. O que não é permitido nas outras cautelares.<br />
O pedido cautelar presta-se a recompor o estado anterior. O pedido de perdas e danos não é cautelar. É de conhecimento.<br />
<br />
“A sentença que julgar procedente o pedido de atentado ordenará o restabelecimento do estado ANTERIOR, sob pena de a parte não mais poder falar nos autos principais, até a purgação do atentado.”<br />
<br />
Art. 881. A sentença, que julgar procedente a ação, ordenará o restabelecimento do estado anterior, a suspensão da causa principal e a proibição de o réu falar nos autos até a purgação do atentado. <br />
<br />
EFEITOS DA SENTENÇA<br />
São CINCO os efeitos da sentença. Na petição inicial devem estar arrolados:<br />
1. A CONDENAÇÃO NA OBRIGAÇÃO DE FAZER OU NÃO FAZER. Por exemplo, quando prosseguir com a obra embargada.<br />
2. SUSPENSÃO DO PROCESSO PRINCIPAL. <br />
<br />
<br />
O pedido da ação cautelar pode ser cumulado com perdas e danos – CPC, 88l, § único:<br />
A sentença poderá condenar o réu a ressarcir à parte lesada as perdas e danos que sofreu em conseqüência do atentado.<br />
<br />
NÃO ADMITE LIMINAR<br />
Quanto à admissibilidade de liminar, há divergência de opinião. A professora entende que não. Porque não existe essa possibilidade, uma vez que é uma obrigação de fazer ou deixar de fazer.<br />
<br />
- o atentado se processa em separado – artigo 880<br />
<br />
- sentença – cabe recurso de apelação<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
MISAEL MONTENEGRO FILHO – ESQUEMA:<br />
<br />
CABIMENTO DA MEDIDA CAUTELAR DE ATENTADO<br />
Quando o requerido viola:<br />
- penhora, arresto<br />
- seqüestro ou<br />
- imissão na posse.<br />
Quando o requerido prossegue em obra embargada.<br />
Quando o requerido praticar qualquer outra inovação ilegal no estado de fato.<br />
Depreende-se da leitura do artigo 879, inciso III, que as hipóteses elencadas não são taxativas.<br />
<br />
REFLEXOS DO POSICIONAMENTO ASSUMIDO PELO REQUERIDO: imposição de prejuízo para a parte contrária, decorrido de ato ilegal, dificultando o julgamento da ação principal.<br />
<br />
INOVAÇÃO:<br />
- ilegal;<br />
- causou prejuízo à parte.<br />
<br />
Idéia principal do atentado: inovação no estado de fato do processo principal.<br />
<br />
Momento do ajuizamento: medica cautelar SEMPRE incidental.<br />
<br />
CARACTERÍSTICAS MARCANTES<br />
- deve ser proposta perante o juízo que CONHECEU a ação principal, mesmo se este estiver no tribunal;<br />
- só pode ser proposta contra qualquer das partes da ação principal;<br />
- sentença de índole mandamental: porque manda fazer. Não é o Poder Judiciário quem vai fazer. A diferença que existe na sentença executiva lato sensu e a mandamental está em que na executiva é o Poder Judiciário quem vai cumprir e na mandamental, é a partem quem cumpre.<br />
Cumprem-se de imediato. A diferença é quem cumpre.<br />
1ª – expede-se o mandado.<br />
2ª – a parte vencida é quem vai cumprir.<br />
Exemplo: na ação de reintegração de posse: o juiz profere a sentença. O oficial de justiça cumpre a determinação da sentença de reintegração de posse.<br />
Em uma ação de mandado de segurança, para a faculdade receber a matrícula de um aluno. É a faculdade que terá que cumprir.<br />
<br />
<br />
DINÂMICA <br />
<br />
PETIÇÃO INICIAL<br />
<br />
1. INDEFERIMENTO<br />
- apelação.<br />
<br />
2. DETERMINAÇÃO DE EMENDA<br />
– extinção do processo<br />
- emenda<br />
<br />
3. DEFERIMENTO DA LIMINAR<br />
- cumprimento da liminar e citação do requerido (*)<br />
- resposta do réu<br />
- réplica<br />
- designação de audiência, quando necessário<br />
- audiência<br />
- sentença (que comporta recurso de apelação)<br />
<br />
(*) Por entendimento doutrinário.<br />
O professor Antonio Cláudio também não concorda.<br />
<br />
Qual seria a providência?<br />
1º: qualquer venda é ineficaz. Porque, na verdade, a venda de uma coisa penhorada é inexistente, é fraude à execução.<br />
<br />
Observe-se que o professor não chamou a atenção quanto à cumulação de pedidos e à sentença no duplo efeito, que decide o pedido de perdas e danos.<br />
<br />
<br />
JURISPRUDÊNCIA<br />
Decisões reiteradas sobre o mesmo assunto e da mesma forma.<br />
Não existe jurisprudência no plural.<br />
<br />
<br />
Nestes procedimentos todos, não cabe reconvenção.<br />
<br />
<br />
EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA<br />
- de caráter relativo.<br />
Mas não há de se perquirir a incompetência do juízo.<br />
<br />
<br />
INCOMPETÊNCIA E SUSPEIÇÃO DO JUIZ<br />
A qualquer tempo, no processo, pode ser alegada por qualquer das partes, quando do conhecimento do fato, no prazo de 15 dias.<br />
Exemplo:<br />
A procuradora do Estado é nomeada para atuar na Vara de Família, nos processos em defesa dos assistidos (hoje é o defensor público).<br />
Resultado: a procuradora começa a namorar o juiz. Poderia ela permanecer na Vara?<br />
A parte contrária, a partir do conhecimento deste fato, poderia oferecer exceção de IMPEDIMENTO, no prazo de 15 dias.maria da gloria perez delgado sancheshttp://www.blogger.com/profile/14087164358419572567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5516696660356856186.post-15697611288286959972008-05-22T18:48:00.001-03:002012-08-19T21:48:13.303-03:00POSSE EM NOME DO NASCITUROCPC, artigos 877 e 878<br />
<br />
Nascituro é um ser que foi concebido, mas ainda não nasceu. Basta a concepção.<br />
Destina-se este procedimento a preservar os direitos do nascituro. Alguém morre. A mãe promove este procedimento para poder promover qualquer ação, EM NOME PRÓPRIO, em defesa do filho que ainda não nasceu, mas já foi concebido.<br />
Se a mãe for incapaz ou não tiver o poder familiar, o Ministério Público pode promover a ação.<br />
Qualquer mulher tem legitimidade para promover a ação, não interessando a sua qualificação.<br />
Este procedimento destina-se ao exame pericial.<br />
<br />
1. conceito<br />
2. natureza jurídica<br />
3. finalidade<br />
4. objeto<br />
5. procedimento<br />
<a name='more'></a><br />
<br />
<br />
1. CONCEITO<br />
Cuida-se de medida para a proteção de direitos de quem ainda não nasceu, o nascituro, sucessor da pessoa falecida.<br />
Consiste em exame pericial para prova do estado de gravidez da mulher, requerente da medida, para poder exercer ou garantir os direitos do nascituro.<br />
<br />
Neste procedimento, não se discute a paternidade ou a sucessão, mas apenas a gravidez. Se está ou não a mulher grávida.<br />
O direito não é dela, mas do filho dela. O filho é quem teria que reivindicar seus direitos, mas ainda não nasceu. Como não nasceu, a mãe, com esta autorização, pode promover as ações.<br />
<br />
Dispõe o artigo 2º do Código Civil:<br />
“Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.”<br />
<br />
Dessa forma, a lei resguarda, desde a concepção, os direitos do nascituro.<br />
As pessoas físicas, jurídicas e pessoas formais têm capacidade jurídica. O nascituro, por sua vez, não a tem.<br />
Aqui, é a MÃE a autora. Investida nos direitos do nascituro.<br />
<br />
<br />
<br />
2. NATUREZA JURÍDICA<br />
É procedimento cautelar específico de natureza de jurisdição voluntária. Tem natureza meramente administrativa.<br />
Não é uma medida constritiva de direitos, mas apenas conservatória de direitos.<br />
<br />
<br />
3. FINALIDADE<br />
A proteção dos direitos do nascituro.<br />
<br />
<br />
3. OBJETO<br />
– exame pericial<br />
– constatação da gravidez<br />
<br />
<br />
4. PROCEDIMENTO<br />
Aplica-se subsidiariamente o procedimento comum cautelar.<br />
Não é aplicado o artigo 801, porque não requer uma ação principal.<br />
<br />
AÇÃO DE ALIMENTOS<br />
A mãe não pede os alimentos para ela, mas para o filho. Também o enxoval, as despesas hospitalares, na ação de alimentos.<br />
<br />
AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE<br />
Há quem defenda que é possível, ainda que seja uma ação que reconheça direitos personalíssimos.<br />
<br />
Pode ser utilizado para o ingresso nas ações de manutenção e reintegração de posse.<br />
<br />
<br />
PETIÇÃO INICIAL<br />
Artigos 282 e 877 do CPC.<br />
<br />
LEGITIMIDADE ATIVA<br />
Cabe a mulher, em qualquer circunstância. Não importa a qualificação da mulher. <br />
Também ao Ministério Público e à Defensoria Pública.<br />
<br />
LEGITIMIDADE PASSIVA<br />
- os herdeiros do falecido.<br />
O falecido não precisa ser necessariamente o pai. Pode ser o avô, o testamenteiro.<br />
<br />
SE NÃO TIVER HERDEIROS?<br />
O Código Civil estabelece a ordem de vocação hereditária, no artigo 1.829:<br />
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:<br />
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;<br />
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;<br />
III - ao cônjuge sobrevivente;<br />
IV - aos colaterais.<br />
Em não sobrevivendo o cônjuge ou companheiro nem parente sucessível, estabelece o artigo 1844 que a herança se devolve ao Município ou ao Distrito Federal, se localizada nas respectivas circunscrições, ou à União, quando situada em território federal.<br />
Porque é o caso de herança jacente.<br />
<br />
<br />
CONDIÇÃO<br />
Doação para o filho, em vida.<br />
Se o filho morrer antes do doador e tiver descendentes, os bens passarão ao descendente. Mas se o filho não tiver descendentes, os bens retornarão ao doador.<br />
1ª condição – a morte do filho, primeiro,<br />
2ª condição – que ele não tenha filhos.<br />
Ocorrendo as duas condições, os bens voltam para o pai.<br />
Mas se a nora estiver grávida, poderá optar por este procedimento. Se o filho que ela espera não nascer com vida, a herança retornará ao doador.<br />
Ela entra com o processo. Se o filho nascer com vida, ainda que seja por um segundo, fica tudo para a nora, mãe da criança.<br />
<br />
CAUSA DE PEDIR.<br />
- morte de alguém de quem o nascituro é supostamente sucessor;<br />
- o fato biológico da gravidez.<br />
Na causa de pedir devem ser narrados os dois fatos.<br />
<br />
PEDIDO<br />
“A investidura na posse dos direitos do nascituro para que a mãe ou um curador exerça todos os direitos que caibam ao que ainda não nasceu, para a sua salvaguarda.” (Antônio Cláudio da Costa Machado)<br />
<br />
REQUERIMENTOS<br />
1. A citação do requerido, para se defender, se quiser, mediante a apresentação de contestação (artigo 802 do CPC) e das exceções:<br />
- suspeição<br />
- incompetência<br />
- impedimento<br />
- impugnação ao valor da causa<br />
<br />
2. nomeação de um médico para realizar o exame.<br />
3. intimação do Ministério Público.<br />
<br />
VALOR DA CAUSA<br />
Por fim, deve ser atribuído o valor à causa.<br />
O valor da causa é a base de cálculo para o recolhimento de custas. Mas neste processo não se discutem as questões patrimoniais.<br />
<br />
<br />
<br />
ARTIGO 877<br />
Art. 877. A mulher que, para garantia dos direitos do filho nascituro, quiser provar seu estado de gravidez, requererá ao juiz que, ouvido o órgão do Ministério Público, mande examiná-la por um médico de sua nomeação.<br />
§ 1o O requerimento será instruído com a certidão de óbito da pessoa, de quem o nascituro é sucessor.<br />
§ 2o Será dispensado o exame se os herdeiros do falecido aceitarem a declaração da requerente.<br />
§ 3o Em caso algum a falta do exame prejudicará os direitos do nascituro.<br />
<br />
Apresentado o laudo, abre-se o prazo para os interessados falarem no prazo de DEZ DIAS.<br />
<br />
Temos aqui a referência ao artigo 433 do CPC, que cuida da PROVA PERICIAL:<br />
Art. 433. O perito apresentará o laudo em cartório, no prazo fixado pelo juiz, pelo menos 20 (vinte) dias antes da audiência de instrução e julgamento. <br />
Parágrafo único. Os assistentes técnicos oferecerão seus pareceres NO PRAZO COMUM DE 10 (DEZ) DIAS, após intimadas as partes da apresentação do laudo. <br />
<br />
SENTENÇA<br />
Somente após falarem sobre a prova pericial o juiz proferirá a sentença. Esta tem NATUREZA DECLARATÓRIA. Investe a requerente na posse dos direitos do nascituro.<br />
<br />
A questão da natureza da sentença encontra divergência na doutrina:<br />
ANTONIO CLÁUDIO DA COSTA MACHADO <br />
Afirma pela natureza DECLARATÓRIA, porque declara que a mulher está grávida e natureza CONSTITUTIVA, porque a investe nos bens do nascituro.<br />
Porém, para a grande maioria, tem natureza apenas DECLARATÓRIA.<br />
<br />
Se à requerente não couber o poder familiar, o juiz nomeará um curador ao nascituro. A previsão encontra-se estampada nos parágrafo único do artigo 878 do CPC e no artigo 1.779, caput e parágrafo único:<br />
Art. 878, parágrafo único: Se à requerente não couber o exercício do pátrio poder, o juiz nomeará curador ao nascituro.<br />
Art. 1.779. Dar-se-á curador ao nascituro, se o pai falecer estando grávida a mulher, e não tendo o poder familiar.<br />
Parágrafo único. Se a mulher estiver interdita, seu curador será o do nascituro.<br />
<br />
Se a mulher está presa e foi condenada pela prática de crime, perdeu o poder familiar.<br />
Neste caso, será nomeado um curador.<br />
Este curador será, também, o curador do nascituro.<br />
Se ela for incapaz, o Ministério Público pode, também, promover o procedimento.<br />
<br />
A posse é plena, abrangendo todos os bens e ações que couberem ao nascituro.<br />
<br />
APELAÇÃO<br />
Da sentença cabe apelação, recebida apenas com efeito devolutivo, nos termos do artigo 520, inciso IV, do CPC:<br />
Art. 520. A apelação será recebida em seu efeito devolutivo e suspensivo. Será, no entanto, recebida SÓ NO EFEITO DEVOLUTIVO, quando interposta de sentença que: <br />
I - homologar a divisão ou a demarcação; <br />
II - condenar à prestação de alimentos<br />
III – (revogado)<br />
IV - decidir o PROCESSO CAUTELAR; <br />
V - rejeitar liminarmente embargos à execução ou julgá-los improcedentes; <br />
VI - julgar procedente o pedido de instituição de arbitragem. <br />
VII - confirmar a antecipação dos efeitos da tutela.<br />
<br />
<br />
LIMINAR INAUDITA ALTERA PARS<br />
Não há. É um procedimento de jurisdição voluntária.maria da gloria perez delgado sancheshttp://www.blogger.com/profile/14087164358419572567noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5516696660356856186.post-18824496134113255572008-05-22T18:36:00.000-03:002012-08-19T21:48:29.311-03:00HOMOLOGAÇÃO DO PENHOR LEGALArtigos 874 a 876 do CPC<br />
<br />
Antes de abordarmos o assunto, precisamos de uma pequena viagem ao direito material.<br />
<br />
1. CONCEITO DE PENHOR LEGAL<br />
CC, artigos 1467/1472<br />
<br />
Art. 1.467. São credores pignoratícios, independentemente de convenção:<br />
I - os HOSPEDEIROS, ou fornecedores de pousada ou alimento, sobre as bagagens, móveis, jóias ou dinheiro que os seus consumidores ou fregueses tiverem consigo nas respectivas casas ou estabelecimentos, pelas despesas ou consumo que aí tiverem feito;<br />
II - o DONO DO PRÉDIO RÚSTICO OU URBANO, sobre os bens móveis que o rendeiro ou INQUILINO tiver guarnecendo o mesmo prédio, pelos aluguéis ou rendas.<br />
Art. 1.468. A CONTA das dívidas enumeradas no inciso I do artigo antecedente será extraída conforme a tabela impressa, prévia e ostensivamente exposta na casa, dos preços de hospedagem, da pensão ou dos gêneros fornecidos, sob pena de nulidade do penhor.<br />
Art. 1.469. Em cada um dos casos do art. 1.467, o credor poderá tomar em garantia UM OU MAIS OBJETOS ATÉ O VALOR DA DÍVIDA.<br />
Art. 1.470. Os credores, compreendidos no art. 1.467, podem fazer EFETIVO O PENHOR, antes de recorrerem à autoridade judiciária, sempre que haja perigo na demora, dando aos devedores COMPROVANTE dos bens de que se apossarem.<br />
Art. 1.471. Tomado o penhor, requererá o credor, ato contínuo, a sua HOMOLOGAÇÃO JUDICIAL.<br />
Art. 1.472. Pode o locatário impedir a constituição do penhor mediante CAUÇÃO IDÔNEA.<br />
<br />
O penhor é uma espécie de direito real de garantia. <br />
É uma garantia instituída por lei para assegurar o pagamento de uma determinada dívida, em benefício de determinado crédito.<br />
Resulta, portanto, da lei, e não de convenção entre as partes.<br />
<br />
COMO SE ADQUIRE A PROPRIEDADE DO AUTOMÓVEL?<br />
<a name='more'></a><br />
<br />
Pela TRADIÇÃO. Não se adquire a propriedade com o registro no Detran. Aquele é um registro do Estado para o controle e a cobrança de impostos.<br />
<br />
O direito real pode recair sobre coisa própria e propriedade, e seguem os princípios da taxatividade e da tipicidade.<br />
A lei, além de dizer qual, diz o apelo.<br />
- hipoteca – coisa imóvel<br />
- penhor – coisa móvel<br />
<br />
PENHOR<br />
Pode ser constituído pela vontade ou por imposição da lei. <br />
São duas as formas de constituição do penhor:<br />
1. CONVENCIONAL: acordo entre as partes, por contrato escrito e registro em cartório.<br />
2. LEGAL: determinado na lei e nos modelos previstos na lei.<br />
<br />
O penhor legal é previsto no CC, nos artigos 1.467 a 1.472, sobre COISAS MÓVEIS. <br />
É um DIREITO REAL DE GARANTIA, constituindo um tratamento especial concedido a alguns credores.<br />
O CC prevê e dá um tratamento especial ao:<br />
- credor de hospedagem e ao<br />
- locador ou arrendador de prédio rústico ou urbano.<br />
<br />
Se vamos hipotecar um imóvel, o imóvel fica com o DEVEDOR. No penhor, a posse fica com o CREDOR. A lei confere ao hospedeiro o direito de reter a bagagem do hóspede. No caso dos contratos de locação e arrendamento, o direito de ficar com os móveis.<br />
Esse direito dá-se apenas nas hipóteses previstas na lei.<br />
<br />
Art. 1.467. São credores pignoratícios, independentemente de convenção:<br />
I - os HOSPEDEIROS, ou fornecedores de pousada ou alimento, sobre as bagagens, móveis, jóias ou dinheiro que os seus consumidores ou fregueses tiverem consigo nas respectivas casas ou estabelecimentos, pelas despesas ou consumo que aí tiverem feito;<br />
II - o DONO DO PRÉDIO RÚSTICO OU URBANO, sobre os bens móveis que o rendeiro ou INQUILINO tiver guarnecendo o mesmo prédio, pelos aluguéis ou rendas.<br />
<br />
Independe de convenção, porque é A LEI que estabelece.<br />
Se não pagar a conta, pode caracterizar até mesmo crime:<br />
<br />
Art. 176 - Tomar refeição em restaurante, alojar-se em hotel ou utilizar-se de meio de transporte sem dispor de recursos para efetuar o pagamento:<br />
Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa.<br />
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação, e o juiz pode, conforme as circunstâncias, deixar de aplicar a pena.<br />
<br />
É preciso preencher o requisito. Só a falta de pagamento não caracteriza o crime. Os valores terão que ser cobrados no juízo cível.<br />
É possível reter os objetos, a bagagem do hóspede, se ele não efetuar o pagamento.<br />
Nos hotéis, eles não descem a bagagem antes do pagamento da conta. Porque o hotel pode reter os objetos, a mala.<br />
Também o mesmo ocorre na locação e no arrendamento.<br />
<br />
A lei de locação prevê 3 garantias:<br />
- seguro-fiança,<br />
- o depósito de 3 meses ou<br />
- fiador.<br />
Não é possível somar. Se o locador tem uma das três garantias, não pode se utilizar do penhor legal.<br />
Senão, cairia no bis in idem.<br />
<br />
Outra observação:<br />
PENHOR E PENHORA<br />
Penhor é o Direito Real de garantia que recai sobre coisas móveis. Os bens são empenhados.<br />
Penhora é ato processual do processo de execução, de constrição de bens do devedor. Os bens são penhorados.<br />
<br />
A bagagem foi retida. Em seguida, o hospedeiro terá que adotar uma providência. No plano consensual há contrato. No plano legal, não há um contrato. É preciso adotar uma providência judicial.<br />
<br />
PRINCÍPIOS <br />
- DA TAXATIVIDADE<br />
- DA TIPICIDADE<br />
Os tipos devem estar previstos na lei. Não somente no Código Civil. Além do Código Civil, a Lei 6.533/78 também prevê o penhor legal. Ela regulamenta a profissão de artista e técnico de espetáculos. <br />
No artigo 31 confere o direito aos artistas e aos técnicos de reter o equipamento do espetáculo até receber o seu crédito.<br />
O equipamento é retido em garantia para o recebimento de seus créditos.<br />
O artigo 1.469 do Código Civil confere ao credor o direito de tomar em garantia um ou mais objetos do devedor, até o valor da dívida.<br />
Retém e oferece um recibo para o devedor. Tem o direito de reter os objetos, mas tem que passar um recibo desses objetos, que foram retidos.<br />
<br />
2. FINALIDADE<br />
RETÉM PARA QUÊ?<br />
Para GARANTIR o pagamento. O hotel pode ficar com a bagagem? Não. A dívida será cobrada em juízo, se não for paga voluntariamente.<br />
<br />
SE A DÍVIDA NÃO FOR PAGA EM JUÍZO<br />
Se não paga em juízo, haverá a penhora de bens, e os bens serão então leiloados em hasta pública.<br />
Os bens que foram empenhados, na execução serão penhorados.<br />
Como nem todo bem do devedor pode ser penhorado, nem todo bem do devedor pode ser retido.<br />
O que não pode ser objeto de penhora também não pode ser objeto de penhor legal.<br />
Como ocorre no arresto.<br />
<br />
Esses credores têm um tratamento diferenciado, especial. Antes de entrar com a ação em juízo, já podem reter os bens em garantia do pagamento.<br />
Se eles podem, com as próprias mãos reter, eles podem legalmente exercer a AUTOTUTELA.<br />
Tomado o penhor legal, em ato contínuo, o credor deve requerer a sua homologação em juízo.<br />
O primeiro passo do credor deve ser contratar um advogado.<br />
O sindicato hoteleiro tem um departamento jurídico forte, que presta assessoria nesse área.<br />
<br />
<br />
O CPC prevê a Homologação do Penhor Legal nos artigos 874 a 876.<br />
Art. 874. Tomado o penhor legal nos casos previstos em lei, requererá o credor, ato contínuo, a homologação. Na petição inicial, instruída com a conta pormenorizada das despesas, a tabela dos preços e a relação dos objetos retidos, pedirá a citação do devedor para, em 24 (vinte e quatro) horas, pagar ou alegar defesa.<br />
Parágrafo único. Estando suficientemente provado o pedido nos termos deste artigo, o juiz poderá homologar de plano o penhor legal.<br />
Art. 875. A defesa só pode consistir em:<br />
I - nulidade do processo;<br />
II - extinção da obrigação;<br />
III - não estar a dívida compreendida entre as previstas em lei ou não estarem os bens sujeitos a penhor legal.<br />
Art. 876. Em seguida, o juiz decidirá; homologando o penhor, serão os autos entregues ao requerente 48 (quarenta e oito) horas depois, independentemente de traslado, salvo se, dentro desse prazo, a parte houver pedido certidão; não sendo homologado, o objeto será entregue ao réu, ressalvado ao autor o direito de cobrar a conta por ação ordinária.<br />
<br />
<br />
3. CONCEITO DE HOMOLOGAÇÃO DE PENHOR LEGAL<br />
É uma ação. Ação de homologação de penhor legal.<br />
É um procedimento cautelar específico.<br />
É ação, mas não tem natureza cautelar. É a ratificação do ato do penhor legal, que visa o reconhecimento de uma situação preestabelecida de forma a atestar-lhe a regularidade.<br />
<br />
“É A RATIFICAÇÃO DO ATO DO PENHOR LEGAL, QUE VISA O RECONHECIMENTO DE UMA SITUAÇÃO JURÍDICA PREESTABELECIDA DE FORMA A ATESTAR-LHE A REGULARIDADE.”<br />
<br />
O sindicato hoteleiro do Estado de São Paulo é muito bem assessorado. <br />
<br />
O recibo do penhor, que discrimina o que o credor está retendo, é uma segurança para as duas partes. Porque o penhor se verifica com a retenção. Nesse momento. <br />
Vai-se a juízo para ratificar a homologação. <br />
O penhor legal pertence ao ramo do direito material. A homologação é um procedimento de direito processual.<br />
<br />
<br />
<br />
4. NATUREZA JURÍDICA: satisfativa<br />
A homologação do penhor legal, conquanto se submeta a procedimento cautelar específico, tem a natureza de jurisdição voluntária. <br />
O requerente vem a juízo não pleitear, mas requerer a homologação. Dessa forma, a homologação não tem a natureza cautelar, por não objetivar o resultado útil do processo, mas natureza meramente satisfativa.<br />
O objetivo é constituir garantia: homologado o penhor legal, estará satisfeita a pretensão do credor.<br />
<br />
<br />
É difícil reter as coisas do inquilino, porque o credor não pode ingressar no imóvel. Seria o caso de invasão de domicílio. Poderia, no entanto, fazê-lo quando o inquilino estivesse mudando. No momento em que este se retirasse do imóvel.<br />
<br />
<br />
<br />
5. PROCEDIMENTO<br />
Obedece os requisitos da petição inicial: CPC, artigos 282 + 874.<br />
- conta pormenorizada das despesas;<br />
- tabela de preços ;<br />
- relação dos objetos retidos;<br />
- requisição da citação do devedor para pagar no prazo de 24 horas ou oferecer defesa.<br />
<br />
Art. 1.468 do Código Civil: A conta das dívidas enumeradas no inciso I do artigo antecedente será extraída conforme a tabela impressa, prévia e ostensivamente exposta na casa, dos preços de hospedagem, da pensão ou dos gêneros fornecidos, sob pena de nulidade do penhor.<br />
<br />
No caso de hotéis e hospedarias, aplica-se também o Código de Direito do Consumidor (CDC). O inciso III do artigo 6º do CDC preceitua que é direito básico do consumidor “a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem”. Dessa forma, é imprescindível que a tabela esteja exposta.<br />
<br />
LIMINAR INAUDITA ALTERA PARTE<br />
É admitida a liminar inaudita altera pars. Por quê? Para homologar, de plano, o penhor, se o juiz se convencer da veracidade das provas apresentadas, como definido no caso do parágrafo único, do artigo 874:<br />
<br />
Parágrafo único: Estando suficientemente provado o pedido nos termos deste artigo, o juiz poderá homologar de plano o penhor legal.<br />
<br />
Para tanto, deve a liminar estar requerida na petição inicial.<br />
<br />
<br />
MATÉRIA DE DEFESA<br />
A matéria de defesa está limitada, conforme disposto no artigo 875 do CPC, podendo abarcar:<br />
- a nulidade do processo;<br />
- a extinção da obrigação;<br />
- não ser a dívida prevista em lei ou não estarem os bens sujeitos ao penhor legal.<br />
<br />
NULIDADE DO PROCESSO<br />
As preliminares da contestação são matérias de ordem pública. Dessa forma, admite o procedimento as defesas indiretas.<br />
<br />
EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO<br />
Pode o réu em sede de contestação argüir a extinção da obrigação, seja pela transação, novação ou pagamento, por exemplo.<br />
<br />
NÃO SER A DÍVIDA PREVISTA EM LEI OU NÃO ESTAREM OS BENS SUJEITOS AO PENHOR LEGAL<br />
PRINCÍPIO DA TIPICIDADE: Se o caso não encerra uma das hipóteses expressamente previstas em lei, temos a impossibilidade da homologação do penhor legal. Impossibilidade do próprio penhor. Isso pode ser estendido também quanto à apresentação da tabela, que deve estar exposta.<br />
<br />
<br />
CAUÇÃO<br />
Art. 1.472 do Código Civil: Pode o locatário impedir a constituição do penhor mediante caução idônea.<br />
O código civilista prevê a hipótese de caução para o LOCATÁRIO, e não para o HÓSPEDE. Será que o hóspede também não poderia oferecer caução idônea? Se é para garantir, por que não? No entanto, o Código Civil prevê a hipótese apenas para o locatário.<br />
<br />
REVELIA<br />
O devedor pode, também, silenciar-se, incorrendo nos efeitos da revelia.<br />
<br />
TÍTULO EXECUTIVO<br />
Homologado, constitui-se o penhor legal em título executivo, segundo o entendimento dos professores Antonio Cláudio da Costa Machado e Vicente Greco Filho, assim como o da nossa professora.<br />
Não homologado, os bens serão devolvidos ao requerido, devendo o requerente valer-se de ação de conhecimento.<br />
O entendimento desses dois professores é pacífico? Não.<br />
Humberto Theodoro Júnior entende que em qualquer circunstância deve-se promover a ação de conhecimento, e não a ação de execução.<br />
A explicação dos dois lados é coerente.<br />
<br />
HUMBERTO THEODORO<br />
Esta sentença não seria uma sentença condenatória a pagar. Somente homologa a garantia. Não é título executivo.<br />
<br />
ANTONIO CLÁUDIO DA COSTA MACHADO E VICENTE GRECO FILHO<br />
Segundo Antonio Cláudio e Vicente Greco, homologado o penhor, os autos serão entregues ao requerente, independentemente de traslado.<br />
<br />
Art. 876 do CPC: “Em seguida, o juiz decidirá; homologando o penhor, serão os autos entregues ao requerente 48 (quarenta e oito) horas depois, independentemente de traslado, salvo se, dentro desse prazo, a parte houver pedido certidão; não sendo homologado, o objeto será entregue ao réu, ressalvado ao autor o direito de cobrar a conta por ação ordinária.”<br />
<br />
Se julgado procedente o pedido, os autos serão entregues ao requerente. Julgado improcedente, o objeto retido é entregue ao réu, ressalvado ao autor o direito de cobrar a conta por ação ordinária. A contrário sensu, se julgado procedente, não existirá a necessidade de ação ordinária, mas simples ação de execução.<br />
O entendimento dos professores fundamenta-se na interpretação deste artigo.<br />
<br />
Se temos um penhor convencional, assinado pelas partes e duas testemunhas, é título executivo. E o penhor judicial, não seria também?<br />
Os bens apenhados (ou empenhados) não passam a ser do credor. Apenas garantem a expropriação no bojo do futuro processo de execução.<br />
<br />
COMPETÊNCIA<br />
Rege-se pelas regras gerais de competência. Cuidado: a Lei do Inquilinato tem regras específicas.<br />
<br />
APELAÇÃO<br />
Cabe apelação, sem efeito suspensivo.<br />
<br />
JULGADO:<br />
Procedente: são entregues os autos ao requerente, no prazo de 48 horas.<br />
Improcedente: são devolvidos os objetos ao devedor, e o processo é arquivado.<br />
Se julgado improcedente, cabe apelação, mas o recurso não tem o efeito suspensivo, e os bens deverão ser devolvidos ao devedor, de imediato.<br />
<br />
<br />
<br />
ESQUEMA DO PROFESSOR ANTONIO CLÁUDIO DA COSTA MACHADO<br />
<br />
HOMOLOGAÇÃO DO PENHOR LEGAL<br />
<br />
CONSIDERAÇÕES GERAIS: <br />
Interesse do autor de chancelar judicialmente o penhor legal, efetivado no âmbito extrajudicial.<br />
<br />
PENHOR LEGAL:<br />
Apreensão de bens do devedor, efetivada por hospedeiros ou fornecedores de pousada ou de alimentos. <br />
<br />
BENS EXCLUÍDOS DA CAUTELAR EM ESTUDO:<br />
Os bens absolutamente impenhoráveis.<br />
<br />
DINÂMICA DO PROCEDIMENTO DE HOMOLOGAÇÃO DE PENHOR LEGAL<br />
Distribuição da petição inicial, acompanhada da conta pormenorizada das despesas, da tabela de preços e da relação dos objetos retidos, qualificam-se como documentos essenciais.<br />
<br />
<br />
<br />
PETIÇÃO INICIAL<br />
<br />
a) INDEFERIMENTO<br />
282 – requisitos extrínsecos<br />
283 – requisitos intrínsecos<br />
↓<br />
apelação<br />
<br />
<br />
b) DETERMINAÇÃO DE EMENDA<br />
↓<br />
emenda<br />
<br />
<br />
c) CITAÇÃO DO REQUERIDO<br />
<br />
C.1. PAGAMENTO DA DÍVIDA<br />
↓<br />
extinção do processo<br />
<br />
c.2. APRESENTAÇÃO DE DEFESA<br />
↓<br />
instrução ou julgamento antecipado<br />
↓<br />
sentença <br />
<br />
c.3. NÃO APRESENTAÇÃO DE DEFESA<br />
↓<br />
sentençamaria da gloria perez delgado sancheshttp://www.blogger.com/profile/14087164358419572567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5516696660356856186.post-3840315758199398192008-05-21T09:45:00.000-03:002012-08-19T21:53:44.538-03:00PROTESTO, NOTIFICAÇÃO E INTERPELAÇÃOCPC, 867/873<br />
<br />
1. Conceito<br />
2. Natureza jurídica<br />
3. Finalidade<br />
4. Procedimento<br />
<br />
Art. 867. Todo aquele que desejar prevenir responsabilidade, prover a conservação e ressalva de seus direitos ou manifestar qualquer intenção de modo formal, poderá fazer por escrito o seu protesto, em petição dirigida ao juiz, e requerer que do mesmo se intime a quem de direito.<br />
<br />
É um procedimento cautelar específico. Não é sequer um processo.<br />
<br />
1. CONCEITO<br />
“São procedimentos em que o juiz limita-se a comunicar a alguém uma manifestação de vontade, com o fim de prevenir responsabilidade ou impedir que o destinatário possa, futuramente, alegar ignorância.” (Marcus Vinícius Rios Gonçalves)<br />
<br />
São meios de comunicação. Que podem ser feitos, também, extrajudicialmente.<br />
Mas estes procedimentos são realizados em juízo.<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
<br />
CONCEITO DE PROTESTO<br />
É ato judicial de comprovação ou documentação de intenção do promovente. <br />
Não se confunde com o protesto cambial, que é um procedimento extrajudicial, realizado no Cartório de Protestos. O protesto judicial é uma comunicação de declaração de vontade, para que o outro não alegue ignorância.<br />
<br />
Presta-se a ressalvar ou conservar direitos do promovente.<br />
<br />
<br />
CONCEITO DE NOTIFICAÇÃO<br />
É a comunicação de conhecimento, qualificada pela pretensão do notificante, a fim de que o notificado faça ou deixe de fazer alguma coisa, sob determinada cominação, a ser imposta oportunamente, por autoridade competente.<br />
Por exemplo, deixar de fazer barulho, de estacionar um carro na minha porta.<br />
<br />
Para o destinatário fazer ou deixar de fazer alguma coisa, sob cominação de pena.<br />
<br />
<br />
CONCEITO DE INTERPELAÇÃO<br />
Interpelar é ato pelo qual uma pessoa se dirige, formal e categoricamente, a outra, exigindo EXPLICAÇÕES ou o CUMPRIMENTO de uma OBRIGAÇÃO.<br />
Em 2006, o PSDB usou da interpelação judicial para que o Presidente da República esclarecesse em que sentido teria ele feito uma afirmação.<br />
<br />
<br />
Estas comunicações podem ser feitas pelo Cartório de Títulos e Documentos. O Cartório se encarrega da entrega ao destinatário. Neste caso, trata-se de meio extrajudicial.<br />
<br />
As comunicações que analisamos são judiciais.<br />
<br />
Algumas situações exigem a forma judicial. São apenas formas de comunicação.<br />
<br />
<br />
<br />
2. NATUREZA JURÍDICA<br />
Não têm natureza cautelar. São procedimentos cautelares específicos, porém, com natureza de jurisdição voluntária.<br />
<br />
<br />
<br />
2. FINALIDADE<br />
COMUNICAÇÃO ao destinatário, de forma inequívoca, de determinada manifestação de vontade. Por isso, é possível a fungibilidade entre eles.<br />
É uma comunicação formal para que o destinatário não possa alegar ignorância no futuro.<br />
<br />
<br />
PROTESTO – FINALIDADE<br />
a) prevenir responsabilidades;<br />
b) prover a conservação de direitos;<br />
c) prover a ressalva de direitos.<br />
<br />
<br />
a) PREVENIR RESPONSABILIDADES<br />
Se um prédio cai e acontece um acidente, a responsabilidade é do engenheiro: “a execução da obra não está sendo realizada de acordo com o projeto”. É a ressalva de responsabilidade. <br />
Se ocorrer um acidente, a responsabilidade será sua e não minha.<br />
Se no futuro acontecer alguma coisa, PREVINE a responsabilidade. Não AFASTARÁ a responsabilidade, mas a PREVINE.<br />
É um AVISO.<br />
<br />
<br />
b) PROVER A CONSERVAÇÃO DE DIREITOS<br />
Conservar um direito, como ocorre na INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO. A prescrição interrompe-se pelo protesto.<br />
<br />
CÓDIGO CIVIL, artigo 202:<br />
A INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO, que SOMENTE poderá ocorrer UMA VEZ, dar-se-á:<br />
I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a CITAÇÃO, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual;<br />
II - por PROTESTO, nas condições do inciso antecedente;<br />
III - por protesto cambial;<br />
IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores;<br />
V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;<br />
VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.<br />
<br />
Qual a conseqüência da interrupção da prescrição?<br />
Interrompido, o prazo recomeça a correr da data do ato que o interrompeu.<br />
<br />
Parágrafo único. A prescrição interrompida RECOMEÇA A CORRER da DATA DO ATO QUE A INTERROMPEU, ou do último ato do processo para a interromper.<br />
<br />
Apenas o PROTESTO JUDICIAL tem o condão de interromper a prescrição. O PROTESTO EXTRAJUDICIAL não a interrompe.<br />
<br />
<br />
d) PROVER A RESSALVA DE DIREITOS<br />
Como o protesto contra a alienação de bens. <br />
Se já é título de dívida líquida e certa, é possível arrestar.<br />
Se não, não se pode bloquear. Mas pode-se protestar. Neste caso, o terceiro quer comprar, mas não poderá alegar ignorância no futuro.<br />
O arresto pode ser averbado no Cartório de Registro de Imóveis. O protesto, por sua vez, não pode.<br />
<br />
<br />
<br />
NOTIFICAÇÃO – FINALIDADE<br />
a) interromper a prescrição;<br />
b) atender a exigências para a propositura de determinadas ações.<br />
<br />
a) INTERROMPER A PRESCRIÇÃO<br />
Do já citado artigo 202 do Código Civil, no inciso V temos a interrupção da prescrição “por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor”.<br />
Por conseguinte, qualquer uma das três medidas têm o condão de interromper a prescrição.<br />
<br />
b) ATENDER A EXIGÊNCIAS PARA A PROPOSITURA DE DETERMINADAS AÇÕES<br />
Como exemplo, temos as obrigações de fazer e de não fazer. Também no contrato de locação, com prazo indeterminado, para a desocupação do imóvel pelo inquilino. É preciso denunciar, antes. Também para que o inquilino exerça o direito de preferência.<br />
É ainda utilizável nos contratos de comodato e ainda se empresto o carro a um amigo e ele não o devolve. Se emprestou, é um contrato de comodato, sem prazo.<br />
<br />
<br />
<br />
INTERPELAÇÃ O – FINALIDADE<br />
Exigir explicações ou o cumprimento de uma obrigação.<br />
É utilizada nos contratos de compromisso de compra e venda de imóvel. <br />
O comprador deixa de pagar. Pelo simples atraso, não é possível entrar, de pronto, com ação. É preciso, primeiro, interpelar, para que seja constituído em mora.<br />
DL 58/37: somente lotes + Lei 745/69: para qualquer contrato de compromisso de compra e venda.<br />
<br />
A fungibilidade, entre as três medidas, não está ligada ao poder geral de cautela do juiz, mas à comunicação ao EFEITO da medida: comunicação/constituição em mora.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
3. FINALIDADE<br />
<br />
PROTESTO<br />
Presta-se a ressalvar ou conservar direitos do promovente.<br />
<br />
NOTIFICAÇÃO<br />
Para o destinatário fazer ou deixar de fazer alguma coisa, sob cominação de pena.<br />
<br />
INTERPELAÇÃO<br />
Levar ao conhecimento do destinatário a exigência de explicações ou o cumprimento de obrigações, sob pena de ficar constituído em mora.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
4. PROCEDIMENTO<br />
<br />
CPC, Art. 873: Nos casos previstos em lei processar-se-á a notificação ou interpelação na conformidade dos artigos antecedentes.<br />
<br />
COMPETÊNCIA:<br />
- regras gerais de competência;<br />
- não observa o artigo 800 do CPC: não está vinculado à uma ação principal;<br />
- em razão da matéria e do foro do DOMICÍLIO do requerido;<br />
- não previnem a competência do juízo.<br />
<br />
Na ação do PSDB, qual o domicílio para interpelar o presidente: O STF.<br />
Se for relativo a imóvel, a competência é a do local do imóvel.<br />
<br />
PETIÇÃO INICIAL<br />
Observam-se os artigos 282, o 867 e o 868 do CPC.<br />
<br />
Art. 282. A petição inicial indicará:<br />
I - o juiz ou tribunal, a que é dirigida;<br />
II - os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu;<br />
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;<br />
IV - o pedido, com as suas especificações;<br />
V - o valor da causa;<br />
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;<br />
VII - o requerimento para a citação do réu.<br />
<br />
Art. 867. Todo aquele que desejar prevenir responsabilidade, prover a conservação e ressalva de seus direitos ou manifestar qualquer intenção de modo formal, poderá fazer por escrito o seu protesto, em petição dirigida ao juiz, e requerer que do mesmo se intime a quem de direito.<br />
<br />
Art. 868. Na petição o requerente exporá os fatos e os fundamentos do protesto.<br />
<br />
<br />
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito .....<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Fulano, (qualificação), vem REQUERER a notificação (ou o protesto ou a interpelação) de Sicrano, (qualificação), pelos seguintes motivos.<br />
<br />
CAUSA DE PEDIR<br />
As razões de fato e de direito (artigo 868).<br />
<br />
PEDIDO<br />
Requerer apenas a INTIMAÇÃO (artigo 867, in fine).<br />
<br />
O destinatário recebe, após, a cópia da petição inicial, e só.<br />
Não há sentença, nada.<br />
- não há a necessidade de indicação da ação principal a ser proposta;<br />
- o juiz indeferirá o pedido se não atendida a dupla exigência do artigo 869 do CPC:<br />
a) a demonstração de INTERESSE do promovente (a necessidade e a utilidade da medida – artigo 3º do CPC);<br />
b) a não-nocividade efetiva da medida. Se o objeto for contrário à liberdade de contratar ou de agir juridicamente.<br />
<br />
<br />
<br />
Art. 869. O juiz indeferirá o pedido, quando o requerente não houver demonstrado legítimo interesse e o protesto, dando causa a dúvidas e incertezas, possa impedir a formação de contrato ou a realização de negócio lícito.<br />
<br />
É o único juízo de admissibilidade que temos neste procedimento.<br />
No caso da interpelação do PSBD, o STF indeferiu o encaminhamento.<br />
O presidente apenas proferiu um discurso, e existia a intenção de promoção do partido.<br />
<br />
<br />
Se o juiz DEFERIR, não haverá sentença. <br />
Se o juiz INDEFERIR a petição inicial, haverá uma sentença. Por conseguinte, caberá apelação.<br />
O juiz pode mandar emendar.<br />
Se deferir, NÃO CABE NADA, nem sentença homologatória, nem recurso, de qualquer espécie.<br />
<br />
<br />
Art. 870. Far-se-á a intimação por editais:<br />
I - se o protesto for para conhecimento do público em geral, nos casos previstos em lei, ou quando a publicidade seja essencial para que o protesto, notificação ou interpelação atinja seus fins;<br />
II - se o citando for desconhecido, incerto ou estiver em lugar ignorado ou de difícil acesso;<br />
III - se a demora da intimação pessoal puder prejudicar os efeitos da interpelação ou do protesto.<br />
<br />
O cartório não pode fazer a intimação por edital. A intimação por edital somente é possível pela via judicial.<br />
A publicação por edital faz-se:<br />
- para alcançar terceiros;<br />
- se o intimando for desconhecido.<br />
O inciso II é um equívoco.<br />
<br />
<br />
CONHECIMENTO PÚBLICO<br />
Quando a publicidade seja essencial ao protesto, à notificação e à interpelação, para que esta atinja os seus fins.<br />
<br />
REQUERIDO EM LOCAL INCERTO E NÃO SABIDO<br />
É o local ignorado ou de difícil acesso.<br />
<br />
EM RAZÃO DO TEMPO<br />
Trata-se da urgência da comunicação.<br />
Se tiver que aguardar, pode ser prejudicado pelos efeitos dos atos.<br />
Na alienação de bens, o juiz poderá ouvir o requerido antes da publicação dos editais (§ único, artigo 870):<br />
<br />
“Quando se tratar de protesto contra a alienação de bens, pode o juiz ouvir, em 3 (três) dias, aquele contra quem foi dirigido, desde que lhe pareça haver no pedido ato emulativo, tentativa de extorsão, ou qualquer outro fim ilícito, decidindo em seguida sobre o pedido de publicação de editais.”<br />
<br />
Se o juiz desconfia que há má-fé, um objetivo ilícito no pedido de publicação dos editais, pode ouvir o requerido no PRAZO DE TRÊS DIAS.<br />
<br />
Neste procedimento não há liminar e nem medidas inaudita altera pars.<br />
Também não se submete ao prazo de trinta dias, uma vez que não há vinculação com uma ação principal.<br />
Não tem natureza constritiva.<br />
Não se admite defesa nem contraprotesto NOS AUTOS, mas é possível em procedimento distinto, conforme dispõe o art. 871: “O protesto ou interpelação não admite defesa nem contraprotesto nos autos; mas o requerido pode contraprotestar em processo distinto”.<br />
Portanto, se o requerido quiser contraprotestar, deve fazê-lo por meio de outro procedimento, com petição inicial, pagamento de custas, etc.<br />
Por quê? <br />
Porque os autos são entregues ao requerente.<br />
Preenche-se a petição inicial, igualzinho, da mesma forma.<br />
<br />
Art. 872. Feita a intimação, ordenará o juiz que, pagas as custas, e decorridas 48 (quarenta e oito) horas, sejam os autos entregues à parte independentemente de traslado.<br />
<br />
Os autos, após 48 horas, serão entregues, independentemente de custas, ao requerente.<br />
<br />
<br />
<br />
DINÂMICA DO PROTESTO, NOTIFICAÇÃO E INTERPELAÇÃO<br />
<br />
DISTRIBUIÇÃO DA PETIÇÃO INICIAL<br />
<br />
1. INDEFERIMENTO<br />
Cabe apelação.<br />
<br />
2. DETERMINAÇÃO DE EMENDA<br />
a) omissão – o processo é extinto.<br />
b) a emenda é apresentada.<br />
<br />
3. CUMPRIMENTO DO ATO<br />
Comunicação dirigida ao requerido, dando-lhe conhecimento do teor do protesto, da notificação ou da interpelação.<br />
3.1. DETERMINAÇÃO DE ENTREGA DOS AUTOS À PARTE.<br />
<br />
<br />
INDEFERIMENTO DA INICIAL – cabe apelação<br />
A SENTENÇA HOMOLOGATÓRIA:<br />
- o juiz não se manifesta sobre a prova;<br />
- não comporta recurso.maria da gloria perez delgado sancheshttp://www.blogger.com/profile/14087164358419572567noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-5516696660356856186.post-49489466282034615512008-05-18T16:12:00.001-03:002016-03-09T17:20:02.303-03:00HOMOLOGAÇÃO DO PENHOR LEGAL<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Artigos 874 a 876 do CPC</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Antes de abordarmos o assunto, precisamos de uma pequena viagem ao direito material.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1. CONCEITO DE PENHOR LEGAL</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CC, artigos 1467/1472</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 1.467. São credores pignoratícios, independentemente de convenção:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">I - os HOSPEDEIROS, ou fornecedores de pousada ou alimento, sobre as bagagens, móveis, jóias ou dinheiro que os seus consumidores ou fregueses tiverem consigo nas respectivas casas ou estabelecimentos, pelas despesas ou consumo que aí tiverem feito;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">II - o DONO DO PRÉDIO RÚSTICO OU URBANO, sobre os bens móveis que o rendeiro ou INQUILINO tiver guarnecendo o mesmo prédio, pelos aluguéis ou...</span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">rendas.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 1.468. A CONTA das dívidas enumeradas no inciso I do artigo antecedente será extraída conforme a tabela impressa, prévia e ostensivamente exposta na casa, dos preços de hospedagem, da pensão ou dos gêneros fornecidos, sob pena de nulidade do penhor.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 1.469. Em cada um dos casos do art. 1.467, o credor poderá tomar em garantia UM OU MAIS OBJETOS ATÉ O VALOR DA DÍVIDA.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 1.470. Os credores, compreendidos no art. 1.467, podem fazer EFETIVO O PENHOR, antes de recorrerem à autoridade judiciária, sempre que haja perigo na demora, dando aos devedores COMPROVANTE dos bens de que se apossarem.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 1.471. Tomado o penhor, requererá o credor, ato contínuo, a sua HOMOLOGAÇÃO JUDICIAL.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 1.472. Pode o locatário impedir a constituição do penhor mediante CAUÇÃO IDÔNEA.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O penhor é uma espécie de direito real de garantia. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É uma garantia instituída por lei para assegurar o pagamento de uma determinada dívida, em benefício de determinado crédito.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Resulta, portanto, da lei, e não de convenção entre as partes.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">COMO SE ADQUIRE A PROPRIEDADE DO AUTOMÓVEL?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pela TRADIÇÃO. Não se adquire a propriedade com o registro no Detran. Aquele é um registro do Estado para o controle e a cobrança de impostos.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O direito real pode recair sobre coisa própria e propriedade, e seguem os princípios da taxatividade e da tipicidade.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A lei, além de dizer qual, diz o apelo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- hipoteca – coisa imóvel</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- penhor – coisa móvel</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PENHOR</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pode ser constituído pela vontade ou por imposição da lei. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">São duas as formas de constituição do penhor:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1. CONVENCIONAL: acordo entre as partes, por contrato escrito e registro em cartório.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2. LEGAL: determinado na lei e nos modelos previstos na lei.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O penhor legal é previsto no CC, nos artigos 1.467 a 1.472, sobre COISAS MÓVEIS. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É um DIREITO REAL DE GARANTIA, constituindo um tratamento especial concedido a alguns credores.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O CC prevê e dá um tratamento especial ao:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- credor de hospedagem e ao</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- locador ou arrendador de prédio rústico ou urbano.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se vamos hipotecar um imóvel, o imóvel fica com o DEVEDOR. No penhor, a posse fica com o CREDOR. A lei confere ao hospedeiro o direito de reter a bagagem do hóspede. No caso dos contratos de locação e arrendamento, o direito de ficar com os móveis.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Esse direito dá-se apenas nas hipóteses previstas na lei.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 1.467. São credores pignoratícios, independentemente de convenção:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">I - os HOSPEDEIROS, ou fornecedores de pousada ou alimento, sobre as bagagens, móveis, jóias ou dinheiro que os seus consumidores ou fregueses tiverem consigo nas respectivas casas ou estabelecimentos, pelas despesas ou consumo que aí tiverem feito;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">II - o DONO DO PRÉDIO RÚSTICO OU URBANO, sobre os bens móveis que o rendeiro ou INQUILINO tiver guarnecendo o mesmo prédio, pelos aluguéis ou rendas.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Independe de convenção, porque é A LEI que estabelece.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se não pagar a conta, pode caracterizar até mesmo crime:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 176 - Tomar refeição em restaurante, alojar-se em hotel ou utilizar-se de meio de transporte sem dispor de recursos para efetuar o pagamento:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Parágrafo único - Somente se procede mediante representação, e o juiz pode, conforme as circunstâncias, deixar de aplicar a pena.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É preciso preencher o requisito. Só a falta de pagamento não caracteriza o crime. Os valores terão que ser cobrados no juízo cível.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É possível reter os objetos, a bagagem do hóspede, se ele não efetuar o pagamento.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nos hotéis, eles não descem a bagagem antes do pagamento da conta. Porque o hotel pode reter os objetos, a mala.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Também o mesmo ocorre na locação e no arrendamento.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A lei de locação prevê 3 garantias:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- seguro-fiança,</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- o depósito de 3 meses ou</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- fiador.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não é possível somar. Se o locador tem uma das três garantias, não pode se utilizar do penhor legal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Senão, cairia no bis in idem.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Outra observação:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PENHOR E PENHORA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Penhor é o Direito Real de garantia que recai sobre coisas móveis. Os bens são empenhados.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Penhora é ato processual do processo de execução, de constrição de bens do devedor. Os bens são penhorados.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A bagagem foi retida. Em seguida, o hospedeiro terá que adotar uma providência. No plano consensual há contrato. No plano legal, não há um contrato. É preciso adotar uma providência judicial.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PRINCÍPIOS </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- DA TAXATIVIDADE</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- DA TIPICIDADE</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os tipos devem estar previstos na lei. Não somente no Código Civil. Além do Código Civil, a Lei 6.533/78 também prevê o penhor legal. Ela regulamenta a profissão de artista e técnico de espetáculos. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No artigo 31 confere o direito aos artistas e aos técnicos de reter o equipamento do espetáculo até receber o seu crédito.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O equipamento é retido em garantia para o recebimento de seus créditos.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O artigo 1.469 do Código Civil confere ao credor o direito de tomar em garantia um ou mais objetos do devedor, até o valor da dívida.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Retém e oferece um recibo para o devedor. Tem o direito de reter os objetos, mas tem que passar um recibo desses objetos, que foram retidos.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2. FINALIDADE</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">RETÉM PARA QUÊ?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Para GARANTIR o pagamento. O hotel pode ficar com a bagagem? Não. A dívida será cobrada em juízo, se não for paga voluntariamente.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">SE A DÍVIDA NÃO FOR PAGA EM JUÍZO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se não paga em juízo, haverá a penhora de bens, e os bens serão então leiloados em hasta pública.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os bens que foram empenhados, na execução serão penhorados.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Como nem todo bem do devedor pode ser penhorado, nem todo bem do devedor pode ser retido.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O que não pode ser objeto de penhora também não pode ser objeto de penhor legal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Como ocorre no arresto.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Esses credores têm um tratamento diferenciado, especial. Antes de entrar com a ação em juízo, já podem reter os bens em garantia do pagamento.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se eles podem, com as próprias mãos reter, eles podem legalmente exercer a AUTOTUTELA.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tomado o penhor legal, em ato contínuo, o credor deve requerer a sua homologação em juízo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O primeiro passo do credor deve ser contratar um advogado.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O sindicato hoteleiro tem um departamento jurídico forte, que presta assessoria nessa área.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O CPC prevê a Homologação do Penhor Legal nos artigos 874 a 878.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 874. Tomado o penhor legal nos casos previstos em lei, requererá o credor, ato contínuo, a homologação. Na petição inicial, instruída com a conta pormenorizada das despesas, a tabela dos preços e a relação dos objetos retidos, pedirá a citação do devedor para, em 24 (vinte e quatro) horas, pagar ou alegar defesa.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Parágrafo único. Estando suficientemente provado o pedido nos termos deste artigo, o juiz poderá homologar de plano o penhor legal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 875. A defesa só pode consistir em:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">I - nulidade do processo;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">II - extinção da obrigação;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">III - não estar a dívida compreendida entre as previstas em lei ou não estarem os bens sujeitos a penhor legal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 876. Em seguida, o juiz decidirá; homologando o penhor, serão os autos entregues ao requerente 48 (quarenta e oito) horas depois, independentemente de traslado, salvo se, dentro desse prazo, a parte houver pedido certidão; não sendo homologado, o objeto será entregue ao réu, ressalvado ao autor o direito de cobrar a conta por ação ordinária.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 874 do CPC: “Tomado o penhor legal nos casos previstos em lei, requererá o credor, ATO CONTÍNUO, a homologação. Na petição inicial, instruída com a conta pormenorizada das despesas, a tabela dos preços e a relação dos objetos retidos, pedirá a citação do devedor para, em 24 (vinte e quatro) horas, pagar ou alegar defesa.”</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 1.471 do CC: “Tomado o penhor, requererá o credor, ATO CONTÍNUO, a sua HOMOLOGAÇÃO JUDICIAL.”</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ATO CONTÍNUO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É considerado o primeiro dia útil seguinte. Tanto o CPC como o CC empregam essa expressão.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">3. CONCEITO DE HOMOLOGAÇÃO DE PENHOR LEGAL</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É uma ação. Ação de homologação de penhor legal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É um procedimento cautelar específico.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É ação, mas não tem natureza cautelar. É a ratificação do ato do penhor legal, que visa o reconhecimento de uma situação preestabelecida de forma a atestar-lhe a regularidade.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“É a ratificação do ato do penhor legal, que visa o reconhecimento de uma situação jurídica preestabelecida de forma a atestar-lhe a regularidade.”</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="background: #FDFEFA; color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Respeite o direito
autoral.</span></b><b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13pt;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Gostou? Siga, compartilhe, visite os blogs.
É só clicar na barra ao lado e nos links abaixo:</span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<a href="http://gramaticaequestoesvernaculas.blogspot.com/"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">http://gramaticaequestoesvernaculas.blogspot.com/</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<a href="http://mg-perez.blogspot.com.br/"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">http://mg-perez.blogspot.com.br/</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<a href="http://producaojuridica.blogspot.com/"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">http://producaojuridica.blogspot.com/</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">e outros mais,
em </span></b><a href="https://plus.google.com/100044718118725455450/about"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">https://plus.google.com/100044718118725455450/about</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Pergunte, comente, critique, ok? A
casa é sua e seu comentário será sempre bem-vindo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Um abraço e um lindo dia!</span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span lang="EN-US" style="background: #FCFCFC; color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Thanks for the comment.
Feel free to comment, ask questions or criticize. </span></i><i><span style="background: #FCFCFC; color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A great day and a great week!</span></i><i><span style="color: #333333; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></i><i><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "Freestyle Script"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Maria da Glória
Perez Delgado Sanches</span><span style="font-family: 'Freestyle Script'; font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></div>
maria da gloria perez delgado sancheshttp://www.blogger.com/profile/14087164358419572567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5516696660356856186.post-33601452913217756442008-05-18T15:30:00.001-03:002016-03-09T17:21:20.997-03:00JUSTIFICAÇÃO<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Artigos 861 a 866 do CPC</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quando falamos de justificação, não falamos de ação cautelar, mas de PROCEDIMENTO CAUTELAR ESPECÍFICO.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Porque não tem natureza cautelar, mas voluntária.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">São se submete aos pressupostos específicos das cautelares.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É mero procedimento. Procedimento cautelar específico por opção do legislador. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Para que serve?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1. conceito</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2. natureza jurídica</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">3. finalidade</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">4. objeto</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">5. procedimento</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É um procedimento para se fazer uma prova testemunhal, que não está vinculada a um processo principal. Não é preciso um processo principal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1. CONCEITO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“A justificação, incluída no rol dos procedimentos cautelares específicos, é processo autônomo de coleta avulsa de prova testemunhal. Consiste em documentar, por meio da ouvida de testemunhas, a...</span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">existência de algum fato ou relação jurídica, que pode ou não ser utilizado em processo futuro.”</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O trabalhador pode ouvir testemunhas em juízo para depoimento em juízo, para se comprovar um vínculo jurídico durante um determinado período. É um procedimento previsto na CLPS (consolidação da legislação da previdência social). Produzida essa prova testemunhal, o trabalhador anexa esse depoimento ao requerimento, que ele leva ao INSS.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O INSS não é obrigado a conceder a aposentadoria por causa disso. Pode requerer outros elementos.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Na produção antecipada de provas é preciso:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">a situação e perigo + a ação principal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Neste procedimento, não se perquire sobre a situação de perigo nem sobre uma ação principal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se o INSS indeferir, pode o trabalhador juntar essa prova em eventual processo que promova em face da autarquia.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em SBC esse procedimento era feito na agência do INSS. Em São Paulo, era necessário que fosse feito em juízo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A testemunha tem o dever de dizer a verdade, e pode responder por falso testemunho.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O INSS não é obrigado a deferir a aposentadoria.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O Judiciário não vai se manifestar sobre o mérito da prova. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Duas pessoas vivem juntas. Uma delas morre. Prova-se por documentos mais este procedimento, para se pedir a aposentadoria.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Artigo 861 do CPC:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quem pretender justificar a existência de algum fato ou relação jurídica, seja para simples documento e sem caráter contencioso, seja para servir de prova em processo regular, exporá, em petição circunstanciada, a sua intenção.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">JUSTIFICAÇÃO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É PROCEDIMENTO cautelar para coleta avulsa de prova testemunhal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">JUSTIFICAÇÃO PRÉVIA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É ATO de procedimento, em processo em curso para justificar certas providências judiciais, como a obtenção de um provimento liminar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PROCEDIMENTO – é um conjunto de atos.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Justificação é um procedimento cautelar específico, um conjunto de atos.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Justificação prévia é um ato do procedimento.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ARRESTO – é pré-penhora.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Penhora é um ato processual. Não se confundem, assim como justificação e justificação prévia.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2. NATUREZA JURÍDICA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É uma cautelar específica, mas tem natureza jurídica voluntária, administrativa. Não é medida de natureza constritiva, mas apenas conservativa de bens.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">3. FINALIDADE</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A constituição de uma prova sem que haja vinculação necessária a um processo principal. Não se submete aos pressupostos das cautelares.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">DIFERENÇA: PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVAS X JUSTIFICAÇÃO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVAS</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tem como pressupostos o periculum in mora e o fumus boni iuris.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">JUSTIFICAÇÃO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não estão presentes os pressupostos específicos das cautelares.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">4. OBJETO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O que pode ser provado?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Um fato ou uma relação jurídica.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">FATO: morte.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É preciso um médico para determinar se a pessoa está viva ou morta. Se morta, o médico atestará a morte, pelo atestado de óbito.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A família toma o atestado e o leva ao Cartório de Registro Civil, para ser lavrado o assento de óbito.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O Cartório, sem o atestado, não pode registrar a morte.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O médico não pode lavrar o atesto de óbito sem o corpo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E no caso de desaparecimento do corpo?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A Lei do Registro Civil prevê que este procedimento pode ser usado, em caso de calamidade.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O avião da TAM, quando caiu, tornou irreconhecíveis os corpos das vítimas.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não havia dúvidas de que aquelas pessoas estavam mortas. Não é o caso de ausência ou de desaparecimento.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nos casos em que o IML não identifica o corpo ou, por exemplo, no caso recente do barco que afundou, no Rio Amazonas, como lavrar o assento de óbito?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">FATO HISTÓRICO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O acidente que vitimou o Dr. Ulisses Guimarães. Todos morreram. A guarda costeira encontrou apenas três corpos. Não há dúvida de que Ulisses estava morto.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">UNIÃO ESTÁVEL</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Deve ser declarada em juízo. Não basta as testemunhas declararem. É preciso uma sentença, caso contrário, o INSS não aceita.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">5. PROCEDIMENTO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não admite a forma incidental.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PETIÇÃO INICIAL</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Requisitos comuns – os do artigo 282, do CPC.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O interessado exporá o fato ou a relação jurídica que pretende ver justificada – CPC, art. 861.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 861. Quem pretender justificar a existência de algum fato ou relação jurídica, seja para simples documento e sem caráter contencioso, seja para servir de prova em processo regular, exporá, em petição circunstanciada, a sua intenção.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se é para produzir prova em um processo em andamento, será produzida nesse processo. Se houver o periculum in mora, será ouvido no cautelar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- endereçamento</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- qualificação.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não se diz “vem promover ação cautelar de justificação”, mas “vem expor ....”</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O justificante deve requerer, expressamente, a designação de data para a audiência em que serão tomados os depoimentos das testemunhas, REQUERENDO, ainda, as respectivas intimações.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não indicamos ação principal a ser proposta.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Podem ser juntados documentos.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 862. Salvo nos casos expressos em lei, é essencial a citação dos interessados.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os interessados serão citados (não parte, porque não há contencioso) para acompanhar a produção da prova testemunhal. Os interessados, comparecendo, poderão interrogar as testemunhas.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 863. A justificação consistirá na inquirição de testemunhas sobre os fatos alegados, sendo facultado ao requerente juntar documentos.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">INTERESSADO:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No caso do Dr. Ulisses, são os filhos. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No pedido de aposentadoria, o INSS.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se morre e tem seguro de vida, a seguradora – não é obrigatório. A seguradora, em processo próprio, pode discutir a validade. Não é neste procedimento que se admite discutir, porque não há contencioso.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 864. Ao interessado é lícito contraditar as testemunhas, reinquiri-las e manifestar-se sobre os documentos, dos quais terá vista em cartório por 24 (vinte e quatro) horas.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CITAÇÃO FICTA:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É o caso do parágrafo único do artigo 862:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“Se o interessado não puder ser citado pessoalmente, intervirá no processo o Ministério Público.”</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se não puder ser citado pessoalmente, se fará a citação ficta (hora certa e edital) e intervirá o Ministério Público.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Aqui, não é nomeado um defensor, um curador especial, para fazer a defesa, porque este procedimento não admite defesa.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas sempre, independente da forma que for citado, participará o Ministério Público, se se tratar de registros públicos.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O que pode fazer o citado?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- perquirir e</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- contraditar</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">as testemunhas.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Manifestar-se sobre os documentos juntados à inicial, no prazo de 24 horas.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Essa manifestação não é defesa, mas mera manifestação.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 865. No processo de justificação não se admite defesa nem recurso.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não se admite defesa nem recurso. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">As regras de competência do artigo 800, do CPC, não são aplicadas na justificação.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quais são as regras de competência do artigo 800?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 800: “As medidas cautelares serão requeridas ao juiz da causa; e, quando preparatórias, ao juiz competente para conhecer da ação principal.”</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sequer há prevenção do juízo para uma ação principal. Esta é uma das DIFERENÇAS com as ações cautelares.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Poderiam os interessados oferecer exceção de incompetência?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não. Porque as exceções são uma espécie de defesa. Se não admitem defesa, não admitem exceção.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E a incompetência de caráter absoluto?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Também não. Não se admite defesa, nem direta nem indireta.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O juiz, de ofício, pode decretar a incompetência de caráter absoluto?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sim. Se apresentada a justificação na Justiça Federal e deveria ser proposta na Justiça Estadual, por exemplo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No 11 de setembro, muitos brasileiros foram mortos, e seus corpos não foram encontrados. Como o óbito tem que ser feito lá, o procedimento tem que ser feito lá, também. O procedimento sobre a morte deve seguir o lugar da morte.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No caso do avião da TAM, por exemplo, deve ser feito em São Paulo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não há concessão de limitar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ao final, o juiz profere uma sentença:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- homologatória</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- inapelável</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- o juiz não se manifesta sobre o mérito da prova produzida.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- verifica, apenas as formalidades legais.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Depois de 48 horas os autos serão entregues ao requerente:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“Art. 866. A justificação será afinal julgada por sentença e os autos serão entregues ao requerente independentemente de traslado, decorridas 48 (quarenta e oito) horas da decisão.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Parágrafo único. O juiz não se pronunciará sobre o mérito da prova, limitando-se a verificar se foram observadas as formalidades legais.”</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Neste procedimento ainda há sentença. Nos próximos procedimentos, o juiz sequer profere sentença.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não se aplica o prazo de 30 dias do artigo 806.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">SE O JUIZ INDEFERIR A PETIÇÃO INICIAL, CABE OU NÃO CABE RECURSO?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sim, cabe apelação, em qualquer processo. Não cabe recurso da sentença homologatória.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">COMPORTA AGRAVO DE INSTRUMENTO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O agravo retido é confirmado no recurso de apelação. Portanto, não comporta, uma vez que não cabe apelação.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O agravo de instrumento presta-se ao diferido. Como não há diferido, não cabe.</span><br />
<b><span style="background: #FDFEFA; color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Respeite o direito
autoral.</span></b><br />
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Gostou? Siga, compartilhe, visite os blogs.
É só clicar na barra ao lado e nos links abaixo:</span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<a href="http://gramaticaequestoesvernaculas.blogspot.com/"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">http://gramaticaequestoesvernaculas.blogspot.com/</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<a href="http://mg-perez.blogspot.com.br/"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">http://mg-perez.blogspot.com.br/</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<a href="http://producaojuridica.blogspot.com/"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">http://producaojuridica.blogspot.com/</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">e outros mais,
em </span></b><a href="https://plus.google.com/100044718118725455450/about"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">https://plus.google.com/100044718118725455450/about</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Pergunte, comente, critique, ok? A
casa é sua e seu comentário será sempre bem-vindo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Um abraço e um lindo dia!</span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span lang="EN-US" style="background: #FCFCFC; color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Thanks for the comment.
Feel free to comment, ask questions or criticize. </span></i><i><span style="background: #FCFCFC; color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A great day and a great week!</span></i><i><span style="color: #333333; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></i><i><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "Freestyle Script"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Maria da Glória
Perez Delgado Sanches</span><span style="font-family: 'Freestyle Script'; font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></div>
maria da gloria perez delgado sancheshttp://www.blogger.com/profile/14087164358419572567noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5516696660356856186.post-18274110167032562712008-05-06T09:39:00.001-03:002016-03-09T17:30:21.072-03:00ARROLAMENTO DE BENS<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">CPC, 855 a 860</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">1. conceito</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">2. finalidade</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">3. pressupostos</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">4. procedimento</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">ARROLAMENTO</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Significa fazer um rol. Uma listagem, um rol de bens.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">No artigo 1031 há outro arrolamento, que é uma espécie de inventário.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">O inventário é uma ação de procedimento especial. Há uma espécie de arrolamento de inventário que é mais célere.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">É o arrolamento de bens tipo inventário, que pode ser feito, inclusive, no...</span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">cartório.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Não se confunde com a ação cautelar de arrolamento de bens. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Lá é uma ação principal. Aqui, há um rol de bens que correm o risco de ser DISSIPADOS ou DILAPIDADOS.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">A ação principal pode até ser inventário. Mas também dissolução de sociedade, separação.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">É medida cautelar sujeita aos pressupostos específicos da ação cautelar: o fumus boni iuris e o periculum in mora.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">CONCEITO</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">É medida cautelar consistente na apreensão, listagem e depósito de bens sob posse de outrem, tendo por finalidade a sua conservação (Paulo Afonso Garrido da Silva).</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Mais uma vez temos a apreensão de bens:</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">1. busca-se</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">2. encontra-se</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">3. apreende-se</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">4. deposita-se.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">No arresto temos isso.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">No seqüestro, também.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Mas aqui, faremos uma LISTA. Uma relação dos bens que foram apreendidos e serão depositados. É essa a diferença.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">A ação cautelar de busca e apreensão é residual. Porque se não couber outra ação cautelar será apropriada a de busca e apreensão.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Como saberemos qual é a ação própria?</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Em razão da FINALIDADE.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Se é preciso SEGURANÇA CONTRA os bens em POSSE DO REQUERIDO, qual a ação principal?</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Se o pedido for para pagar QUANTIA CERTA, será um arresto.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">De outro lado, se a garantia é a entrega de coisa determinada, sobre a qual se discute a posse ou propriedade, a ação é de seqüestro.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Aqui não se sabe a coisa.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Procura, encontra, apreende e deposita.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Imagine-se uma separação.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Se o cônjuge sabe quais são os bens do casal, e esses bens correm o risco de serem dilapidados, dissipados, ele promove ação cautelar de seqüestro. Mas se ele não sabe todos os bens do casal. Vai promover ação cautelar de seqüestro? Não. Porque na ação cautelar de seqüestro os bens hão de ser DETERMINADOS.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">- buscar</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">- encontrar</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">- apreender</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">- fazer a lista e</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">- depositar.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">2. FINALIDADE</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Documental e constritiva: uma dupla finalidade</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Art. 859. O depositário lavrará auto, descrevendo minuciosamente todos os bens e registrando quaisquer ocorrências que tenham interesse para sua conservação.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Documental porque é a documentação da existência e estado de conservação dos bens.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">A família do Antonio Carlos Magalhães entrou com uma ação em face da viúva para saber quais bens foram deixados.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">A finalidade documental é para saber os bens e o estado de conservação desses bens. Não é apenas o apartamento. Mas o que guarnece o apartamento. Também ações, obras de arte, bens móveis, tapetes, cristais. Para que não sejam dissipados, dilapidados.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">É preciso DOCUMENTAR a existência desses bens e o estado de conservação desses bens. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Além de documentar, esses bens serão também APREENDIDOS. Por isso é medida CONSTRITIVA.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Art. 858. Produzidas as provas em justificação prévia, o juiz, convencendo-se de que o interesse do requerente corre sério risco, deferirá a medida, nomeando depositário dos bens.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Constritiva porque há apreensão material dos bens, provocando desapossamento material ou jurídico.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Quem será nomeado depositário? Alguém de confiança do juiz ou o próprio requerido.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">A ação cautelar é proposta por aquele que não está na posse dos bens.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Retira-se a posse do requerido e coloca-se os bens nas mãos do depositário – outra pessoa: é o DESAPOSSAMENTO MATERIAL.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Mas se o depositário for o requerido, o desapossamento será JURÍDICO. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Porque houve apenas o desapossamento jurídico. Não é mais o POSUIDOR, mas o DEPOSITÁRIO dos bens.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">3. PRESSUPOSTOS</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">- periculum in mora</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">- fumus boni iuris</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">PERICULUM IN MORA</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Art. 855. Procede-se ao arrolamento sempre que há FUNDADO RECEIO DE EXTRAVIO OU DE DISSIPAÇÃO DE BENS.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">É o que caracteriza a PROBABILIDADE da ocorrência do dano.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Qual dano?</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">- extravio ou</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">- dissipação</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">dos bens.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Pode-se promover uma ação de dissolução de sociedade.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Até o final da ação, os bens podem ser extraviados. Tudo é anotado. Na ação principal é que será discutida a propriedade dos bens.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">FUMUS BONI IURIS</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">O interesse (jurídico) do requerente na conservação dos bens, prevenindo extravio ou dissipação.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Art. 856. Pode requerer o arrolamento todo aquele que tem INTERESSE NA CONSERVAÇÃO dos bens.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Basta a PLAUSIBILIDADE do direito invocado. A possibilidade do direito do requerente.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">§ 1o O INTERESSE do requerente pode resultar DE DIREITO JÁ CONSTITUÍDO OU QUE DEVA SER DECLARADO EM AÇÃO PRÓPRIA.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Exemplo: na ação de reconhecimento e dissolução de união estável. O direito sobre os bens ainda será declarado na ação de reconhecimento de união estável. Também assim na ação de petição de herança.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Se tivesse certeza dos bens, a ação seria de seqüestro. Como não se tem, deve-se fazer a lista.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">§ 2o Aos CREDORES só é permitido requerer arrolamento nos casos em que tenha lugar a ARRECADAÇÃO DE HERANÇA.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Credor, apenas de HERANÇA JACENTE. Qualquer credor? Não. Credor de herança jacente: o Estado, o Município, a União. Os demais credores podem propor apenas a ação cautelar de ARRESTO.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">O arrolamento não se presta a fazer pesquisa dos bens do devedor.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">5. PROCEDIMENTO</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">- processo comum cautelar subsidiariamente</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">- admite ação cautelar preparatória e incidental</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">- aplica-se o artigo 800 + § único</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">PETIÇÃO INICIAL</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Requisitos dos 857, 801 e 282 do CPC.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">PETIÇÃO INICIAL</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">1. Endereçamento: a quem vou me dirigir</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">2. Preciso dizer quem eu sou: identificar as partes.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">3. Dizer qual a razão porque estou escrevendo. Os motivos. Contar a historinha: A CAUSA DE PEDIR. O 857 nada mais é do que a causa de pedir. “A e B viveram em união estável. Constituíram um patrimônio.” Com o f.b.i. e o p.i.m.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">4. pedido: arrolar e apreender esses bens.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">5. requerimento da citação da parte contrária para que ela se defenda no prazo de cinco dias, a produção de provas e o valor.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Art. 857. Na petição inicial exporá o requerente:</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">I - o seu DIREITO aos bens;</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">II - os fatos em que funda o RECEIO de extravio ou de dissipação dos bens.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">No 857, o inciso I é o fumus boni iuris e o inciso II, o periculum in mora, que corresponde ao inciso IV do artigo 801.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Art. 801. O requerente pleiteará a medida cautelar em petição escrita, que indicará:</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">I - a autoridade judiciária, a que for dirigida;</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">II - o nome, o estado civil, a profissão e a residência do requerente e do requerido;</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">III - a lide e seu fundamento;</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">IV - A EXPOSIÇÃO SUMÁRIA DO DIREITO AMEAÇADO E O RECEIO DA LESÃO;</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">V - as provas que serão produzidas.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Parágrafo único. Não se exigirá o requisito do no III senão quando a medida cautelar for requerida em procedimento preparatório.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Se faltar um dos PRESSUPOSTOS especiais da ação cautelar, a ação será extinta com ou sem resolução do mérito?</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Os pressupostos ou requisitos são o p.i.m. e o f.b.i.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Se presentes, será julgado com resolução do mérito. Se não presentes, o juiz julgará com resolução do mérito, também. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">O MÉRITO DA CAUTELAR JULGA PELA PROCEDÊNCIA OU IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO CAUTELAR.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">A pergunta não é sobre REQUISITO da petição inicial. Se o juiz mandar emendar a inicial e o requerente não emendar, o juiz julgará sem resolução do mérito, por falta de requisito.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Admite a concessão de liminar inaudita altera pars, com ou sem justificação prévia:</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Art. 857, Parágrafo único. O possuidor ou detentor dos bens será ouvido se a audiência não comprometer a finalidade da medida.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Assim como pode conceder a liminar após a citação da parte contrária, se a medida não colocar em risco os bens.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">O que acontece na justificação prévia?</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">A justificação prévia é uma audiência em que serão ouvidas testemunhas. O detentor ou possuidor também será ouvido, se não colocar em risco a finalidade da medida.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">AUTO DE ARROLAMENTO</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Art. 859. O depositário lavrará auto, descrevendo minuciosamente todos os bens e registrando quaisquer ocorrências que tenham interesse para sua conservação.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Este é o documento da existência e o estado de conservação dos bens.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">O auto deve conter:</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">- dia, hora, mês, ano e local da diligência;</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">- nome das partes;</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">- a lista de todos os bens encontrados;</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">A nomeação do depositário;</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">- a assinatura do depositário.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Art. 860. Não sendo possível efetuar desde logo o arrolamento ou concluí-lo no dia em que foi iniciado, apor-se-ão selos nas portas da casa ou nos móveis em que estejam os bens, continuando-se a diligência no dia que for designado.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Se não puder fazer a diligência, o local será lacrado. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">À noite não é possível fazer diligências. O oficial de justiça tem a ordem judicial, mas só poderá cumpri-la durante o dia.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">BUSCA E APREENSÃO</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">- no arresto</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">- no seqüestro</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">- no arrolamento de bens</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">SENTENÇA DE APELAÇÃO</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Art. 520. A apelação será recebida em seu efeito devolutivo e suspensivo. Será, no entanto, RECEBIDA SÓ NO EFEITO DEVOLUTIVO, quando interposta de sentença que: </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">I - homologar a divisão ou a demarcação; </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">II - condenar à prestação de alimentos; </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">IV - DECIDIR O PROCESSO CAUTELAR; </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">V - rejeitar liminarmente embargos à execução ou julgá-los improcedentes; </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">VI - julgar procedente o pedido de instituição de arbitragem. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">VII - confirmar a antecipação dos efeitos da tutela; </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Recebida somente no efeito devolutivo, sem efeito suspensivo.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">A ação cautelar de arrolamento de bens pode ser preparatória? </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Sim. E sujeita-se ao prazo de 30 dias.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Se não proposta a ação principal, cessam os efeitos. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Quais efeitos?</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">A BUSCA E APREENSÃO.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Cessam os efeitos da constrição, de deposito, mas os da lista, não.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">O documento foi feito. O documento não é constritivo. É prova e mantém-se como prova.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Os efeitos que cessam são os do DEPÓSITO. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">No que tange ao DOCUMENTO, ele continua prevalecendo e pode ser usado na ação principal, ainda que proposta após o prazo de trinta dias da concessão da medida cautelar.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="background: #fdfefa; color: #003399; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 13.0pt;">Respeite o direito
autoral.</span></b><b><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13pt;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #003399; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 13.0pt;">Gostou? Siga, compartilhe, visite os blogs.
É só clicar na barra ao lado e nos links abaixo:</span><span style="color: #333333; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 13.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<a href="http://gramaticaequestoesvernaculas.blogspot.com/"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; text-decoration: none;">http://gramaticaequestoesvernaculas.blogspot.com/</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<a href="http://mg-perez.blogspot.com.br/"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; text-decoration: none;">http://mg-perez.blogspot.com.br/</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<a href="http://producaojuridica.blogspot.com/"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; text-decoration: none;">http://producaojuridica.blogspot.com/</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="color: #003399; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">e outros mais,
em </span></b><a href="https://plus.google.com/100044718118725455450/about"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; text-decoration: none;">https://plus.google.com/100044718118725455450/about</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #003399; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 13.0pt;">Pergunte, comente, critique, ok? A
casa é sua e seu comentário será sempre bem-vindo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #003399; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 13.0pt;">Um abraço e um lindo dia!</span><span style="color: #333333; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 13.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span lang="EN-US" style="background: #fcfcfc; color: #333333; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Thanks for the comment.
Feel free to comment, ask questions or criticize. </span></i><i><span style="background: #fcfcfc; color: #333333; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">A great day and a great week!</span></i><i><span style="color: #333333; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> </span></i><i><span style="color: #333333; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "freestyle script"; font-size: 14.0pt;">Maria da Glória
Perez Delgado Sanches</span><span style="font-family: "freestyle script"; font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></div>
maria da gloria perez delgado sancheshttp://www.blogger.com/profile/14087164358419572567noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5516696660356856186.post-61490963155219408022008-04-27T15:10:00.001-03:002016-03-09T17:26:21.863-03:00BUSCA E APREENSÃO<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CPC, aa. 839/843</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1. conceito</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2. objetivo</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">3. espécies</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">4. natureza jurídica</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">5. procedimento</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1. CONCEITO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É medida de apreensão judicial que compreende dois atos: buscar e apreender coisas ou pessoas por determinação do juiz (prof. Vicente Greco Filho).</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Segundo o professor Antonio Cláudio, é um ato único.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nenhum dos dois está equivocado.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O professor Antonio Cláudio diz que é um ato único porque é um ato processual único. É preciso buscar e encontrar, para apreender.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Apreendido, vai depositar. Aí se aperfeiçoa a busca e apreensão, que é um ato ...</span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">processual único, mas que é composto de quatro ações.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2. OBJETIVO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Procurar e apreender pessoa ou coisa.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">3. ESPÉCIES</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">– real: coisas (móveis)</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Coisas imóveis apenas se for de aeronave ou navio.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- pessoal: pessoas (incapazes – menores e interditos)</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os interditos objeto da busca e apreensão, apenas os interditados judicialmente.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Isso no processo civil. Se não for incapaz ou menor, não pode.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Falamos de processo civil.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">§ 2º, 461-A – coisa imóvel – será expedido mandado de imissão na posse. Se imóvel, busca e apreensão.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ARRESTO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Apreender bens do devedor. É lavrado um auto e é nomeado um depositário. Os bens são apreendidos e depositados. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Antes do arresto, os bens foram procurados, encontrados, apreendidos e depositados. No arresto, ocorre a busca e apreensão.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">SEQUESTRO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Um bem determinado, litigioso, em situação de perigo, era seqüestrado. E o seqüestro não é apreensão de bem?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O oficial de justiça procurou, encontrou, seqüestrou e depositou.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Assim, no seqüestro também há a busca e a apreensão.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">MÉTODO DA EXCLUSÃO:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">OBJETIVO:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ARRESTO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Apreender bens passíveis de penhora, para garantir a obrigação de pagar. Se não for, não é arresto.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">SEQUESTRO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Apreende-se o bem para garantir a entrega do bem no final da demanda. O bem sobre o qual as partes discutem posse e propriedade.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">BUSCA E APREENSÃO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- As mercadorias falsificadas apreendidas na 25 de Março.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- uma criança em situação de perigo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O arresto e o seqüestro podem ter a obrigação de busca e apreensão de pessoas?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se emprega o método de exclusão.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Exclui-se o arresto, depois o seqüestro. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se não encaixar em nenhum dos dois, é busca e apreensão.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">4. NATUREZA JURÍDICA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A busca e apreensão pode ser CAUTELAR, quando for acessória de uma outra ação, ou principal, quando envolver alienação fiduciária.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A providência (a medida) pode ter natureza satisfativa ou cautelar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">COMO AÇÃO DE CONHECIMENTO NÃO COMPORTA LIMINAR.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A MEDIDA de busca e apreensão, que é a providência, pode ser:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CAUTELAR</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quando busca-se garantir o resultado útil do processo </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ou</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">SATISFATIVA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em razão do direito material.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Exemplo 1.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O filho de alguém ficava com a mãe. Mas ela estava passando momentos difíceis e o menor, por situações de perigo. Nessa fase, a mãe estava fazendo uso de drogas.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O pai, sabendo da situação por que passava o filho, entrou com uma ação cautelar de busca e apreensão preparatória.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ação principal: ação de modificação de guarda.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O pai venceu. O resultado útil do pedido principal é a modificação de guarda. Por isso entrou com a cautelar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Exemplo 2</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ação cautelar de busca e apreensão: o pai teria que devolver a criança. O oficial de justiça foi com o pai e a criança na casa da mãe e pegaram as coisas lá. Na casa da criança o oficial de justiça tornou oficial a busca e apreensão.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="background: #FDFEFA; color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Respeite o direito
autoral.</span></b><b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13pt;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Gostou? Siga, compartilhe, visite os blogs.
É só clicar na barra ao lado e nos links abaixo:</span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<a href="http://gramaticaequestoesvernaculas.blogspot.com/"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">http://gramaticaequestoesvernaculas.blogspot.com/</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<a href="http://mg-perez.blogspot.com.br/"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">http://mg-perez.blogspot.com.br/</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<a href="http://producaojuridica.blogspot.com/"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">http://producaojuridica.blogspot.com/</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">e outros mais,
em </span></b><a href="https://plus.google.com/100044718118725455450/about"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">https://plus.google.com/100044718118725455450/about</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Pergunte, comente, critique, ok? A
casa é sua e seu comentário será sempre bem-vindo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Um abraço e um lindo dia!</span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span lang="EN-US" style="background: #FCFCFC; color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Thanks for the comment.
Feel free to comment, ask questions or criticize. </span></i><i><span style="background: #FCFCFC; color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A great day and a great week!</span></i><i><span style="color: #333333; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></i><i><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "Freestyle Script"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Maria da Glória
Perez Delgado Sanches</span><span style="font-family: 'Freestyle Script'; font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></div>
maria da gloria perez delgado sancheshttp://www.blogger.com/profile/14087164358419572567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5516696660356856186.post-42913841091039335152008-04-27T13:30:00.000-03:002016-03-09T17:26:59.471-03:00CAUÇÃO ÀS CUSTAS<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Artigo 835, caput, do CPC</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“O autor, nacional ou estrangeiro, que residir fora do Brasil ou dele se ausentar na pendência da demanda, prestará, nas ações que intentar, caução suficiente às custas e honorários de advogado da parte contrária, se não tiver no Brasil bens imóveis que Ihes assegurem o pagamento.”</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CAUTIO INDICATIUM SOLVI</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(garantia do descumprimento do julgado)</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Recomenda-se gravar o termo, em latim.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É uma garantia para que, se o autor perder a causa, pague as verbas de...</span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">sucumbência.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Esta garantia é exigida do autor que não tem imóvel no país e tem residência no exterior. Não importa a nacionalidade do autor ou se é pessoa física ou jurídica.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Dispensa-se a caução na reconvenção e na execução de título extrajudicial.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No mais, todas as ações se submetem à CAUTIO IUDICATIUM SOLVI.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Dessa caução não se exige cautelar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- autor – nacional/estrangeiro</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- não tem imóvel</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- escopo – garantia das verbas sucumbenciais</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- dispensa na execução de título judicial e na reconvenção.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Supondo-se que o autor tenha imóvel. Se vendê-lo, fica sem garantia. Então, o réu pode promover a ação de caução.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se o autor ficar fora do país por tempo prolongado, e não tiver imóvel no país, também.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pode ser promovida a ação cautelar de caução, pelo réu, para que o autor preste caução.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas dentro do próprio procedimento tem sido a praxe, por simples petição. O juiz, de ofício, pode determinar que seja prestada caução.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Acórdão – ação de reparação de danos contra uma aeronave que caiu no Jabaquara.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O MP entrou com uma ação em face de uma empresa estrangeira, que não tem sede nem filial no Brasil.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Durante o andamento do processo, o Ministério Público requereu que fosse deferido o pedido de prestação de caução pela empresa. Foi deferido.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A empresa recorreu. Alegou que o artigo 835 do código processual só se aplica ao autor, e não à ré. O Tribunal de Justiça manteve a decisão do primeiro grau. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Novamente, a empresa recorreu. O STJ manteve a decisão, determinando que a empresa prestasse caução. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O fundamento jurídico do Ministério Público foi a de que era necessária uma garantia de que a empresa honrasse suas obrigações. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O juiz deferiu o pedido porque ele está investido do poder geral de cautela. Com isso, pode ele determinar qualquer providência para que a ré pague a indenização.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Foram aplicados os artigos 798 (do poder geral de cautela) e 799, e não o 835.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O poder geral de cautela não foi usado para garantir as custas, mas o RESULTADO ÚTIL DO PROCESSO.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Poderia, já, arrestar bens da empresa? </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não. Porque não haveria sentido. Seria preciso título líquido e certo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A Ministra Nancy Andrighi dá uma aula.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O juiz está investido do poder geral de cautela. Não só no processo civil, mas também no processo criminal. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se a empresa não prestar caução?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É preciso determinar qual a conseqüência. Pode ser sob pena de arrestar uma aeronave. O juiz pode determinar quaisquer diligências de fazer ou não fazer ou de entregar coisa certa ou incerta.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Isso também está determinado no § 5º do artigo 461:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.”</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="background: #FDFEFA; color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Respeite o direito
autoral.</span></b><b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13pt;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Gostou? Siga, compartilhe, visite os blogs.
É só clicar na barra ao lado e nos links abaixo:</span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<a href="http://gramaticaequestoesvernaculas.blogspot.com/"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">http://gramaticaequestoesvernaculas.blogspot.com/</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<a href="http://mg-perez.blogspot.com.br/"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">http://mg-perez.blogspot.com.br/</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<a href="http://producaojuridica.blogspot.com/"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">http://producaojuridica.blogspot.com/</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">e outros mais,
em </span></b><a href="https://plus.google.com/100044718118725455450/about"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">https://plus.google.com/100044718118725455450/about</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Pergunte, comente, critique, ok? A
casa é sua e seu comentário será sempre bem-vindo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Um abraço e um lindo dia!</span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span lang="EN-US" style="background: #FCFCFC; color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Thanks for the comment.
Feel free to comment, ask questions or criticize. </span></i><i><span style="background: #FCFCFC; color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A great day and a great week!</span></i><i><span style="color: #333333; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></i><i><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "Freestyle Script"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Maria da Glória
Perez Delgado Sanches</span><span style="font-family: 'Freestyle Script'; font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></div>
maria da gloria perez delgado sancheshttp://www.blogger.com/profile/14087164358419572567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5516696660356856186.post-66869498558569928562008-04-27T10:31:00.001-03:002016-03-09T17:27:40.146-03:00STJ - caução de R$ 30 mi por desastre da TAM<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A Terceira Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu, por quatro votos a um, que a empresa americana Northrop Grumman Corporation terá que depositar caução de R$ 300 mil por cada uma das 99 vítimas da queda de avião da TAM --a caução total será de R$ 29,7 milhões.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Na manhã do dia 31 de outubro de 1996, o avião Fokker 100 da TAM que decolava do aeroporto de Congonhas (São Paulo) com destino ao Santos Dumont (Rio de Janeiro) caiu 24 segundos após a decolagem, espatifando-se no solo no bairro do Jabaquara e matando todas as 99 pessoas que estavam à bordo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Segundo perícia, a Northrop Grumman fabricou a peça "thrust reverse", que estaria com defeito e teria levado à queda da aeronave. Além disso, a empresa deixou de alertar sobre os perigos a que estaria exposto tal equipamento, além de haver garantido, enganosamente ter feito a manutenção de reparos no 'thrust-reverse' da turbina direita da aeronave.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Como a empresa não tem sede nem representação legal no Brasil, os...</span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ministros do STJ seguiram voto da relatora do processo, Nancy Andrighi, e determinaram que a empresa terá que fazer o depósito de um total R$ 29,7 milhões para ter o direito de se defender na ação penal. O dinheiro garante o pagamento de indenização às famílias das vítimas em caso de condenação.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">As famílias das vítimas alegam que a falha na fabricação do equipamento, causa principal do acidente, garante direito de reparação dos danos materiais e morais sofridos pelas famílias das vítimas com base no Código Civil, que assegura o dever de indenizar a todo aquele que, por negligência ou imprudência, violar direito ou causar prejuízo a outro.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No caso, afirmam, é preciso assegurar a reparação dos danos materiais e morais sofridos com a perda das vítimas, que deixaram suas famílias ao desamparo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Entendendo que a situação da empresa acusada, sem filial ou representante no país, pode gerar o não-pagamento das indenizações, o Ministério Público do Estado de São Paulo pediu a caução para garantir o resultado útil do processo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Antes da decisão do STJ, o juiz de primeira instância havia determinado a caução de R$ 500 mil por vítima. A Northrop Grummann recorreu e conseguiu reduzir o valor da indenização para R$ 300 mil no Tribunal de Alçada Civil do Estado de São Paulo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ainda inconformada, a empresa apresentou recurso especial para o STJ sustentando que a caução determinada significava um verdadeiro pré-julgamento da causa, uma condenação prévia sem a análise das provas e dos fatos apurados no processo. O STJ, entretanto, rejeitou o recurso.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Fonte: www.terra.com.br</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="background: #FDFEFA; color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Respeite o direito
autoral.</span></b><b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13pt;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Gostou? Siga, compartilhe, visite os blogs.
É só clicar na barra ao lado e nos links abaixo:</span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<a href="http://gramaticaequestoesvernaculas.blogspot.com/"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">http://gramaticaequestoesvernaculas.blogspot.com/</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<a href="http://mg-perez.blogspot.com.br/"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">http://mg-perez.blogspot.com.br/</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<a href="http://producaojuridica.blogspot.com/"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">http://producaojuridica.blogspot.com/</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">e outros mais,
em </span></b><a href="https://plus.google.com/100044718118725455450/about"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">https://plus.google.com/100044718118725455450/about</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Pergunte, comente, critique, ok? A
casa é sua e seu comentário será sempre bem-vindo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Um abraço e um lindo dia!</span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span lang="EN-US" style="background: #FCFCFC; color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Thanks for the comment.
Feel free to comment, ask questions or criticize. </span></i><i><span style="background: #FCFCFC; color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A great day and a great week!</span></i><i><span style="color: #333333; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></i><i><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "Freestyle Script"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Maria da Glória
Perez Delgado Sanches</span><span style="font-family: 'Freestyle Script'; font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></div>
maria da gloria perez delgado sancheshttp://www.blogger.com/profile/14087164358419572567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5516696660356856186.post-53924345734708890792008-04-21T14:04:00.001-03:002016-03-09T17:28:20.984-03:00RESUMO PRIMEIRO BIMESTRE<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">AÇÃO CAUTELAR NOMINADA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">GRÁFICO DA CLASSIFICAÇÃO DAS MEDIDAS CAUTELARES NOMINADAS PREVISTAS NO CPC </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">MEDIDAS CAUTELARES </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sobre bens - sobre provas - Sobre pessoas</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">NECESSIDADES QUE PODEM SURGIR?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">necessidade de segurança:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- quanto aos bens</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- quanto às provas</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- quanto às pessoas</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">NECESSID/DE SEGURANÇA QUANTO AOS BENS</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">a) PARA ASSEGURAR A EXECUÇÃO...</span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- arresto, seqüestro, caução</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">b) CONSERVATIVAS GENÉRICAS</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- arrolamento de bens, busca e apreensão, atentado, obras de conservação da coisa litigiosa </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">NECESSIDADE DE SEGURANÇA QUANTO ÀS PROVAS</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- exibição de coisa, documento ou escrituração comercial </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- produção antecipada de provas </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">NECESSIDADE DE SEGURANÇA QUANTO ÀS PESSOAS</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">a) GUARDA DE PESSOAS</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- posse provisória dos filhos </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- afastamento de menor para casar contra a vontade dos pais (suprimento de autorização) </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- depósito de menor castigado imoderadamente </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- guarda e educação de filhos e direito de visitas </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">b) SATISFAÇÃO DE NECESSIDADES URGENTES</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- alimentos provisionais </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- afastamento temporário de cônjuge – ação cautelar de separação de corpos</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">MEDIDAS SUBMETIDAS APENAS AO REGIME PROCEDIMENTAL CAUTELAR</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Têm natureza administrativa.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não se perquire de uma situação de perigo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- justificação </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- protestos, notificações e interpelações </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- homologação do penhor legal </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- posse em nome do nascituro </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- protesto de títulos cambiários </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- interdição e demolição de prédio para resguardar saúde e segurança </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- entrega de bens pessoais do cônjuge </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PRESSUPOSTOS ESPECÍFICOS DA AÇÃO CAUTELAR </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(OU REQUISITOS ESPECÍFICOS)</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- periculum in mora e fumus boni iuris</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A ação cautelar presta-se a assegurar (garantir) o resultado útil do processo principal, diante de uma situação de perigo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PERICULUM IN MORA - É o perigo da demora. A probabilidade de dano à uma das partes em futura ou atual ação principal, resultante da demora do ajuizamento ou processamento e julgamento desta, e até que seja possível medida definitiva.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PROBABILIDADE DE DANO - Não é a mesma coisa que POSSIBILIDADE. É preciso convencer o juiz da probabilidade da ocorrência do dano e não da mera possibilidade.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">FUMUS BONI IURIS - É a fumaça do bom direito. A aparência do bom direito. É a PROBABILIDADE ou POSSIBILIDADE da existência do direito material invocado pelo requerente da ação cautelar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se o juiz conceder, estará julgado o MÉRITO CAUTELAR. Se não presentes os requisitos, julgará pela improcedência.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O MÉRITO É O PEDIDO.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Da sentença pode ser interposta APELAÇÃO.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O fumus boni iuris se contenta com a POSSIBILIDADE do dano material.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">REQUISITOS- Art. 801:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 801. O requerente pleiteará a medida cautelar em petição escrita, que indicará:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">I - a autoridade judiciária, a que for dirigida;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">II - o nome, o estado civil, a profissão e a residência do requerente e do requerido;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">III - a lide e seu fundamento;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">IV - a exposição sumária do direito ameaçado e o receio da lesão;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">V - as provas que serão produzidas.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não se exigirá o requisito do III senão em procedimento preparatório.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">IV – A EXPOSIÇÃO SUMÁRIA DO DIREITO AMEAÇADO E O RECEIO DA LESÃO:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O inciso IV remete-nos ao periculum in mora. É requisito da petição inicial.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">III – A LIDE E SEU FUNDAMENTO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É o DIREITO MATERIAL. O direito entre as partes. O fumus boni iuris. É explicar qual AÇÃO PRINCIPAL o requernte terá a ajuizar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O direito invocado na ação cautelar. O periculum in mora e o fumus boni iuris dizem respeito ao mérito da cautelar. Se não houverem os requisitos, pode ser emendada.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se, após os 10 dias, não for emendada, será o processo extinto sem julgamento de mérito.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1. COTEJO ENTRE AS ESPÉCIES DE AÇÕES E PROCESSOS </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O processo é o instrumento da jurisdição.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No passado, dizíamos que somente em juízo haveria processo. No mais, seriam procedimentos.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A Constituição Federal empregou o processo legal, e não judicial. Assim, não é apenas o processo judicial que existe, mas também o administrativo e o legislativo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O processo não é somente o instrumento da jurisdição, mas também UMA RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL que instala-se entre as partes e o juiz.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ASPECTOS INTRÍNSECOS DO PROCESSO:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">J</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">/_\</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A R </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se o juiz extinguir a ação antes da citação do réu, haverá processo? Sim. O processo se instaura quando a petição inicial é protocolada no distribuidor. Ou, no caso da cautelar, quando a petição é despachada com o juiz. Dessa forma temos iniciada a relação AUTOR-JUIZ.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Com a citação, teremos estabelecida a relação triangular.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ASPECTOS EXTRÍNSECOS DO PROCESSO:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">São o conjunto de atos que serão realizados de acordo com a lei: é o procedimento.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PROCESSO - ESPÉCIES</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- conhecimento</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- execução</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- cautelar</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PROCESSO DE CONHECIMENTO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não é permitida a autotutela, a não ser excepcionalmente, no caso da manutenção da posse, por exemplo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O proprietário ingressa com uma ação de conhecimento, para decretar o despejo do réu.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Instaura-se o processo de conhecimento, que declara o direito do autor e as conseqüências dessa declaração: o "para o quê" são as conseqüências da declaração.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PROCESSO DE EXECUÇÃO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Algumas figuras têm o condão de encurtar esse caminho, conforme atribuído pelo legislador.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Então, não é preciso pleitear o direito em uma sentença. Se há um cheque, será pedida a cobrança do seu valor, pela ação de execução.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A sentença, no passado, punha termo ao processo. Com a alteração do CPC, há um novo conceito de sentença. Na sentença o juiz condenava o réu a pagar ao autor dez mil reais. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No caso de o réu não pagar o determinado, promovia-se outro processo - de execução -, com a citação do réu, para que, nesse novo processo, fosse coagido a pagar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O CPC foi alterado para se obter o resultado de uma forma mais célere, mais rápida. Daí, temos um novo capítulo no CPC, com o cumprimento da sentença. É uma nova forma de processo, o chamado processo sincrético, em que teremos o conhecimento e a execução, com FASES.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se o devedor não pagar, não estará extinta a relação processual. O processo sincrético engloba o conhecimento e a execução, com a mesma relação jurídica processual, até que o direito seja satisfeito. Continua existindo o processo de execução, APENAS para os títulos executivos extrajudiciais.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">APARTE: extrajudicial - é uma palavra só.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">REGRA: se a última letra da primeira palavra é uma vogal, e a primeira da segunda palavra, uma consoante, escreve-se tudo junto. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">REMISSÃO - perdão</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">REMIÇÃO - pagamento, resgate</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">AÇÃO CAUTELAR</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Para se evitar um dano iminente ou de difícil reparação, é possível obter uma providência em juízo, por uma ação cautelar. Ela existe para que seja garantido o resultado útil, em caso de perigo do resultado da ação de conhecimento ou de execução.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ELEMENTOS DA AÇÃO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">São os pressupostos processuais. Em qualquer processo é preciso:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- as partes,</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- a causa de pedir e</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- o pedido.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pedido pode ser definido como "o que o autor quer?". São os elementos que vão delimitar a ação, não podendo ser alterados, depois. São pressupostos processuais para a ação existir.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Temos também as</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CONDIÇÕES DA AÇÃO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">As condições da ação são verificadas no DIREITO MATERIAL.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1. LEGITIMIDADE DAS PARTES</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2. INTERESSE PROCESSUAL</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- necessidade, possibilidade, adequação</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">3. POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Há quem afirme que está englobada no interesse processual. Na ação cautelar tanto os pressupostos como as condições processuais estão presentes.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2. PROCESSO CAUTELAR X MEDIDA CAUTELAR </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No processo cautelar vê-se uma relação processual entre o requerente, o juiz e o requerido. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A MEDIDA é a PROVIDÊNCIA.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Vai-se a juízo não para promover MEDIDA CAUTELAR, mas AÇÃO CAUTELAR.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O pedido é de: arresto, separação de corpos, etc.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A providência que se pleiteia para garantir o resultado útil do processo principal, para se evitar uma situação de perigo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Há a possibilidade de se pleitear essa medida cautelar no próprio processo e conhecimento ou de execução, se houver previsão na lei. Exemplo: A medida cautelar de arresto para garantir a execução dos bens do devedor.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O artigo 653 do CPC prevê: O oficial de justiça, não encontrando o devedor, arrestar-lhe-á tantos bens quantos bastem para garantir a execução.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Primeiro, cabe citar o devedor. Após, ser-lhe-ão penhorados seus bens, tantos quantos bastem para o pagamento da dívida. Se o oficial de justiça não conseguir encontrar o devedor, para efetuar a penhora, ser-lhe-ão arrestados os bens.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A jurisdição é inerte. Só se manifesta se houver provocação. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O processo cautelar só se instaura se for proposta a ação cautelar. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O juiz não pode instaurar de ofício.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E A MEDIDA? A medida, que é a providência assecuratória, pode ser determinada DE OFÍCIO, pelo juiz, em qualquer ação.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">HÁ PREVISÃO LEGAL PARA ISSO?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sim, no artigo 797, do CPC:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PREVISÃO LEGAL – artigo 797:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Só em casos excepcionais, expressamente autorizados POR LEI, determinará O JUIZ medidas cautelares SEM A AUDIÊNCIA DAS PARTES.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O artigo 798 confere ao juiz o poder geral de cautela, e o 799 diz o que ele deve determinar:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PODER DE CAUTELA:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 798. Além dos procedimentos cautelares específicos, que este Código regula no Capítulo II deste Livro, PODERÁ o JUIZ DETERMINAR as medidas provisórias que julgar adequadas, quando houver FUNDADO RECEIO de que uma parte, antes do julgamento da lide, cause ao direito da outra LESÃO GRAVE E DE DIFÍCIL REPARAÇÃO.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">AS MEDIDAS QUE O JUIZ PODE ADOTAR:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 799. No caso do, artigo anterior, poderá o juiz, para evitar o dano, autorizar ou vedar a prática de determinados atos, ordenar a guarda judicial de pessoas e depósito de bens e impor a prestação de caução.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A providência não pode ir além do pedido principal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Instaura-se o processo cautelar e segue-se o procedimento cautelar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Uma ação rescisória foi instaurada, no TJ. Ela não tem o condão de impedir o andamento da EXECUÇÃO da ação principal. É proposta uma ação cautelar incidental, para pleitear-se a suspensão da execução do outro processo. É preciso demonstrar a situação de perigo para a execução daquela sentença.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">4. JURISDIÇÃO </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Conceito: de jurisdição o poder, a função e a atividade, ao mesmo tempo, de dizer o direito, aplicando-o ao caso concreto.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PODER - Impor, coativamente, coercitivamente, o que for decidido.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">FUNÇÃO - O encargo que o órgão estatal tem de aplicar o direito ao caso concreto.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ENCARGO - É a obrigação de decidir.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ATIVIDADE - O conjunto de atos para o exercício do poder e da função.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ATUALIZAÇÃO: "A jurisdição é monopólio do Estado e somente ao Estado é dado dizer o direito ao caso concreto" (Ada P. Grinover).</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E A ARBITRAGEM?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Desde as Ordenações previa-se a arbitragem. No entanto, no sistema anterior, a decisão do árbitro precisava ser homologada pelo juiz. Com a lei de arbitragem, a sentença arbitral passa a ser título executivo judicial. Dessa forma, a jurisdição passa a ser dita, também, pelo árbitro. Assim, temos por conclusão que a jurisdição passa a ser dita pelo Estado e pelo árbitro. Para que a jurisdição possa exercer a função, o poder e a atividade, é preciso um caminho. A Constituição fala em devido processo legal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">5. PODER CAUTELAR DO JUIZ </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É o poder geral de cautela.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CONCEITO: poderá o juiz determinar as medidas provisórias que julgar adequadas, quando houver FUNDADO RECEIO de que uma parte, antes do julgamento da lide, cause ao direito da outra LESÃO GRAVE E DE DIFÍCIL REPARAÇÃO.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">FINALIDADE: Atender a situações novas, não previstas pelo legislador, e que merecem proteção.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">FORMAS DE MANIFESTAÇÃO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mediante provocação ou de ofício</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PROVOCAÇÃO. Mediante a propositura da ação cautelar inominada.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">DE OFÍCIO: O juiz pode, por sua iniciativa, determinar uma providência em qualquer processo, seja de conhecimento, de execução, qualquer um. Porque está o juiz investido do poder geral de cautela. Ele determina, manda, julga, ordena, em um processo. As partes pedem, requerem.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O limite é a FINALIDADE do poder cautelar: garantir a eficácia do pedido principal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CAUTELAR INAUDITA ALTERA PARS</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A cautelar inaudita altera pars se afigura medida excepcional onde há que se fazer de plano, a demonstração dos pressupostos legais para a antecipação da cautela.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tal medida deve ser adotada se estiverem presentes nos autos os requisitos do fumus boni iuris e do periculum in mora, bem assim se não configurado o periculum in mora ao reverso, capaz de trazer prejuízos significativos ao Órgão ou a terceiros.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PRESSUPOSTOS CONCESSIVOS DA CAUTELAR INAUDITA ALTERA PARS:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- o fumus boni iuris e o periculum in mora.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">EMPRESA DO EXTERIOR</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">6. CLASSIFICAÇÃO DAS CAUTELARES </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">a) QUANTO AO MOMENTO DA PROPOSITURA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O procedimento cautelar pode ser instaurado antes ou no curso do processo principal e deste é sempre dependente.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">AÇÃO CAUTELAR PREPARATÓRIA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Proposta antes da ação principal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">AÇÃO CAUTELAR INCIDENTAL</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Surge no curso do processo principal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">b) QUANTO AO OBJETO OU SEGUNDO A FINALIDADE</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">QUANTO À PROVA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Exemplo: produção antecipada de provas: a testemunha está para ir ao exterior ou encontra-se à beira da morte.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A finalidade é GARANTIR A PROVA.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">REAIS</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Exemplo: arresto (art. 813, CPC) e seqüestro (art. 822, CPC).</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Existe para GARANTIR OS BENS. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">As cautelares reais nos remetem às coisas:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- móveis</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- imóveis</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- semoventes</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PESSOAIS</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Existem pela necessidade de se garantir as pessoas.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Exemplo: alimentos provisionais:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 852. É lícito pedir alimentos provisionais:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">I - nas ações de desquite e de anulação de casamento, desde que estejam separados os cônjuges;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">II - nas ações de alimentos, desde o despacho da petição inicial;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">III - nos demais casos expressos em lei.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Parágrafo único. No caso previsto no no I deste artigo, a prestação alimentícia devida ao requerente abrange, além do que necessitar para sustento, habitação e vestuário, as despesas para custear a demanda.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 888. O juiz poderá ordenar ou autorizar, na pendência da ação principal ou antes de sua propositura:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(...)</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">V - o depósito de menores ou incapazes castigados imoderadamente por seus pais, tutores ou curadores, ou por eles induzidos à prática de atos contrários à lei ou à moral;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(...)</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Vll - a guarda e a educação dos filhos, regulado o direito de visita;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(...)</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 798. Além dos procedimentos cautelares específicos, que este Código regula no Capítulo II deste Livro, poderá o juiz determinar as medidas provisórias que julgar adequadas, quando houver fundado receio de que uma parte, antes do julgamento da lide, cause ao direito da outra lesão grave e de difícil reparação.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">c) SEGUNDO A NATUREZA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Remete-nos à JURISDIÇÃO:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1. CONTENCIOSA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É o juiz quem julga.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2. VOLUNTÁRIA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">JURISDICIONAL</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">MEDIDAS QUE TEM NATUREZA JURISDICIONAL</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Promove-se a ação cautelar. Ao final, o juiz julgará.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">AÇÃO – LIDE – SENTENÇA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Exemplo:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Seqüestro – art. 822, CPC</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Arresto – art. 813, CPC</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Busca e apreensão – art. 839 – a busca e apreensão garante o pedido, que é outra providência.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Medidas inominadas – art. 798</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">3. ADMINISTRATIVA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sem lide ou fora da lide.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O juiz não julga, apenas profere uma sentença homologatória:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">As questões formais foram obedecidas.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Exemplo: Justificação, Protesto, Notificação e interpelação – nesta ação, o juiz limita-se a INTERROGAR as testemunhas. Não vai julgar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">3. CARACTERÍSTICAS </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1. AUTONOMIA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2. ACESSORIEDADE</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">3. INSTRUMENTALIDADE</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">4. PREVENTIVIDADE</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">5. URGÊNCIA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">6. SUMARIEDADE DA COGNIÇÃO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">7. PROVISORIEDADE</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">8. REVOGABILIDADE</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">9. INEXISTÊNCIA DE COISA JULGADA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">10. FUNGIBILIDADE</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1. AUTONOMIA - O processo cautelar é processo autônomo, apesar de acessório, instrumental e dependente do principal, independente de sua autonomia.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Porque tem começo, meio e fim: PI, instrução e sentença. Nada impede que seja decidido junto com o processo principal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A autonomia se expressa também pelo artigo 810: o indeferimento da medida não obsta a que a parte intente a ação, nem influi no julgamento desta, salvo se o juiz, no procedimento cautelar, acolher a alegação de decadência ou de prescrição do direito do autor.”</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2. ACESSORIEDADE - Se o processo cautelar existe em razão de um processo principal, dele é sempre dependente. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">3. INSTRUMENTALIDADE - É instrumento do processo principal, para se obter uma medida assecuratória do resultado útil do processo principal. O processo principal se serve do processo cautelar para obter essa providência.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O processo cautelar é um instrumento do instrumento. Calamandrei afirma que o processo cautelar é um instrumento elevado ao quadrado. Por quê? Porque o processo cautelar é um instrumento do processo principal. E o processo principal é um instrumento da jurisdição.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">4. PREVENTIVIDADE - No sentido de afastar, evitar, a ocorrência do dano irreparável ou de difícil reparação.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">5. URGÊNCIA - Em razão da situação de perigo. Por isso, a tutela cautelar é uma das tutelas de urgência. São ESPÉCIES da tutela de urgência a CAUTELAR e a ANTECIPADA, que é o próprio pedido que precisa ser já concedido, para se evitar a ocorrência do dano irreparável ou de difícil reparação.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">6. SUMARIEDADE DA COGNIÇÃO - O CONHECIMENTO do juízo é superficial. Basta a APARÊNCIA DO DIREITO. É o conhecimento superficial, em razão do perigo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Para a tutela cautelar basta o fumus boni iuris – a POSSIBILIDADE da existência do direito invocado pelo requerente. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Já para a tutela antecipada é preciso a prova inequívoca da VEROSSIMILHANÇA DO DIREITO pleiteado. Uma prova robusta.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">7. PROVISORIEDADE - Tanto a medida concedida como tutela antecipada como a cautelar podem ser revogadas a qualquer tempo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O processo cautelar é autônomo. Tem começo, meio e fim. O processo principal serve-se do processo cautelar. Sendo provisório, o processo cautelar não é uma medida definitiva.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Vai durar:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- enquanto durar o processo principal. Se o processo principal for extinto, também o será a ação cautelar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- até que uma medida definitiva a substitua ou</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- até 30 DIAS ou, ainda,</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- se fato superveniente a torne desnecessária.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O procedimento cautelar pode ser instaurado antes ou no curso do processo principal e deste é sempre dependente.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se a ação cautelar for proposta antes e o juiz conceder a medida, a parte tem 30 dias para propor a ação principal. Se não propuser a ação principal nesse prazo, cessará a eficácia da medida. O que não impedirá que seja proposta a ação principal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">8. REVOGABILIDADE - Tanto a medida concedida em processo cautelar como a antecipação de tutela podem ser em qualquer momento revogadas e modificadas, desde que as circunstâncias ensejadoras da concessão da medida tenham se alterado.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">9. INEXISTÊNCIA DE COISA JULGADA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em sendo provisória, a medida cautelar não gera coisa julgada material.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">10. FUNGIBILIDADE - Coisa fungível é a que pode ser substituída, uma por outra. É a possibilidade de o juiz conceder a medida cautelar que lhe pareça mais adequada, para proteger o direito da parte, ainda que não corresponda àquela que foi pedida. O pedido é para garantir uma MEDIDA acautelatória, para garantir o RESULTADO ÚTIL do processo principal. Se o juiz pode o mais (determinar de ofício), pode também o menos (determinar a medida adequada). Nós temos ações cautelares nominadas, que têm requisitos próprios:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ação de exibição</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ação de busca e apreensão</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ação de arresto</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O número de ações nominadas não preenche as necessidades do jurisdicionado. Por isso, o juiz pode conceder medidas cautelares inominadas, que atendem apenas a dois requisitos:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- o fumus boni iuris e o periculum in mora.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O brasileiro dá um jeitinho e ingressa com uma ação inominada para um pedido que estaria nas hipóteses de ação cautelar nominada.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Exemplo: na ação de arresto, o credor deve provar que é titular de dívida líquida e certa.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Suponha que o credor peça o bloqueio da conta-corrente do requerido – é caso de arresto.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O JUIZ PODE APLICAR O PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE ENTRE CAUTELAR NOMINADA E CAUTELAR INOMINADA, SE PEDIDA UMA INOMINADA, SE DEVERIAM ESTAR PRESENTES OS REQUISITOS DA NOMINADA? Não.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Porque seria uma forma de se burlar as exigências das ações nominadas. Sim. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Desde que presentes os pressupostos da ação nominada.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Entre a tutela CAUTELAR e a ANTECIPADA, a diferença fica difícil de determinar. Teoricamente, é fácil.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas, nas questões de ordem prática, cada um pode entender de uma forma diferente.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por confusão foi inserido o § 7º do artigo 273:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“§ 7o Se o autor, a título de antecipação de tutela, requerer providência de natureza cautelar, poderá o juiz, quando presentes os respectivos pressupostos, deferir a medida cautelar em caráter incidental do processo ajuizado.”</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ou seja, se pedida tutela antecipada e o juiz entender que trata-se de medida de natureza cautelar, se verificados os pressupostos (o periculum in mora e o fumus boni iuris), o juiz pode aplicar a medida cautelar, segundo o princípio da fungibilidade.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É UMA VIA DE MÃO DUPLA? Sim.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O professor Cândido Rangel Dinamarco afirma que sim. E a professora, também, desde que presentes os pressupostos da tutela antecipada.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CAUTELARES SATISFATIVAS </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não existem. Porque a cautelar é assecuratória. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas quando as pessoas afirmam isso remetem-se aos procedimentos cautelares de natureza administrativa. Porque se comuniquei ou colhi o depoimento da testemunha, não se pode retornar ao status quo ante, nem se submeter ao prazo de 30 dias.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">AÇÃO CAUTELAR DE SEPARAÇÃO DE CORPOS </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Proposta quando homem e mulher são casados: a ação principal é a de separação judicial</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">UNIÃO ESTÁVEL - Ação principal: ação de reconhecimento e dissolução de união estável</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">SE É O CASO DE DOIS HOMENS OU DUAS MULHERES? A ação é inominada. Esta ação tramita na Vara Cível e não na da Família.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 798. Além dos procedimentos cautelares específicos, que este Código regula no Capítulo II deste Livro, poderá o juiz determinar as medidas provisórias que julgar adequadas, quando houver fundado receio de que uma parte, antes do julgamento da lide, cause ao direito da outra lesão grave e de difícil reparação.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“Viviam juntos e constituíram uma sociedade de fato. Desentenderam-se.” Deve-se tomar cuidado. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A Lei Maria da Penha prevê a hipótese de cautelar para a MULHER vítima de violência doméstica.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">6. ESPÉCIES </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CAUTELARES ADMINISTRATIVAS - Os procedimentos de natureza administrativa e interpelação poderiam estar no final do código, mas o legislador entendeu por inseri-lo entre as ações cautelares.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">As ações cautelares podem ser:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">NOMINADAS e INOMINADAS</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">NOMINADAS - Quando o nome está inscrito na LEI – CPC ou legislação extravagante.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">INOMINADAS</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">São as determinadas no art. 798 do CPC. Compreende o poder geral de cautela.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">a) ação cautelar de sustação de protesto;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">b) suspensão de deliberações sociais;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">c) proibição de usar nome comercial, marcas;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">d) medidas contra riscos de dilapidação de fortunas;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">e) remoção cautelar de administradores.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">EXIBIÇÃO </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É ação cautelar, que demanda uma providência jurisdicional – é ação de exibição – e se satisfaz com a exibição, porque não há como voltar atrás.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">7. DISTINÇÕES E SEMELHANÇAS ENTRE A TUTELA ANTECIPADA E A AÇÃO CAUTELAR </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PONTOS COMUNS</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1. fungibilidade</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2. provisoriedade</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">3. sumariedade da cognição</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">4. natureza executiva lato sensu</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">5. caráter</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">6. requisição</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1. FUNGIBILIDADE - Ambas são fungíveis. Atendidos os requisitos, pode o juiz conceder uma, ao invés da outra.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2. PROVISORIEDADE - O juiz pode revogar a medida a qualquer tempo. Como medidas provisórias, não impedem a revogabilidade.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">3. SUMARIEDADE DA COGNIÇÃO - Para a tutela cautelar, basta o fumus boni iuris – a possibilidade da existência do direito invocado.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Para a tutela antecipada, é preciso a prova inequívoca da verossimilhança do direito pleiteado (prova robusta).</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">4. NATUREZA EXECUTIVA LATO SENSU</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ambas podem ser executadas de imediato.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">5. CARÁTER - Caráter da tutela cautelar – NATUREZA ASSECURATÓRIA, para garantir o resultado útil do PEDIDO PRINCIPAL.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Caráter da tutela antecipada – SATISFATIVO. Se é o próprio pedido a providência desejada, ou os efeitos da concessão do pedido, é o caso de antecipação de tutela.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">6. REQUISIÇÃO - O artigo 273 condiciona a tutela antecipada ao requerimento da parte.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O réu também pode requerer a antecipação da tutela? Sim, pode. Se tiver feito pedido próprio, na reconvenção ou no pedido contraposto.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O terceiro interessado também pode.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E no pedido cautelar? Também é possível.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Visa a segurança quanto:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- às provas, aos bens, à pessoa.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas o réu não pode promover a ação cautelar preparatória.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">8. COMPETÊNCIA </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">As medidas cautelares serão requeridas ao juiz da causa; e, quando preparatórias, ao juiz competente para conhecer da ação principal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Interposto o recurso, a medida cautelar será requerida diretamente ao tribunal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">AÇÃO CAUTELAR INCIDENTAL - O juiz da causa é o juiz da ação principal</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">AÇÃO CAUTELAR PREPARATÓRIA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Competente é o juízo com competência para conhecer da ação principal. Há uma competência funcional: o juízo que conhece uma conhece a outra. A ação principal será distribuída, por dependência, ao juízo da ação cautelar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">AÇÃO CAUTELAR DE SEPARAÇÃO DE CORPOS – A ação principal: separação judicial litigiosa. Foro competente: o da residência da mulher. Se a ação principal foi proposta primeiro, e após, a ação cautelar, a cautelar será distribuída por dependência ao juízo da ação principal. Entre elas, ocorre a COMPETÊNCIA FUNCIONAL EM CARÁTER ABSOLUTO.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A primeira ação proposta torna o juízo prevento para a segunda ação.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Notificação, interpelação, protesto, justificação:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">estes procedimentos não tornam prevento o juízo, porque têm caráter meramente administrativo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">REGRAS DE COMPETÊNCIA DE CARÁTER ABSOLUTO - Não observados, geram a nulidade do processo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA - O juiz pode conhecer de ofício A QUALQUER TEMPO E GRAU DE JURISDIÇÃO. A parte contrária pode argüir na preliminar da contestação.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">SE A AÇÃO FOI PROPOSTA NA JUSTIÇA COMUM E A COMPETÊNCIA ERA DA JUSTIÇA DO TRABALHO: O juiz pode conceder a medida, mesmo se absolutamente incompetente. Isso não o torna competente. Se houver situação de perigo, o juiz concede e envia os autos ao juízo competente.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CARÁTER RELATIVO - Deve ser deduzida por meio de EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA, oposta no prazo para a defesa (5 DIAS, no processo cautelar).</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O requerido foi citado para se defender e se defendeu. Mas não argüiu a exceção. Apresentada a ação principal, no prazo para a defesa, o réu apresenta exceção de incompetência: A INCOMPETÊNCIA RELATIVA, se não apresentada no PRAZO e no MODO devidos, é prorrogada. PRORROGA-SE a competência na PRIMEIRA AÇÃO.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Porque na segunda ação o juízo já é prevento.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL: Interposto recurso, a medida cautelar será requerida DIRETAMENTE AO TRIBUNAL.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Endereça-se ao presidente do tribunal ou ao relator, se já ocorreu a distribuição. Se o juiz proferiu a sentença, mas não foi interposto recurso, ele é o competente para receber a cautelar. Nesse caso, deve-se requerer o envio da ação cautelar ao juízo ad quem.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">EMBARGOS DE DECLARAÇÃO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não transferem a competência para o tribunal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">APENSAMENTO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 809. Os autos do procedimento cautelar serão apensados aos do processo principal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">AGRAVO DE INSTRUMENTO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O agravo de instrumento não tem o condão de transferir a competência para o tribunal, porque OS AUTOS ESTÃO NO JUÍZO A QUO.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIBILIDADE DE TÍTULO </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se for declarado inexigível o título, ele poderia ser protestado? Neste caso, basta pedir a antecipação dos EFEITOS da tutela. Os tribunais estão divididos.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O que estou pedindo?- o próprio pedido principal?- a antecipação dos efeitos do processo principal? Se a resposta é afirmativa, é o caso de tutela antecipada. Se o caso é de pleitear alguma outra providência, trata-se de tutela cautelar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">NATUREZA EXECUTIVA LATO SENSU </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A possibilidade de ambas serem executadas de imediato (tanto a medida cautelar como a antecipação de tutela)</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">9. ESPÉCIES DE PROCEDIMENTOS CAUTELARES </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- COMUNS</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- ESPECÍFICOS</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">As regras do procedimento cautelar comum (normas gerais) serão aplicadas ao procedimento específico, se houver compatibilidade. Se entrarem em conflito prevalecerão, para o procedimento específico, as regras especiais.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PROCEDIMENTO COMUM: A regra geral é o prazo de CINCO DIAS PARA RESPONDER.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PROCEDIMENTO ESPECÍFICO: O PROTESTO OU INTERPELAÇÃO não admite defesa nem contraprotesto nos autos; mas o requerido pode contraprotestar em processo distinto.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CAUTELARES NOMINADAS: Todas elas observam as regras do procedimento comum.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Artigo 888: cautelares nominadas que observam o procedimento comum.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Artigos 813 a 887: cautelares nominadas que observam o procedimento específico.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ARTIGO 888: CAUTELARES NOMINADAS QUE OBSERVAM O PROCEDIMENTO COMUM.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- obras de conservação em coisa litigiosa ou judicialmente apreendida;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- a entrega de bens de uso pessoal do cônjuge e dos filhos;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- a posse provisória dos filhos, nos casos de separação judicial ou anulação de casamento;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- o afastamento do menor autorizado a contrair casamento contra a vontade dos pais;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- o depósito de menores ou incapazes castigados imoderadamente por seus pais, tutores ou curadores, ou por eles induzidos à prática de atos contrários à lei ou à moral;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- o afastamento temporário de um dos cônjuges da morada do casal;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- a guarda e a educação dos filhos, regulado o direito de visita;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- a interdição ou a demolição de prédio para resguardar a saúde, a segurança ou outro interesse público.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ARTIGOS 813 A 887: CAUTELARES NOMINADAS QUE OBSERVAM O PROCEDIMENTO ESPECÍFICO.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Do Arresto</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Do Seqüestro</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Da Caução</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Da Busca e Apreensão</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Da Exibição</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Da Produção Antecipada de Provas</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Dos Alimentos Provisionais</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Do Arrolamento de Bens</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Da Justificação</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Dos Protestos, Notificações e Interpelações</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Da Homologação do Penhor Legal</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Da Posse em Nome do Nascituro</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Do Atentado</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Do Protesto e da Apreensão de Títulos</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">10. PROCEDIMENTO CAUTELAR COMUM - A PETIÇÃO INICIAL </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">QUALIFICAÇÃO COMPLETA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nome, estado civil, nacionalidade, endereço, documentos.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A LIDE: É a AÇÃO PRINCIPAL.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O FUNDAMENTO: É o direito que se pleiteia.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Precisamente é preciso indicar a AÇÃO PRINCIPAL que será proposta.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“oportunamente será proposta a ação de ....”</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PROVAS: O que costumeiramente se requer.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se é ação cautelar incidental, é preciso dizer que há uma ação em andamento e o nº dela. Requer-se a distribuição por dependência.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">SEMPRE SE REFERENCIA A AÇÃO PRINCIPAL – SE VAI SER PROPOSTA OU SE JÁ FOI PROPOSTA.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PEDIDO: Requerer a concessão da liminar “inaudita altera pars” = SEM OUVIR A PARTE CONTRÁRIA, o juiz pode conceder a medida cautelar, liminarmente.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Distribui-se a PI e despacha-se com o juiz.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O JUIZ PODE:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1. conceder a medida, de pronto ou</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2. somente decidir após a justificação prévia (é o ouvir a outra parte).</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O juiz pode determinar que o requerente preste caução. É uma faculdade do juiz.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">DA DECISÃO QUE DEFERE OU INDEFERE A LIMINAR: O juiz decide se defere ou indefere a liminar. Essa é uma DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. Dessa decisão cabe AGRAVO DE INSTRUMENTO, que pode ser interposto pelo requerente ou pelo requerido.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O AI tem o efeito SOMENTE DEVOLUTIVO e não suspensivo. Para obter o efeito suspensivo deve o agravante pedir ao relator.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">REQUERIDO: Se o juiz concedeu a liminar, agrava. PEDE EFEITO SUSPENSIVO AO AI – PARA NÃO SE CUMPRIR A LIMINAR.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">REQUERENTE: Se o juiz não concedeu a liminar. AGRAVA E PEDE EFEITO SUSPENSIVO ATIVO DO AI – para que o tribunal SUSPENDA O EFEITO DA DECISÃO DO JUIZ A QUO.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CITAÇÃO DO REQUERIDO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Prazo 5 dias para contestar</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1. SE OMISSO: aplicam-se os efeitos da revelia. Esta revelia não alcança o processo principal. O processo cautelar é AUTÔNOMO. Pode concordar com o pedido do processo cautelar, mas não com o pedido do processo principal. Em ambos os casos, o juiz profere uma sentença e o requerido arca com os ônus da sucumbência.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2. COMPARECE E CONCORDA COM O PEDIDO: Aceita o pedido cautelar. É o reconhecimento jurídico do pedido.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">3. SE DEFENDER</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- pode contestar (802)</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- pode excepcionar</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- não pode reconvir e também não pode opor pedido contraposto. O pedido contraposto só é cabível em hipóteses restritas.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">EXCECÕES</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- suspeição</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- incompetência</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- impedimento</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- impugnação ao valor da causa</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É POSSIVEL A INTERVENÇÃO DE TERCEIROS? </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">OPOSIÇÃO: É um terceiro que se opõe ao fato de A e R estarem discutindo sobre objeto que é deste 3º. Na ação cautelar não se discute a posse. Portanto, A OPOSIÇÃO NÃO CABE NO PROCESSO CAUTELAR.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CHAMAMENTO DO PROCESSO: A ação é proposta em face do fiador. Ele chama o devedor principal, para cobrar. Direito de regresso. Todos devem. Divide-se entre eles. NO PROCESSO CAUTELAR É POSSÍVEL? TAMBÉM NÃO.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">DENUNCIAÇÃO À LIDE: A parte denuncia um 3º para exercer o direito de regresso. NÃO EXISTE DIREITO DE REGRESSO NO PROCESSO CAUTELAR.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ASSISTÊNCIA: É cabível? A assistência é a intervenção de 3º, que entra para ajudar, colaborar com o autor, para que ele vença a demanda ou com o réu, para que seja ele o vencedor. POR QUE NÃO? É POSSÍVEL.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não há sucumbência no processo cautelar?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Há uma lide cautelar. O assistente pode ajudar a parte a vencer a demanda. Não falamos em 3º de fato, mas em um 3º com interesse jurídico.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os filhos têm interesse na ação cautelar de separação de corpos e na separação judicial. Mas esse interesse é DE FATO e não jurídico. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por isso, não podem ingressar para assistir a qualquer das partes. É uma ação personalíssima.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">NOMEAÇÃO À AUTORIA: Para retificar o PÓLO PASSIVO da demanda. A ação foi proposta em face do detentor (o funcionário, por exemplo). Sai a parte ilegítima e entra a parte legítima. O processo cautelar é assessório do processo principal e as partes têm que ser as mesmas. É POSSÍVEL, SIM. Mas na ação cautelar preparatória, e não na incidental. Isso teria que ser feito no processo principal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">AO FINAL DO PROCESSO CAUTELAR, o juiz proferirá uma sentença. Na sentença, o juiz vai: conceder, substituir a medida cautelar, se não a concedeu ou revogá-la, se a concedeu.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se é SENTENÇA, cabe APELAÇÃO.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A apelação é recebida somente com EFEITO DEVOLUTIVO.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PODE O JUIZ JULGAR A MEDIDA CAUTELAR E O PROCESSO PRINCIPAL AO MESMO TEMPO? Os processos são apensados. E pode o processo cautelar ser encerrado junto com o processo principal. Nada impede que o juiz decida os dois, juntos.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O que não pode é sentenciar o cautelar DEPOIS da sentença proferida no principal. O processo cautelar pode durar ENQUANTO durar o processo principal. Ele pode, na mesma peça, fazer o relatório dos dois e julgar os dois. Se é UMA SENTENÇA, vamos propor UMA APELAÇÃO só. O que significa apenas um preparo. E a apelação pode insurgir-se contra a decisão do processo cautelar e do processo principal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A APELAÇÃO É RECEBIDA:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PEDIDO PRINCIPAL: No duplo efeito.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PEDIDO CAUTELAR</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Somente no efeito devolutivo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O efeito suspensivo impede a produção dos efeitos do que foi decidido. E se houver a concessão da tutela, será ela cumprida. Por isso não se aplica o efeito suspensivo no pedido cautelar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PROCEDIMENTO CAUTELAR COMUM - RESPONSABILIDADE OBJETIVA </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Trata da responsabilidade civil do REQUERENTE por prejuízos que causar ao requerido. Em que situações?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">I – SE A SENTENÇA NO PROCESSO PRINCIPAL LHE FOR DESFAVORÁVEL;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se no processo principal o juiz julgar improcedente o pedido, responde o requerente pelo prejuízos causados ao requerido.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É preciso o trânsito em julgado da sentença para que o requerido cobre esses prejuízos. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Porque o Tribunal pode reformar a sentença.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">II - SE, OBTIDA LIMINARMENTE A MEDIDA NO CASO DO ART. 804 DESTE CÓDIGO, NÃO PROMOVER A CITAÇÃO DO REQUERIDO DENTRO EM 5 DIAS;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">LIMINAR INAUDITA ALTERA PARS</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quando a medida cautelar foi concedida antes da citação. A parte deve recolher a diligência do Oficial de Justiça ou a taxa do correio, para a citação do requerido, dentro de 5 dias da medida.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">III - SE OCORRER A CESSAÇÃO DA EFICÁCIA DA MEDIDA, EM QUALQUER DOS CASOS PREVISTOS NO ART. 808, DESTE CÓDIGO: Refere-se ao prazo DECADENCIAL de 30 dias. Cessam os efeitos da ação principal E o requerente responde pelos danos causados.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">IV - SE O JUIZ ACOLHER, NO PROCEDIMENTO CAUTELAR, A ALEGAÇÃO DE DECADÊNCIA OU DE PRESCRIÇÃO DO DIREITO DO AUTOR.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No processo cautelar, se o juiz decretar PRESCRIÇÃO OU DECADÊNCIA.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Essa prescrição ou decadência é referente ao PEDIDO da AÇÃO PRINCIPAL, não da ação cautelar. Se a primeira prescreveu ou decaiu, a segunda, também. Se não tem mais o direito material do pedido principal, não tem mais o outro. Em qualquer caso que o juiz acolha a prescrição/decadência? Não.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A INDENIZAÇÃO SERÁ LIQUIDADA NOS AUTOS DO PROCEDIMENTO CAUTELAR.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA REPARAR O DANO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1. EXECUÇÃO DA MEDIDA CAUTELAR</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se não houve execução, não houve medida restritiva. Portanto, não há o que se falar em reparação de danos. Não basta o juiz deferir, mas haver a EXECUÇÃO.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2. ACONTECER UMA DAS HIPÓTESES DO ARTIGO 811.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">3. QUE O REQUERIDO TENHA EXPERIMENTADO DANO.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">4. O NEXO CAUSAL.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Experimentou danos POR CAUSA da execução da medida. A responsabilidade civil decorre da obrigação de danos causados a outrem. Se agiu com culpa (negligência, imperícia, imprudência). Se não tem obrigação de reparar (obrigação civil subjetiva).</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não se perquire se agiu com culpa. Não se perquire do elemento subjetivo da pessoa.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A responsabilidade de reparar os danos do artigo 811 é OBJETIVA.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O direito de pleitear a cautelar é garantido – o direito de ação é garantido constitucionalmente – mas com responsabilidade.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ARTIGO 16 – LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Responde por perdas e danos aquele que pleitear de má-fé como autor, réu ou interveniente.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A responsabilidade de reparar danos e a multa pela responsabilidade da litigância de má-fé podem ser cumulativos.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É POSSÍVEL PLEITEAR DANOS MORAIS?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sim. Mas deve ser provado. Fazer a prova e também comprovar o nexo causal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">COMO SERÁ COBRADA A INDENIZAÇÃO?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nos próprios autos do procedimento cautelar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- A PROVA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Já está no processo principal (art. 811).</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- OS DANOS E O NEXO DE CAUSALIDADE</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- UMA LIQUIDAÇÃO POR ARTIGOS, </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">para provar fatos novos: os danos causados pela execução da cautelar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ARRESTO </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1. CONCEITO - Medida de natureza jurídica cautelar tipificada pelo legislador, que visa garantir a obrigação de pagar. Consiste na apreensão de bens do devedor. ARRESTAR é bloquear, embargar, os bens do patrimônio do devedor.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">FINALIDADE: garantir a EXECUÇÃO por quantia certa. Para garantir o pagamento, o cumprimento da obrigação de pagar. A penhora ocorre na execução por quantia certa contra devedor solvente. É preventivo e provisório.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A arrecadação ocorre tanto na execução por quantia certa contra devedor solvente – ARRECADAÇÃO INDIVIDUAL – COMO NA COLETIVA, UNIVERSAL – NA FALÊNCIA.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No arresto, é determinado o bloqueio do bem por determinação judicial. Há a apreensão dos bens, e é nomeado um depositário, que pode ser o próprio devedor. Todas as 10 características das cautelares estão presentes, porque trata-se de uma medida cautelar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PREVENÇÃO: O arresto é preventivo, já que elimina os riscos de frustração. A medida definitiva que vai substituir o arresto é a PENHORA. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A penhora é uma EXECUÇÃO INDIVIDUAL.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se o devedor não paga, serão penhorados tantos bens quanto bastem para garantir o juízo. Mas se houverem bens arrestados, será a medida CONVERTIDA em penhora.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É chamada, também, de PRÉ-PENHORA OU PRÉ-ARRECADAÇÃO. Mas não se confunde com penhora ou arrecadação. É uma MEDIDA CAUTELAR de apreensão de bens para garantir o resultado útil do processo principal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A PENHORA É UM ATO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O ARRESTO É UMA MEDIDA CAUTELAR. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2. NATUREZA JURÍDICA DO ARRESTO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É uma medida de APREENSÃO DE BENS INDETERMINADOS DO DEVEDOR, para garantir a execução. Medida cautelar de natureza CONSTRITIVA – porque ingressa na esfera patrimonial do requerente.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PODE SER PROMOVIDO DE QUE MANEIRA?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A. AÇÃO CAUTELAR DE ARRESTO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">– preparatória ou incidental</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ARRESTO EXECUTIVO: O oficial de justiça, não encontrando o devedor, arrestar-lhe-á tantos bens quantos bastem para garantir a execução. É uma medida assecuratória, onde não se promove a ação cautelar de arresto. O oficial de justiça procura o devedor, não o encontra e arresta os bens. Pode ser determinado de ofício. O credor, na PI, já indica o bem a ser arrestado ou penhorado, juntando o documento.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">B. ARRESTOS ESPECIAIS: É possível a medida cautelar de arresto dentro do PROCESSO DE EXECUÇÃO. Tanto no PROCESSO DE CONHECIMENTO como no PROCESSO DE INVENTÁRIO, onde reserva-se uma parte dos bens para pagar os credores.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Também o ARRESTO DE NAVIO E AERONAVE. É uma medida que pode ser tomada desde que haja previsão na lei. É MEDIDA CAUTELAR.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">3. OBJETIVO - Garantir bens para possibilitar o cumprimento de sentença condenatória de obrigação de pagar ou a execução por quantia certa. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">SE FOR ENTREGA DE COISA NÃO É ARRESTO. Recai sobre bens INDETERMINADOS até o montante para a garantia da dívida. Quaisquer bens passíveis de penhora, pertencentes ao patrimônio do devedor, desde que não haja impedimento legal – salário, soldo, pensão, bem de família, os móveis que guarnecem a casa.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">BENS INDETERMINADOS - Quaisquer bens passíveis de penhora. O credor DEVE indicar qual bem será arrestado ou penhorado.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">APLICAM-SE AO ARRESTO AS DISPOSIÇÕES REFERENTES À PENHORA: Se o bem não pode ser penhorado, não pode ser arrestado.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A PENHORA PODE SER AUMENTADA OU DIMINUÍDA? Sim. Assim também o arresto. As mesmas regras da penhora aplicam-se ao arresto. Os alimentos não podem ser penhorados. Portanto, também não podem ser arrestados. Pelo princípio da dignidade humana.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">4. REQUISITOS: fumus boni iuris + periculum in mora, cumulativamente.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">I – FUMUS BONI IURIS </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A prova LITERAL de DÍVIDA LÍQUIDA E CERTA. Também a SENTENÇA CONDENATÓRIA, LÍQUIDA ou ILÍQUIDA, PENDENTE DE JULGAMENTO de recurso. Esta é uma exceção.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">REQUISITOS DO TÍTULO EXECUTIVO:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- exibibilidade</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- liquidez</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- certeza</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Exigibilidade: o momento em que se verifica o TERMO ou CONDIÇÃO. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">TERMO: É a data do vencimento (fato futuro e certo).</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CONDIÇÃO: SE: fato futuro e incerto.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se não há o requisito da exigibilidade, é possível promover o arresto ANTES do vencimento da dívida. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Efetivada a medida, o requerente tem 30 dias para promover a ação principal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A dívida vence em 05.05.08. Pode ser proposta a ação de execução antes do vencimento? Não. Somente no vencimento.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas a ação principal deve ser proposta 30 dias da efetivação da medida.cautelar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">COMO CONCILIAR?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não pode antecipar o vencimento. Portanto, o prazo de 30 dias para a propositura da ação principal começa DO VENCIMENTO DA DÍVIDA. Conta-se o prazo 30 dias após o vencimento.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">II – PERICULUM IN MORA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- impontualidade</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- insolvência </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- ausência</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O ARRESTO TEM LUGAR:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">I –Devedor SEM DOMICÍLIO CERTO. Intenta ausentar-se ou alienar os bens que possui. Exemplo: profissional de circo ou parque de diversões. Também a mora.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">II - DEVEDOR que TEM DOMICÍLIO:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A) se ausenta ou tenta ausentar-se furtivamente;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">B) caindo em insolvência, aliena ou tenta alienar bens que possui; contrai ou tenta contrair dívidas extraordinárias; põe ou tenta pôr os seus bens em nome de terceiros; ou comete outro qualquer artifício fraudulento, a fim de frustrar a execução ou lesar credores;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">III - quando o devedor, que possui bens de raiz, intenta aliená-los, hipotecá-los ou dá-los em anticrese, sem ficar com algum ou alguns, livres e desembargados, equivalentes às dívidas;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">IV - nos demais casos expressos em lei.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A insolvência do inciso b não precisa ser declarada judicialmente.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">DEVEDOR COM E SEM DOMICÍLIO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">COM DOMICÍLIO = </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">+ INSOLVENTE OU</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">+ FURTIVAMENTE</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">5. PROCEDIMENTO: comum cautelar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PROVA LITERAL DA DÍVIDA LÍQUIDA E CERTA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- impontualidade, insolvência , ausência.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PERICULUM IN MORA: Requerer ao juiz audiência de justificação prévia para a oitiva de testemunhas, se não tiver a prova documental.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">JUSTIFICATIVA PRÉVIA: Ocorre em segredo de justiça. Porque se a outra parte souber, colocará em perigo a providência.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ÓRGÃOS PÚBLICOS: Os órgãos públicos estão dispensados da justificativa prévia – eles não precisam justificar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CAUÇÃO: A justificativa prévia pode ser substituída por CAUÇÃO => CONTRACAUTELA.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Feito o arresto, qualquer pessoa pode ser nomeada depositária, inclusive o devedor.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É lavrado um auto, nomeando-se o depositário para a guarda dos bens. O arresto pode ser concedido liminarmente ou na sentença.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O indeferimento da medida não obsta a que a parte intente a ação, nem influi no julgamento desta, salvo se o juiz, no procedimento cautelar, acolher a alegação de decadência ou de prescrição do direito do autor. O indeferimento da medida pleiteada não faz COISA JULGADA a impedir o ajuizamento da ação principal, a não ser que o juiz declare PRESCRIÇÃO OU DECADÊNCIA. Mas isso é PARA TODAS AS AÇÕES CAUTELARES.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 818. Julgada procedente a ação principal, o arresto se resolve em penhora.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Este texto é um EQUÍVOCO. A penhora vai recair sobre os bens arrestados na EXECUÇÃO.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O juiz defere o arresto. MOMENTOS:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1º - o deferimento do arresto;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2º - o auto é lavrado:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- discriminação dos bens</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- nomeado o depositário.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO DO ARRESTO: Ficará suspensa a execução do arresto se o devedor:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">a - pagar</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">b - depositar a dívida em juízo</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">c - der fiador idôneo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Aqui, o arresto foi deferido, mas não serão os bens bloqueados. Os bens não foram arrestados.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O juiz deferiu a medida, mas uma das hipóteses aventadas (a, b ou c) ocorreu antes do auto.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CESSA O ARRESTO:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">I – pelo pagamento;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">II – pela novação (cc, art. 360);</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">III – pela transação (840 a 850);</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">IV – pela não propositura da ação principal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CAUÇÃO </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1. CONCEITO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Garantia do cumprimento de uma obrigação, que se efetiva com a apresentação de um fiador idôneo ou com o oferecimento de bens colocados à disposição do juízo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2. CLASSIFICAÇÃO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2.1. QUANTO À ORIGEM: (diz o porquê da caução)</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A) CAUÇÃO NEGOCIAL: A garantia que, por convenção, uma parte dá à outra do fiel cumprimento de um negócio jurídico. Exemplo: penhora, hipoteca, fiança.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">B) CAUÇÃO LEGAL: são as exigidas em lei. Pode-se apresentar, por exemplo, um imóvel como garantia ou fiança bancária, por exemplo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">DIFERENÇA ENTRE PENHOR E PENHORA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PENHOR: Os bens são EMPENHADOS.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Uma garantia real que incide sobre os móveis, que são dados em garantia de uma obrigação.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PENHORA: Os bens são PENHORADOS.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É um ato processual de constrição.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">C) CAUÇÃO PROCESSUAL: São as exigidas como garantia no processo. Qualquer processo:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- conhecimento</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- execução</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- cautela.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O fiador é FIADOR JUDICIAL.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CONTRACAUTELA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É determinada pelo juiz, para conceder a liminar pretendida pelo requerente, com o escopo de ressarcir danos que o requerido possa vir a sofrer com a concessão da medida. É garantia PARA O REQUERIDO, não para o requerente.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CAUÇÃO SUBSTITUTIVA: É a substitutiva da medida cautelar por caução</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CAUTELA EX OFFICIO: Consiste em determinar medidas assecuratórias de uma SITUAÇÃO DE PERIGO, como a caução.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Exemplo é o avião da TAM que caiu no Jabaquara. Fundamentado no poder geral de cautela do juiz.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CAUÇÃO NA ARREMATAÇÃO: Ação de execução. A arrematação pode ser paga à vista ou em 15 dias. Para o pagamento em 15 dias, é exigida a apresentação de caução. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CAUÇÃO PARA PROSSEGUIMENTO DE OBRA EMBARGADA: É ação de conhecimento (ação de nunciação de obra nova). </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O réu pede para prosseguir a obra. Para isso, presta caução: para garantir eventuais prejuízos causados ao autor. Aqui, é o réu quem oferece a caução.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CAUÇÃO PARA OBTENÇÃO DE LIMINAR NOS EMBARGOS DE TERCEIROS: É uma ação de conhecimento. Para que o autor seja manutenido na posse é preciso que preste a caução.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CAUÇÃO PARA POSSE DOS BENS DO AUSENTE: Promove-se a ação de declaração de ausência e presta-se caução. Porque se o ausente voltar, os herdeiros podem indenizar o ausente.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">RESUMO:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">QUANTO À ORIGEM</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- negócio</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- legal</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- processual</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2.2. QUANTO AO OBJETO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">São as FORMAS de prestação da caução:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- real ou fidejussória</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">REAL - Incide sobre bens:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- móveis</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- imóveis</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- semoventes</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">FIDEJUSSÓRIA: feita com garantia PESSOAL representada por FIANÇA.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se a LEI não determinar a espécie de caução, esta poderá ser prestada mediante depósito em dinheiro (é o depósito judicial), papéis de crédito, títulos da União ou dos Estados, pedras e metais preciosos, hipoteca, penhor e fiança.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A fiança é GARANTIA FIDEJUSSÓRIA.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">As demais são GARANTIA REAL.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PEDRAS OU METAIS PRECIOSOS: É difícil o JUIZ aceitar. O 827 exemplifica.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2.3. QUANTO À NATUREZA JURÍDICA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">NATUREZA SATISFATIVA: Se a prestação decorrer de exigência de DIREITO MATERIAL.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É medida satisfativa, já que a pretensão da parte é de simples segurança de negócio jurídico.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“O usufrutuário, antes de assumir o usufruto, inventariará, à sua custa, os bens que receber, determinando o estado em que se acham, e dará caução, fidejussória ou real, se lha exigir o dono, de velar-lhes pela conservação, e entregá-los findo o usufruto.” É a CAUÇÃO USUFRUTUÁRIA, direito material satisfativo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">NATUREZA CAUTELAR: Se a prestação for para GARANTIR A PRÁTICA DE UM ATO PROCESSUAL (para assegurar o resultado útil do pedido processual). Na prática, é rara a ação cautelar de caução em processo em andamento.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">3. QUEM PODE PRESTAR A CAUÇÃO?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- O INTERESSADO: São as partes. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- O TERCEIRO: Aquele que não se encontra vinculado à relação processual, mas presta caução a favor de uma das partes.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">IMPORTANTE: A caução FIDEJUSSÓRIA não pode ser prestada pela parte, mas sempre por um terceiro, que vai garantir o juízo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Na CAUÇÃO REAL os bens tem que ser indicados. Se de terceiro, este terceiro tem que anuir. Aí, os seus bens serão alcançados.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A CAUÇÃO FIDEJUSSÓRIA é a FIANÇA.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se a garantia é sobre o IMÓVEL, é HIPOTECA (garantia real). Não importa se o imóvel é da parte ou do terceiro. É preciso lavrar uma escritura.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">4. PROCEDIMENTO </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">QUEM PODE PRESTAR A CAUÇÃO?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">a) quem tem o DEVER DE PRESTÁ-LA.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">b) quem tem o DIREITO DE EXIGÍ-LA.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Deve-se observar o 282, SEMPRE.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Artigo 829: Determina que o requerente solicite a citação do requerido, indicando:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">a) o VALOR a caucionar;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">b) o MODO pelo qual a caução será prestada (real ou fidejussória);</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">c) a ESTIMATIVA dos bens (se real).</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A garantia deve ser total: TANTO POR TANTO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">d) a PROVA DA SUFICIÊNCIA da caução (quando real) ou da IDONEIDADE DO FIADOR (quando fidejussória).</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">IDONEIDADE DO FIADOR</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É a possibilidade de pagamento do fiador. Não basta ser honesto.Tem capacidade de pagar. Capacidade financeira, de honrar a dívida. É preciso que tenha patrimônio.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">AÇÃO DE DAR CAUÇÃO: Proposta pelo obrigado a caucionar Traz a LEGITIMIDADE ATIVA daquele que dá a caução.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Aquele que for obrigado a dar caução requererá a citação da pessoa a favor de quem tiver de ser prestada, indicando na petição inicial:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">a) citação para que o requerente ACEITE a caução ou apresente defesa em 5 dias.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">b) valor a ser caucionado;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">c) a estimativa dos bens (se real);</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">d) a prova da suficiência da caução (se real) ou da idoneidade do fiador (se fidejussória).</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">FIDEJUSSÓRIA: Juntam-se as certidões negativas mais a relação do patrimônio do fiador. Se empresário, verifica-se se a empresa deve.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CAUÇÃO DE DANO INFECTO: de natureza satisfativa, prevista no direito de vizinhança. Pode-se exigir do vizinho, se houver a possibilidade de causar dano. Ocorrer o dano, já está caucionado. É uma prevenção. O valor a ser caucionado haverá de ser o valor total da casa, com tudo dentro.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">AÇÃO DE EXIGIR CAUÇÃO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Da petição inicial há de constar:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">a) requerimento da citação da parte contrária;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">b) para que preste caução ou se defenda.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Há de constar qual será a CONSEQÜÊNCIA, se a outra parte não prestar a caução – qual a sanção prevista na lei ou no contrato.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ARTIGO 829 – NÃO HÁ SANÇÃO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">MAS NO 830, SIM. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Porque se a caução não for prestada, o juiz dirá qual será a sanção. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O procedimento é comum a ambas as hipóteses.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Citação para em 5 dias contestar ou excepcionar. Não cabe reconvenção. Somente as 3 exceções (suspeição, impedimento e competência) e a impugnação ao valor da causa, além da contestação.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PODE O citado:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- prestar a caução – art. 830;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- aceitar a caução – art. 829.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PROFERIMENTO IMEDIATO DA SENTENÇA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O juiz proferirá imediatamente a sentença:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">I - se o requerido não contestar;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">II - se a caução oferecida ou prestada for aceita;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">III - se a matéria for somente de direito ou, se de direito e de fato, já não houver necessidade de outra prova.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A sentença será proferida de imediato se:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- o requerido não contestar – aplicam-se os efeitos da REVELIA;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ou</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- se o requerido vier e prestar/aceitar a caução – é RECONHECIDO JURIDICAMENTE O PEDIDO.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se contestou e a matéria é só de direito ou de direito e de fato, já provado, ocorre o julgamento antecipado da lide. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se houverem provas a serem produzidas, o juiz agendará audiência de instrução e julgamento. Poderá, então, haver a prova testemunhal, pericial, etc.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ao final o juiz profere uma SENTENÇA.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É um processo AUTÔNOMO: tem começo, meio e fim.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pode ser julgado sem a resolução do mérito. Se for julgado com a resolução do mérito, haverá a pronúncia pela procedência ou improcedência do pedido.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Julgando procedente o pedido, o juiz determinará a caução e assinará o prazo em que deve ser prestada, cumprindo-se as diligências que forem determinadas.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quando procedente o pedido, a sentença terá:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">os requisitos da sentença, + o valor a caucionar (o valor da garantia), + a espécie de caução que será prestada (real ou fidejussória), + as providências para que a caução se aperfeiçoe (o que é preciso: se carta de hipoteca, etc.), + o prazo em que será feita a caução. Esses requisitos são obrigatórios, seja a ação de dar caução ou de exigir caução.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Proferida a sentença, se não for cumprida (a caução não for prestada):</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">a) NÃO PRESTADA A CAUÇÃO, QUANDO O REQUERENTE É O DEVEDOR DA CAUÇÃO: resta superada – este dispositivo perde a eficácia se o requerente já prestou a caução com a petição inicial – não há conseqüências dentro do processo. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">b) NÃO PRESTADA A CAUÇÃO, QUANDO O REQUERITO É O DEVEDOR DA CAUÇAO: a aplicação de sanção contra o requerido – a sanção mencionada na petição inicial.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Neste procedimento podem haver DUAS SENTENÇAS: A primeira julgara pela procedência ou não do pedido. Se a sentença for descumprida, o juiz proferirá outra sentença, em que declarará pela exigência da sanção, no caso do artigo 830.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">RECURSO: Apelação. Apenas com efeito devolutivo, sem efeito suspensivo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pode ser que a garantia, com o tempo, reste defasada e seja necessário um reforço de caução.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O REFORÇO DE CAUÇÃO É UMA AÇÃO INCIDENTAL, distribuída por dependência, com PETIÇÃO INICIAL, em que serão indicados os requisitos exigidos pelos artigos 282 e 837:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">a) justificação do pedido – CAUSA DE PEDIR</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">b) a depreciação do bem dado em garantia</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">c) a importância do reforço que pretende obter.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Observa o mesmo procedimento dos artigos 831 a 833.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se não for realizado o reforço de caução, entende-se que o autor desistiu da ação (se ao autor cabia oferece-la).</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se é o autor quem deve prestar a caução e não o faz o reforço, entende-se que desistiu.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">QUAL O RECURSO EM QUE É PRECISO PRESTAR CAUÇÃO? O recurso ordinário e o Recurso de Revista, no processo do trabalho, exigem caução. Além das custas, além da GARE, a reclamada é obrigada a prestar caução.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">DIFERENÇA ENTRE PENHOR E PENHORA </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PENHOR: Os bens são EMPENHADOS. Uma garantia real que incide sobre os móveis, que são dados em garantia de uma obrigação.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PENHORA: Os bens são PENHORADOS. É um ato processual de constrição.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">DINÂMICA DO SEQUESTRO </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Presta-se a qualquer processo, não apenas para o seqüestro.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1. PRIMEIRO PASSO: A petição inicial é distribuída.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2. SEGUNDO PASSO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2.1. indeferimento. Cabe apelação (a decisão que indefere a PI é SEMPRE uma sentença. Cabe, sempre, apelação).</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2.2. determinação da emenda</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2.2.1. omissão → extinção do processo</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2.2.2. emenda</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2.3. DEFERIMENTO DA LIMINAR</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2.3.1. cumprimento da liminar e citação do réu → instrução (meio) → sentença (fim)</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2.4. DESIGNAÇÃO DA AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2.4.1. deferimento da liminar e citação do réu → instrução (meio) → sentença (fim)</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2.4.2. indeferimento da liminar → Agravo de Instrumento (com efeito ativo)</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">SEQÜESTRO </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1. CONCEITO: é a medida cautelar nominada, tipificada pelo legislador, que visa garantir a eficácia de FUTURA EXECUÇÃO, para entrega de coisa certa e que consiste na apreensão de um bem determinado. Sujeita-se às dez características do processo cautelar:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1. AUTONOMIA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2. ACESSORIEDADE</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">3. INSTRUMENTALIDADE</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">4. PREVENTIVIDADE</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">5. URGÊNCIA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">6. SUMARIEDADE DA COGNIÇÃO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">7. PROVISORIEDADE</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">8. REVOGABILIDADE</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">9. INEXISTÊNCIA DE COISA JULGADA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">10. FUNGIBILIDADE</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Chamamos a atenção para duas delas:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PREVENÇÃO: É preventivo, já que elimina os riscos de frustração da futura execução para a ENTREGA DE COISA CERTA ou o cumprimento de sentença executiva.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PROVISORIEDADE: Garante o não perecimento de determinado bem litigioso, até que se inicie a execução para a entrega de coisa certa ou até que se cumpra a sentença executiva.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pode durar enquanto durar o processo principal ou apenas 30 dias – quando cessados os efeitos do processo cautelar preparatório, se não ingressar a parte com o processo principal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">DIFERENÇAS ENTRE ARRESTO E SEQUESTRO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1ª DIFERENÇA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ARRESTO: Objetiva BENS INDETERMINADOS (quaisquer bens do devedor passíveis de penhora) para garantir o pagamento da dívida.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">SEQUESTRO: </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Objetiva BEM DETERMINADO. É o bem que está sendo ou será disputado entre as partes na demanda principal. É o caso dos bens objeto da partilha, em separação judicial. É o bem sobre o que está sendo discutido o direito na ação principal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- separação</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- inventário</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- petição de herança</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- ação de divórcio</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- ação de anulação de casamento</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- usucapião</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- possessória</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- depósito</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- reivindicatória</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- imissão de posse</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O conceito é diferente. Diferenciam-se com relação ao OBJETO.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2ª DIFERENÇA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O arresto vai garantir a obrigação de pagar. Porque estamos diante de ação POR QUANTIA CERTA. O seqüestro, por sua vez, alcança COISA INFUNGÍVEL.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O seqüestro é MEDIDA DE SEGURANÇA, é uma MEDIDA CONSTRITIVA. A REQUERIMENTO DA PARTE: É preciso promover a ação cautelar de seqüestro para pleitear a medida cautelar de seqüestro.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">OBJETIVO: Apreender objeto litigioso para garantir eficácia da futura execução para entrega de coisa certa ou o cumprimento de sentença executiva.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">EM QUE MOMENTO O BEM TORNA-SE LITIGIOSO? COM A CITAÇÃO VÁLIDA.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Como pode-se seqüestrar antes da citação do réu, o bem pode ser PRÉ-LITIGIOSO.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pode ser preparatória ou incidental de uma ação de conhecimento ou de execução.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">REQUISITOS:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1. FUMUS BONI IURIS</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No arresto, o f.b.i. é a prova da dívida líquida e certa. Aqui, o f.b.i. é a DISPUTA de POSSE ou da PROPRIEDADE sobre determinado bem.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se já há ação principal em andamento, deve ser citada. Caso contrário, deve ser mencionada a ação que será proposta.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PROPRIEDADE: Bens imóveis, imóveis ou semoventes. São bens determinados. Também dos frutos e rendimentos do imóvel reivindicando.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não comporta seqüestro DE PESSOAS. Seqüestrar é colocar em constrição judicial.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É POSSÍVEL CAUTELAR DE PESSOAS?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sim. De menor ou incapaz. Jamais de maior capaz. A medida cautelar de seqüestro pode ser determinada, também, nos demais casos determinados em lei.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 919 – caso determinado dentro da ação de prestação de contas. Nesta ação, não vai ser proposta ação cautelar para isso.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A ação de separação e divórcio pode ter em apenso várias ações cautelares:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- separação de corpos, seqüestro, alimentos provisionais, etc.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É possível haver uma ação cautelar só, cumulando todas? Não. São diferentes, com requisitos, características e procedimentos diferentes.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Caso determinado dentro da ação de inventário:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Dentro do inventário, o juiz pode determinar o ARRESTO de bens e o SEQUESTRO de bens. O ARRESTO, para garantir o pagamento de dívidas – obrigação de pagar. O SEQUESTRO, para garantir a partilha.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2. PERICULUM IN MORA: É a demonstração da situação de perigo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Prova da necessidade urgente de se evitar o desaparecimento ou a danificação do bem, sob pena de se tornar ineficaz futura execução.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quando os bens móveis, imóveis ou semoventes correm o risco de serem: dissipados, danificados ou dilapidados.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em havendo fundado receio de rixas.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Portanto, não é somente a coisa, mas também entre as pessoas que a coisa aproxima. O perigo incide sobre a coisa ou as pessoas que disputam a posse ou propriedade da coisa.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PROCEDIMENTO: Aplicam-se as normas atinentes ao ARRESTO, no que couber. Na ação de arresto também aplicamos as normas do procedimento cautelar comum. Portanto, também aplica-se</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- inaudita altera pars e</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- audiência de justificação prévia? Sim. Também de plano? Sim.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">LEGITIMIDADE: A ação cautelar de arresto somente pode ser proposta pelo autor, se preparatória, ou pelo autor ou réu, se incidental.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No seqüestro, a posse pode estar com o autor ou o réu da ação principal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PETIÇÃO INICIAL</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Exige prova documental.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">JUSTIFICAÇÃO PRÉVIA: O juiz concederá o arresto independentemente de justificação prévia:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">I - quando for requerido pela União, Estado ou Município, nos casos previstos em lei;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">II - se o credor prestar caução.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">DEPOSITÁRIO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Incumbe ao juiz nomear o depositário dos bens seqüestrados. A escolha poderá, todavia, recair:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">I - em pessoa indicada, de comum acordo, pelas partes; II - em uma das partes, desde que ofereça maiores garantias e preste caução idônea.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É lavrado um auto e termo de compromisso de depositário.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">AUTO E TERMO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">AUTO: É lavrado fora do prédio do fórum.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">TERMO: O teor é o mesmo. A diferença é o local onde é lavrado.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A entrega dos bens ao depositário far-se-á logo depois que este assinar o compromisso. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se houver resistência, o depositário solicitará ao juiz a requisição de força policial.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Gera uma sentença auto-exeqüível, com imediata expedição de mandado.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">RECURSO: Apelação, SEM EFEITO SUSPENSIVO.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CONTRACAUTELA </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É a caução requerida pelo requerente na medida cautelar. Medida que assegura que serão ressarcidos os eventuais prejuízos decorrentes da medida cautelar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É UMA OUTRA MEDIDA CAUTELAR.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Exemplo: CAUÇÃO.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pode a contracautela ser determinada:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- de ofício ou pleiteada pelo requerido</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É uma medida cautelar, também, porque é uma medida assecuratória para garantir os prejuízos eventualmente causados ao requerido.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Na própria CONTESTAÇÃO pode o requerido pedir. Ou em uma simples PETIÇÃO.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">BUSCA E APREENSÃO </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1. CONCEITO: Compreende dois atos: buscar e apreender.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2. OBJETIVO: Buscar e apreender coisas ou pessoas por decisão judicial.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">3. ESPÉCIES</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">REAL. objeto: coisas móveis e semoventes </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PESSOAL. objeto: pessoas. Somente menores ou inimputáveis. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No arresto buscamos bens, que são procurados e apreendidos. No seqüestro, também há a busca e apreensão. Nos dois casos, há a busca. Se encontrados, apreende-se e deposita-se. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">DIFERENÇA: OBJETO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ARRESTO: O que se busca encontrar, apreender e depositar pretende GARANTIR UMA DÍVIDA. São bens indeterminados, ainda que possam ser apontados pelo credor.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">SEQUESTRO: O bem buscado é objeto de DISCUSSÃO ENTRE AS PARTES, acerca de sua posse ou propriedade. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">BUSCA E APREENSÃO: De aplicação subsidiária. Em não sendo arresto ou seqüestro, cabe a busca e apreensão. Presta-se a GARANTIR A PROVA no processo principal, se for objeto. Se a busca for de pessoas ou documentos, a ação necessariamente será de busca e apreensão. As coisas MÓVEIS E SEMOVENTES podem ser objeto apenas de busca e apreensão. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">4. NATUREZA JURÍDICA: A AÇÃO de busca e apreensão pode ter natureza CAUTELAR (quando for acessória de outra ação) ou PRINCIPAL (quando envolve, por exemplo, alienação fiduciária).</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Como ação de conhecimento não comporta liminar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A MEDIDA pode ter NATUREZA CAUTELAR ou SATISFATIVA. Quando cautelar, existe para garantir o resultado útil do processo principal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">REQUISITOS E EFEITOS DA SENTENÇA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Na ação que tenha por OBJETO A ENTREGA DE COISA, o juiz, ao conceder a tutela específica, fixará o prazo para o cumprimento da obrigação. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tratando-se de entrega de coisa determinada pelo gênero e quantidade, o credor a individualizará na petição inicial, se lhe couber a escolha; cabendo ao devedor escolher, este a entregará individualizada, no prazo fixado pelo juiz. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">NÃO CUMPRIDA A OBRIGAÇÃO NO PRAZO ESTABELECIDO, expedir-se-á em favor do credor mandado de busca e apreensão ou de imissão na posse, conforme se tratar de coisa móvel ou imóvel. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O artigo 461-A dispõe sobre a BUSCA E APREENSÃO DE NATUREZA SATISFATIVA: PARA O CUMPRIMENTO DA SENTENÇA, e não da busca e apreensão de natureza cautelar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Existe, também, ação de busca e apreensão para alienação fiduciária – art. 3º do DL 911/69. É AÇÃO DE CONHECIMENTO. Comporta tutela antecipada.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">BUSCA E APREENSÃO DE NATUREZA CAUTELAR</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A busca e apreensão de natureza cautelar deve preencher os requisitos da ação cautelar – o periculum in mora e o fumus boni iuris.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O pai tem o direito de ver a criança. Fica com a criança e não devolve. A mãe pode promover uma ação de busca e apreensão. Não por causa de uma situação de perigo, mas porque tem ela a guarda da criança. Promove o PROCEDIMENTO CAUTELAR, também. Conquanto a medida tenha NATUREZA SATISFATIVA, é permitido entrar com AÇÃO CAUTELAR. Se satisfativa, não há a necessidade de ação principal. Esse procedimento passou a ser adotado nas Varas de Família. E não há necessidade de ação principal. Mas poderia.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por exemplo, em uma ação de conhecimento para modificação da guarda da criança.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O que não impede que entre com uma ação de conhecimento com antecipação de tutela.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A medida é satisfativa porque a mãe tem o direito à guarda da criança.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A ação de busca e apreensão pode ser, portanto DE NATUREZA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- SATISFATIVA E</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- CAUTELAR.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Uma busca e apreensão que tenha por OBJETO CDs piratas. Porque? Porque produz PROVA para o processo principal. Qual seria o processo principal?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ação de obrigação de não fazer com preceito cominatório = não faça mais, sob pena de pagar uma multa diária. E a multa tem que ser de tal sorte a desestimular a prática. Busca-se o objeto para produzir a prova para a ação principal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">5. PROCEDIMENTO DA BUSCA E APREENSÃO: COMUM cautelar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Petição inicial: deve indicar, com precisão, a COISA ou PESSOA, o local onde possa ser encontrada e o destino (para onde será levada).</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É lícito ao juiz conceder liminarmente ou após justificação prévia a medida cautelar, sem ouvir o réu, quando verificar que este, sendo citado, poderá torná-la ineficaz; caso em que poderá determinar que o requerente preste caução real ou fidejussória de ressarcir os danos que o requerido possa vir a sofrer.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Admite a concessão da liminar INAUDITA ALTERA PARS.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pode o juiz exigir a CONTRACAUTELA? Sim. Em geral, na área da família, não.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Admite a AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO PRÉVIA? Sim.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Admite o SEGREDO DE JUSTIÇA até a citação da outra parte? Sim.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O elemento surpresa é muito importante para o cumprimento da medida. Não só desta ação, mas das outras ações cautelares, também.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É UMA MEDIDA DE FORÇA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Portanto, há algumas formalidades que devem ser observadas. O juiz concede a medida liminarmente ou na sentença manda expedir o mandado. O mandado deve conter os elementos do art. 840:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- onde</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- para onde</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- descrição da coisa ou pessoa</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- assinatura do juiz (é uma formalidade que deve ser observada). O juiz não assina os demais mandados.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O mandado será cumprido por 2 OFICIAIS DE JUSTIÇA. No local, na frente de 2 TESTEMUNHAS, um deles lerá o mandado em voz alta. Se houver resistência, os oficiais têm o poder de arrombamento. Podem fazer-se acompanhar de FORÇA POLICIAL. Podem solicitar a presença de um chaveiro para abrir uma porta.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ARROMBAMENTO: os atos processuais serão praticados das 6 às 22 horas.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CF, 5º, XI: “a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o DIA, por DETERMINAÇÃO JUDICIAL”.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os oficiais de justiça estão com a determinação judicial, mas só podem ARROMBAR a casa DURANTE O DIA. Ou seja, COM A LUZ DO DIA. À noite, somente se estiver sendo praticado um delito.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E A SITUAÇÃO DE PERIGO? O oficial de justiça pode guardar as saídas à noite. Mas se a entrada não for obstada, não há problema: pode entrar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O requerente pode acompanhar a diligência? Sim. O advogado, DEVE.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">MARCAS E PATENTES: Far-se-ão acompanhar de DOIS PERITOS, se tratar-se de MARCAS E PATENTES ou DIREITOS AUTORAIS. Para um exame superficial. BUSCA, ENCONTRA-SE. Mas se os peritos entenderem que não há violação, não apreende-se. Basta que um dos dois entenda que há violação para haver a apreensão. A busca e apreensão para a COLHEITA DE PROVA é MEDIDA CAUTELAR. Após, os oficiais de justiça farão um AUTO CIRCUNSTANCIADO de tudo o que aconteceu, inclusive apontando o depositário. Ao final, todos os presentes o assinam.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO CAUTELAR</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ex.de cautelar: 1)pais que se separam, o filho fica com a mãe que casa-se novamente. O padrasto bate no enteado. O pai deve dirigir-se a um advogado que deverá propor ação de busca e apreensão para que o pai possa ficar com a guarda do filho. A ação principal é ação de conhecimento para modificação da guarda. É necessária a ação de busca e apreensão porque o pai somente tem direito de visita. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2)satisfativa - pai que leva o filho para passear e não devolve, quem tem a guarda pode promover ação de busca e apreensão.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A natureza cautelar é para garantir uma outra providencia, já a natureza satisfativa é para garantir o direito. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 461-A: natureza satisfativa (cumprimento de sentença). Obrigação de entregar coisa certa. Se não entregar cabe ação de busca e apreensão se for coisa móvel e ação de imissão na posse se for coisa imóvel. Na sentença o juiz fixa o prazo de entrega.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">5) Pressupostos: não foi estabelecida circunstância própria para a busca e apreensão, então “fumus boni iuris” é a probabilidade ou possibilidade de existência do direito invocado pelo requerente. E o “periculum in mora” é a probabilidade de ocorrência do dano irreparável ou de difícil reparação.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">6) Procedimento: comum cautelar. Petição inicial: é preciso identificar a coisa ou pessoa que se quer apreender; o local onde será encontrada e o local para onde será levada.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A busca e apreensão pode ser concedida liminarmente.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O mandado da busca e apreensão deve ser assinado pelo juiz, já no arresto e seqüestro quem assina é o escrivão. Nestes o mandado é cumprido por 1 oficial de justiça e na busca e apreensão é cumprido por 2 oficiais. Esses requisitos são formais e se não cumpridos é causa de nulidade, mas a parte que invocar a nulidade deve dizer qual o prejuízo que lhe causou. Além do mandado ser cumprido por 2 oficiais devem ter 2 testemunhas, que não podem ser o requerente e o seu advogado. No local o mandado deve ser lido em voz alta. Se a pessoa não abrir a porta os oficiais podem arrombá-la para buscar, apreender e depositar. Se o objeto for em razão de direitos autorais e conexos, 2 peritos terão que acompanhar os oficiais para fazer um exame prévio para verificar se é ou não caso de busca e apreensão.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">OBJETIVO: Dessapossamento da coisa ou da pessoa que se encontra na esfera patrimonial ou de poder do requerido, qualificando-se como espécie residual.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">OBJETO: Coisas ou pessoas, incidindo exclusivamente em relação a incapazes.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">EXIBIÇÃO </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1. CONCEITO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“Exibir é trazer a público, submeter à faculdade de ver e tocar. tirar a coisa do segredo em que se encontra, em mãos do possuidor”. É o direito de ver, face a obrigação de mostrar. O requerente além de ver pode tirar cópias, fotografar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2. FINALIDADE</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">– constituição de prova</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">– asseguração de prova.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Exercício do direito de fiscalização ou conhecimento de objeto em poder de terceiros.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">3. A EXIBIÇÃO E O CPC</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A exibição comparece no CPC em dois momentos:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">a) PROCESSO CAUTELAR</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">b) FASE PROBATÓRIA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">FASE PROBATÓRIA: A parte quer produzir uma prova documental, mas o documento está com a outra parte ou terceiro.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PROCESSO CAUTELAR: As ações cautelares podem ser preparatórias ou incidentais. A modalidade de CAUTELAR DE EXIBIÇÃO SÓ ADMITE O MODO DE AÇÃO PREPARATÓRIA. Se o processo principal já está em andamento, promove-se o incidente probatório. O juiz também pode determinar, de ofício, a exibição da escrituração comercial.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ação exibitória contra terceiros – arts. 360 a 362</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">DE OFÍCIO– O juiz, de ofício, pode determinar a exibição da coisa ou documento.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">4. TIPOS DE EXIBIÇÃO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Segundo o professor VICENTE GRECO FILHO, temos TRÊS TIPOS DE EXIBIÇÃO:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">a) EXIBIÇÃO COMO OBJETO DE AÇÃO PRINCIPAL AUTÔNOMA: o autor tem o direito de ver. O procedimento se exaure em ver.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">b) EXIBIÇÃO CAUTELAR PREPARATÓRIA: Está preparando uma prova para o processo principal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">c) EXIBIÇÃO INCIDENTAL PROBATÓRIA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quais são os meios de prova? oral, documental e pericial. Para cada espécie de prova pode ser que tenhamos uma espécie cautelar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVAS inclui a prova ORAL E PERICIAL. A DOCUMENTAL é garantida pela AÇÃO CAUTELAR DE EXIBIÇÃO.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A ação de busca e apreensão presta-se a assegurar a garantia:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- de pessoas,</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- de coisas,</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- de semoventes.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Assim, pode garantir a prova, também.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A ação de exibição cautelar presta-se a assegurar as provas.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">4. AÇÃO DE EXIBIÇÃO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">QUANDO PROMOVER A AÇÃO DE EXIBIÇÃO E QUANDO PROMOVER O HABEAS DATA? A ação de exibição presta-se ao conhecimento ou fiscalização de determinada coisa ou documento.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A AÇÃO DE EXIBIÇÃO pode ser proposta CONTRA QUALQUER PESSOA, de direito público ou privado, pessoa física ou pessoa jurídica, ou ainda as pessoas formais. Mas que ela tenha a OBRIGAÇÃO de mostrar documento próprio ou comum às duas partes. Direito de ver. Direito de exigir a obrigação em juízo. A outra parte, a obrigação de mostrar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No HABEAS DATA, não. É proposto contra um órgão público ou uma entidade que tenha uma atividade pública, como a Serasa e o SPC. No HD, além de ver, pode-se contestar, prestar esclarecimentos, se manifestar sobre os dados constantes no arquivo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Na exibição, é só VER e REPRODUZIR. Não pode contestar, acrescentar, esclarecer, o que no HD, pode.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">QUE AÇÕES PODEM ENSEJAR A PRETENSÃO À EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- AÇÃO AUTÔNOMA DE EXIBIÇÃO: De natureza satisfativa. Se exaure em ver. Nada mais.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- AÇÃO CAUTELAR DE EXIBIÇÃO: A finalidade é produzir ou assegurar uma prova.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- AÇÃO INCIDENTAL DE EXIBIÇÃO: Em processo que está em andamento. Não é cautelar. Cautelar de exibição só é possível na modalidade preparatória.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">REQUISITOS: A exibição pode ser de:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- coisa</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- documento</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- escrituração comercial.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tem lugar, como PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO, a exibição judicial:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">I - coisa móvel em posse do requerido ou terceiro e requerente tem interesse jurídico em conhecer.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Na ação de exibição quem está na posse da coisa é a parte contrária.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">COISA: A coisa deve ser MÓVEL.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Alguns autores defendem que pode ser objeto desta ação a exibição de coisa imóvel.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas a professora não recomenda, porque o juiz pode indeferir, com fundamento no artigo 844, I. LOCAÇÃO: O proprietário tem o direito de ver o imóvel. Se o inquilino não deixar, qual ação promover? AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER Obrigação de MOSTRAR, como ação principal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">II - De documento PRÓPRIO OU COMUM às duas partes, na posse do requerido ou terceiro juridicamente interessado. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O rol do inciso II é exemplificativo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pode ser proposta em face do banco para exibir os dados no extrato ou cópia do contrato de adesão. Também para as companhias telefônicas, para que exibam a conta detalhada. Todos os profissionais da área médica são obrigados a guardar o prontuário dos pacientes. E são obrigados a exibir os documentos.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">III - O sócio pode promover a ação de natureza satisfativa. Mas também pode promover ação cautelar preparatória da ação principal de prestação de contas. Assim, também o condômino, em face do síndico. Os sócios têm o direito de ver a escrituração comercial. O conselho fiscal também tem o direito de ver a escrituração comercial.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PROCEDIMENTO: Observa-se o procedimento previsto no incidente probatório.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">NÃO ADMITE LIMINAR E NÃO SEGUE O PROCEDIMENTO CAUTELAR. Porque o procedimento é o do incidente probatório.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Alguns autores dizem que é possível cumular o pedido de exibição com o pedido de busca e apreensão. Mas aí é preciso demonstrar o periculum in mora. Senão, não será possível.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">NÃO SE SUJEITA AO PRAZO EXTINTIVO DE 30 DIAS.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se viu, não tem como voltar atrás. Não tem caráter constritivo, como na busca e apreensão.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se na busca e apreensão não for promovida a ação principal no prazo de 30 dias, volta-se ao status quo ante: devolve-se. Também para ver, pode o requerente constatar a desnecessidade de propositura da ação principal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No exemplo do hospital, se ele não exibir, presume-se que é verdade o que se pretende provar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O JUIZ PODE ORDENAR que a parte exiba documento ou coisa, que se ache em seu poder.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O PEDIDO formulado pela parte CONTERÁ:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">I - a INDIVIDUAÇÃO, tão completa quanto possível, do documento ou da coisa;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">II - a FINALIDADE da prova, indicando os fatos que se relacionam com o documento ou a coisa;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">III - as CIRCUNSTÂNCIAS em que se funda o requerente para afirmar que o documento ou a coisa existe e se acha em poder da parte contrária.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Qual a prova que se quer produzir. O QUÊ E PARA QUÊ. O que leva o requerente a concluir que o documento ou coisa está na posse do requerido ou terceiro.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O requerido dará a sua RESPOSTA nos 5 DIAS subseqüentes à sua intimação. Se afirmar que não possui o documento ou a coisa, o juiz permitirá que o requerente prove, por qualquer meio, que a declaração não corresponde à verdade.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O requerido será CITADO para responder no prazo de 5 dias. Poderá contestar, impugnar o valor atribuído à causa ou apresentar as três exceções. Não é possível reconvir.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“requerer a citação do requerido para responder no prazo de 5 dias”: NÃO SE APLICA O 357, MAS O 802.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- se exibir: reconhecimento jurídico do pedido</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- não vir: efeitos da revelia.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- contestar </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por exemplo, se afirmar que a posse não está com ele. O juiz não aceitará, se o requerido tinha a OBRIGAÇÃO LEGAL DE EXIBIR, se o documento for COMUM À AMBAS AS PARTES ou, ainda, se o requerido ALUDIU ao documento ou à coisa, anteriormente, para produzir prova.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">INTIMAÇÃO-Apenas no incidente probatório, porque o réu já foi citado.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se exibir é reconhecimento jurídico do pedido, no caso de o requerido não responder configura-se a revelia.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se o requerido afirmar que não está com o documento ou coisa, quem prova é o requerente. Porque o ônus da prova é do requerente. Mas depende da natureza da relação.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O hospital e o dentista, por exemplo, tem a obrigação legal de exibir. Também se o requerido já se reportou ao documento. Se o documento for comum às partes.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">AO DECIDIR O PEDIDO, O JUIZ ADMITIRÁ COMO VERDADEIROS OS FATOS QUE, POR MEIO DO DOCUMENTO OU DA COISA, A PARTE PRETENDIA PROVAR:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">I - se o requerido NÃO EFETUAR A EXIBIÇÃO, nem fizer qualquer declaração no prazo do art. 357;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">II - se a RECUSA for havida por ILEGÍTIMA.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se o documento tiver sido destruído por inundação, incêndio ou desabamento, a recusa é legítima.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os advogados devem manter sigilo de provas contra o cliente. Portanto, podem recusar-se a exibir o documento.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Às vezes, pode ser mais interessante não mostrar, e sofrer as conseqüências no cível, para não sofrer as conseqüências no âmbito penal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A parte e o terceiro se escusam de exibir, em juízo, o documento ou a coisa: </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">I - se concernente a NEGÓCIOS da PRÓPRIA VIDA DA FAMÍLIA: Esta escusa só prevalece com relação a terceiros e não à família.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">II - se a sua apresentação puder violar DEVER DE HONRA: </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">III - se a publicidade do documento redundar em DESONRA à parte ou ao terceiro, bem como a seus parentes consangüíneos ou afins até o terceiro grau; ou lhes representar PERIGO DE AÇÃO PENAL. Ninguém é obrigado a fazer prova contra si mesmo. O direito ao silêncio.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">IV - se a exibição acarretar a divulgação de fatos, a cujo respeito, por ESTADO OU PROFISSÃO, DEVAM GUARDAR SEGREDO. É o caso dos advogados. Na relação cliente-advogado há o sigilo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">V - se subsistirem OUTROS MOTIVOS GRAVES que, segundo o prudente arbítrio do juiz, justifiquem a recusa da exibição. Nós estamos diante do direito de ver e obrigação de mostrar. Quem decide é o juiz. Mas ele não vai se pronunciar sobre o documento, mas somente sobre o DIREITO de ver e a OBRIGAÇÃO de mostrar. A prova só será valorada no processo em que for mostrada.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A parte contrária foi citada. Pode vir, não vir, se defender. Depois, o juiz pode ouvir as partes e testemunhas. A final, julgará procedente ou improcedente o pedido de exibição. Se procedente, o requerido estará OBRIGADO a exibir o documento ou a coisa. Estamos diante de uma obrigação de fazer.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">SE O REQUERIDO NÃO EXIBIR, QUAL A CONSEQÜÊNCIA? </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- a veracidade dos fatos que se queria provar – art. 359.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ESTE ARTIGO 359 TEM APLICAÇÃO AO PROCEDIMENTO CAUTELAR?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O STJ tem entendido que não, PORQUE NÃO HÁ UM PROCESSO PRINCIPAL EM ANDAMENTO para se aplicar a presunção de veracidade.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">QUAL A SOLUÇÃO? Estamos diante de uma ação preparatória de exibição.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">QUAL A SANÇÃO A SER APLICADA?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">MULTA: Se ele não exibir? Vai alcançar o efeito prático?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">BUSCA E APREENSÃO: A busca e apreensão parece a medida mais prática para alcançar o resultado. O juiz concede 5 dias para exibir. Se não exigir, o juiz determina a busca e apreensão. A intenção não é tirar a posse do requerido. Pode se juntar aos autos, temporariamente.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A ação de busca e apreensão é residual. O objetivo é apenas ver. Sem prejuízo do crime de desobediência.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O juiz pode ordenar, a requerimento da parte, A EXIBIÇÃO INTEGRAL dos livros comerciais e dos documentos:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">I - na LIQUIDAÇÃO de sociedade;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">II - na SUCESSÃO por morte de sócio;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">III - QUANDO E COMO DETERMINAR A LEI.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O juiz pode, DE OFÍCIO, ordenar à parte a EXIBIÇÃO PARCIAL dos livros e documentos, extraindo-se deles a suma que interessar ao litígio, bem como reproduções autenticadas.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">AÇÃO INCIDENTAL DE EXIBIÇÃO PROPOSTA EM FACE DE TERCEIROS</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">NÃO É AÇÃO CAUTELAR. Vai observar o procedimento dos artigos 360, 361 e 362.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Petição inicial – O terceiro é citado para responder no prazo de DEZ DIAS.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PODEMOS AJUIZAR AÇÃO CAUTELAR DE EXIBIÇÃO EM FACE DE TERCEIRO?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Foi proposta uma ação de prestação de contas por um sócio em face do outro, mas os documentos da empresa estavam com o contador. É possível promover a ação de exibição em face do escritório? Se a posse está com terceiro, tem que ser promovida a ação em face de terceiro. A incidental pode. Porque a cautelar não pode? É só para ver. Pode, sim, promover a ação cautelar em face de terceiro. Como a ação principal ainda não foi proposta, nem terceiro ele é.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Na ação CAUTELAR PREPARATÓRIA, o procedimento é o mesmo, e o prazo para responder é de cinco dias.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">DEZ DIAS somente no caso do terceiro na AÇÃO INCIDENTAL.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se o terceiro NEGAR a obrigação de exibir, ou a posse do documento ou da coisa, o juiz designará AUDIÊNCIA ESPECIAL, tomando-lhe o depoimento, bem como o das partes e, se necessário, de testemunhas; em seguida proferirá a sentença.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se o terceiro, SEM JUSTO MOTIVO, SE RECUSAR a efetuar a exibição, o juiz lhe ordenará que proceda ao respectivo DEPÓSITO em cartório ou noutro lugar designado, no prazo de 5 DIAS, impondo ao requerente que o embolse das despesas que tiver; se o terceiro DESCUMPRIR a ordem, o juiz expedirá MANDADO DE APREENSÃO, requisitando, se necessário, FORÇA POLICIAL, tudo sem prejuízo da responsabilidade por CRIME DE DESOBEDIÊNCIA.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Na não exibição, segue-se os mesmos moldes do § 5º do artigo 461 – mandado de busca e apreensão e força policial, além do crime de desobediência.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O artigo 359 só se aplica no incidente probatório em face da própria parte e não em face de terceiro (a escusa de exibir).</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">8º ESQUEMA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">MEDIDA CAUTELAR DE EXIBIÇÃO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DA MEDIDA CAUTELAR DE EXIBIÇÃO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1. Não exige o ingresso da ação principal no prazo de 30 dias.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2. é de índole satisfativa</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">3. libera o autor da observação do inciso III do artigo 801 do CPC (requisitos da ação cautelar).</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">SENTENÇA DA CAUTELAR</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">SEMPRE SEM EFEITO SUSPENSIVO.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="background: #FDFEFA; color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Respeite o direito
autoral.</span></b><b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13pt;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Gostou? Siga, compartilhe, visite os blogs.
É só clicar na barra ao lado e nos links abaixo:</span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<a href="http://gramaticaequestoesvernaculas.blogspot.com/"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">http://gramaticaequestoesvernaculas.blogspot.com/</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<a href="http://mg-perez.blogspot.com.br/"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">http://mg-perez.blogspot.com.br/</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<a href="http://producaojuridica.blogspot.com/"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">http://producaojuridica.blogspot.com/</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">e outros mais,
em </span></b><a href="https://plus.google.com/100044718118725455450/about"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">https://plus.google.com/100044718118725455450/about</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Pergunte, comente, critique, ok? A
casa é sua e seu comentário será sempre bem-vindo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Um abraço e um lindo dia!</span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span lang="EN-US" style="background: #FCFCFC; color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Thanks for the comment.
Feel free to comment, ask questions or criticize. </span></i><i><span style="background: #FCFCFC; color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A great day and a great week!</span></i><i><span style="color: #333333; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></i><i><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "Freestyle Script"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Maria da Glória
Perez Delgado Sanches</span><span style="font-family: 'Freestyle Script'; font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></div>
maria da gloria perez delgado sancheshttp://www.blogger.com/profile/14087164358419572567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5516696660356856186.post-42895514323753882792008-04-20T20:31:00.001-03:002016-03-09T17:28:54.037-03:00DOS ALIMENTOS PROVISIONAIS<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CPC, artigos 852/854</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Dos Alimentos Provisionais</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 852. É lícito pedir alimentos provisionais:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">I - nas ações de desquite e de anulação de casamento, desde que estejam separados os cônjuges;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">II - nas ações de alimentos, desde o despacho da petição inicial;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">III - nos demais casos expressos em lei.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Parágrafo único. No caso previsto no no I deste artigo, a prestação alimentícia devida ao requerente abrange, além do que necessitar para sustento, habitação e vestuário, as despesas para custear a...</span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">demanda.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 853. Ainda que a causa principal penda de julgamento no tribunal, processar-se-á no primeiro grau de jurisdição o pedido de alimentos provisionais.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 854. Na petição inicial, exporá o requerente as suas necessidades e as possibilidades do alimentante.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Parágrafo único. O requerente poderá pedir que o juiz, ao despachar a petição inicial e sem audiência do requerido, lhe arbitre desde logo uma mensalidade para mantença.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1. conceito de alimentos</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2. espécies de alimentos</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">3. conceito de ação cautelar de alimentos provisionais</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">4. características principais</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">5. cabimento</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">6. procedimento</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CONCEITO DE ALIMENTOS</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“OS ALIMENTOS SÃO PRESTAÇÕES DESTINADAS A SATISFAZER AS NECESSIDAES VITAIS DAQUELES QUE NÃO PODEM FAZÊ-LOS POR SI.”</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(Marcus Vinicius Rios Gonçalves)</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“OS ALIMENTOS SÃO PRESTAÇÕES PERIÓDICAS PARA O SUSTENTO DE UMA PESSOA.” (professora Rosa)</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2. ESPÉCIES DE ALIMENTOS</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- definitivos</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- provisórios</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- provissionais</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">DEFINITIVOS</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">São os alimentos fixados PELO JUIZ OU POR ACORDO ENTRE AS PARTES, com prestações periódicas de caráter permanente, ainda que suscetíveis de eventual revisão.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PROVISÓRIOS</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">São os alimentos fixados LIMINARMENTE, na ação de alimentos, de procedimento especial, prevista na Lei nº 5.478/68, que exige prova constituída da obrigação legal de alimentos.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O juiz, ao despachar a petição inicial, já fixa os alimentos.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É uma ação de conhecimento, de procedimento especial.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PROVISIONAIS</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os alimentos fixados na ação CAUTELAR. São chamados, também, de AD LITEM (para o processo).</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ART. 852, § ÚNICO:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No caso previsto no no I deste artigo, a prestação alimentícia devida ao requerente abrange, ALÉM do que necessitar para SUSTENTO, HABITAÇÃO e VESTUÁRIO, as DESPESAS PARA CUSTEAR A DEMANDA.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">I - nas ações de DESQUITE e de ANULAÇÃO DE CASAMENTO, desde que estejam separados os cônjuges;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os alimentos provisórios não se reportam ao custeio do processo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O cautelar (provisional), sim. Os alimentos provisionais são concedidos em uma ação cautelar, que é acessória.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">3. CONCEITO DE AÇÃO CAUTELAR DE ALIMENTOS PROVISIONAIS</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É uma ação cautelar, nominada, de procedimento cautelar específico, que consiste na pretensão da obtenção do necessário para o SUSTENTO, HABITAÇÃO, VESTUÁRIO do alimentando, MAIS AS CUSTAS E DESPESAS DA DEMANDA, durante a pendência do PROCESSO PRINCIPAL.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">4. CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Aplicam-se as dez características do processo cautelar:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1. AUTONOMIA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2. ACESSORIEDADE</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">3. INSTRUMENTALIDADE</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">4. PREVENTIVIDADE</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">5. URGÊNCIA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">6. SUMARIEDADE DA COGNIÇÃO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">7. PROVISORIEDADE</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">8. REVOGABILIDADE</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">9. INEXISTÊNCIA DE COISA JULGADA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">10. FUNGIBILIDADE</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Salientam-se:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">a) A ACESSORIEDADE</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Porque terá uma ação principal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">b) A PREVENTIVIDADE</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É preventiva. Porque evita a ocorrência do dano irreparável e de difícil reparação. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No caso desta ação, o dano são os alimentos.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Há quem não enxergue o periculum in cora – a situação de perigo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O FATO que caracteriza o periculum in mora é a NECESSIDADE. Evita a falta de alimentos.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O legislador previu, em cada ação cautelar nominada, o fato a ensejar a situação de perigo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">c) A PROVISORIEDADE</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Vigora apenas até o final da ação principal ou até:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- que outra medida a substitua;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- que a situação fática superveniente se altere;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- se o alimentado morre;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- trinta dias, se não for proposta a ação principal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No processo principal, podem ser fixados alimentos definitivos.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Estes podem ser revistos, para mais ou para menos ou, ainda, exonerados, por meio de uma ação própria: AÇÃO DE REVISÃO DE ALIMENTOS e AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">5. CABIMENTO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pode ser preparatória ou incidental.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sujeita-se ao prazo de 30 (trinta) dias do artigo 806.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A previsão do artigo 852 e seus incisos têm caráter meramente exemplificativo, e não taxativo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ART. 852. É LÍCITO PEDIR ALIMENTOS PROVISIONAIS:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">I - NAS AÇÕES DE DESQUITE E DE ANULAÇÃO DE CASAMENTO, DESDE QUE ESTEJAM SEPARADOS OS CÔNJUGES;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não é NO PROCESSO de anulação de casamento que se pedem os alimentos, mas é preciso promover uma ação cautelar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não temos mais o desquite. Com a Lei do Divórcio, passamos a ter a SEPARAÇÃO JUDICIAL LITIGIOSA e o DIVÓRCIO.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ANULAÇÃO DE CASAMENTO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Artigos 1550 a 1561, CC</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">NULIDADE DO CASAMENTO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ação declaratória de nulidade de casamento – 1548/1549, CC.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Divórcio direto ou conversão de separação em divórcio – 1580 a 1582, CC.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">II - NAS AÇÕES DE ALIMENTOS, DESDE O DESPACHO DA PETIÇÃO INICIAL;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ALIMENTOS PROVISIONAIS</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se a AÇÃO DE ALIMENTOS é a do processo especial, já há prova constituída da obrigação alimentar = carência de ação por interesse processual, porque o juiz pode deferir liminarmente.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No caso do inciso II, a ação que admite a ação de alimentos cautelar à ação principal é uma ação de PROCEDIMENTO ORDINÁRIO, onde vai ser discutido o direito a alimento.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- o companheiro em face da companheira;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- o companheiro em face do companheiro;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- a sentença penal condenatória.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O INSS já paga pensão ao companheiro de companheiro. Se depois de morto pode receber a pensão, por que em vida, não?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Já há lei que permite o pagamento de pensão a companheiro dependente de funcionário público estadual.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não importam as questões religiosas.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Leiam o conceito de família na Lei Maria da Penha.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">III - NOS DEMAIS CASOS EXPRESSOS EM LEI.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- Ação de investigação de paternidade;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- Ação de reconhecimento de união estável;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No cível:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- Ação de reconhecimento e dissolução de sociedade de fato.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">6. PROCEDIMENTO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">COMPETÊNCIA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A mesma da ação principal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">SEMPRE EM PRIMEIRO GRAU DE JURISDIÇÃO.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não se aplica o § único do artigo 800 (Parágrafo único: Interposto o recurso, a medida cautelar será requerida diretamente ao tribunal.).</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os outros recursos seguem a regra do artigo 800. A ação de alimentos, excepcionalmente, não.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Artigo 100, I e II do CPC:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 100. É COMPETENTE O FORO:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">I - da RESIDÊNCIA DA MULHER, para a ação de separação dos cônjuges e a conversão desta em divórcio, e para a anulação de casamento; </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">II - do domicílio ou da RESIDÊNCIA DO ALIMENTANDO, para a ação em que se pedem alimentos.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PETIÇÃO INICIAL</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">REQUISITOS</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Artigos 282 e 801 + 854, CPC</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Expor:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- necessidades do requerente (é o periculum in mora)</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- possibilidades do requerido.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Estão presentes em toda ação de alimentos.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Admite a concessão de liminar inaudita altera pars: 854, § único e 804.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O juiz fixará os alimentos, antes da citação da outra parte.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">VALOR DA CAUSA:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">12 PRESTAÇÕES MENSAIS – ARTIGO 259, VI:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“VI - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais, pedidas pelo autor.”</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Para qualquer ação de prestações sucessivas é previsto o valor de 12 prestações.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PROCEDIMENTO: </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Comum cautelar</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">SENTENÇA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Comporta o recurso de apelação – 520, IV.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">APELAÇÃO </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sem efeito suspensivo, somente no efeito devolutivo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">EXECUÇÃO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se não pagar os alimentos, será objeto de execução de obrigação alimentícia.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">732 a 735 do CPC, com a possibilidade de prisão.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 732. A EXECUÇÃO DE SENTENÇA, que condena ao pagamento de PRESTAÇÃO ALIMENTÍCIA, far-se-á conforme o disposto no Capítulo IV deste Título.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Parágrafo único. Recaindo a PENHORA em dinheiro, o oferecimento de embargos não obsta a que o exeqüente levante mensalmente a importância da prestação.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 733. Na execução de sentença ou de decisão, que fixa os ALIMENTOS PROVISIONAIS, o juiz mandará citar o devedor para, em 3 (três) dias, efetuar o pagamento, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">§ 1o Se o devedor não pagar, nem se escusar, o juiz DECRETAR-LHE-Á A PRISÃO pelo prazo de 1 (UM) A 3 (TRÊS) MESES.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">§ 2o O cumprimento da pena não exime o devedor do pagamento das prestações vencidas e vincendas. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">§ 3o Paga a prestação alimentícia, o juiz suspenderá o cumprimento da ordem de prisão.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 734. Quando o devedor for FUNCIONÁRIO PÚBLICO, MILITAR, DIRETOR OU GERENTE DE EMPRESA, bem como EMPREGADO SUJEITO À LEGISLAÇÃO DO TRABALHO, o juiz mandará DESCONTAR EM FOLHA DE PAGAMENTO a importância da prestação alimentícia.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Parágrafo único. A comunicação será feita à autoridade, à empresa ou ao empregador por ofício, de que constarão os nomes do credor, do devedor, a importância da prestação e o tempo de sua duração.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 735. Se o devedor não pagar os alimentos provisionais a que foi condenado, pode o credor promover a execução da sentença, observando-se o procedimento estabelecido no Capítulo IV deste Título.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="background: #FDFEFA; color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Respeite o direito
autoral.</span></b><b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13pt;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Gostou? Siga, compartilhe, visite os blogs.
É só clicar na barra ao lado e nos links abaixo:</span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<a href="http://gramaticaequestoesvernaculas.blogspot.com/"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">http://gramaticaequestoesvernaculas.blogspot.com/</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<a href="http://mg-perez.blogspot.com.br/"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">http://mg-perez.blogspot.com.br/</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<a href="http://producaojuridica.blogspot.com/"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">http://producaojuridica.blogspot.com/</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">e outros mais,
em </span></b><a href="https://plus.google.com/100044718118725455450/about"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">https://plus.google.com/100044718118725455450/about</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Pergunte, comente, critique, ok? A
casa é sua e seu comentário será sempre bem-vindo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Um abraço e um lindo dia!</span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span lang="EN-US" style="background: #FCFCFC; color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Thanks for the comment.
Feel free to comment, ask questions or criticize. </span></i><i><span style="background: #FCFCFC; color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A great day and a great week!</span></i><i><span style="color: #333333; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></i><i><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "Freestyle Script"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Maria da Glória
Perez Delgado Sanches</span><span style="font-family: 'Freestyle Script'; font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></div>
maria da gloria perez delgado sancheshttp://www.blogger.com/profile/14087164358419572567noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5516696660356856186.post-5834176888929776452008-04-19T15:25:00.001-03:002016-03-09T17:29:31.098-03:00ARRESTO<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PRIMEIRA AÇÃO CAUTELAR NOMINADA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1. CONCEITO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É uma medida de natureza jurídica cautelar tipificada pelo legislador, que visa garantir a obrigação de pagar, e que consiste na apreensão de bens do devedor.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2. ARRESTOS ESPECIAIS</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É uma medida, uma providência, para garantir a obrigação de pagar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Artigos 813 a 821 => AÇÃO CAUTELAR DE ARRESTO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas é possível essa medida cautelar de arresto dentro do processo de execução, como no artigo 653.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tanto no processo de conhecimento como no processo de inventário, onde reserva-se uma parte dos bens para pagar os credores.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Também o arresto de navio e aeronave.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É uma medida que pode ser tomada desde que haja previsão na lei.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">3. OBJETIVO...</span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Garantir bens para possibilitar o cumprimento de sentença condenatória de obrigação de pagar ou a execução por quantia certa.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">SE FOR ENTREGA DE COISA NÃO É ARRESTO.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nem se trata, aqui, de obrigação de pagar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Recai sobre bens INDETERMINADOS do devedor, até o montante para a garantia da dívida.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quaisquer bens passíveis de penhora, pertencentes ao patrimônio do devedor, desde que não haja impedimento legal – salário, soldo, pensão, bem de família, os móveis que guarnecem a casa – são passíveis de arresto.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">BENS INDETERMINADOS</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quaisquer bens passíveis de penhora.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se o devedor tiver 5 carros e o credor indicar um dos carros, não quer dizer nada, porque poderia ser qualquer dos carros.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O credor, aliás, DEVE indicar qual bem será arrestado ou penhorado.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os bens que forem arrestados serão penhorados.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ART. 821. APLICAM-SE AO ARRESTO AS DISPOSIÇÕES REFERENTES À PENHORA.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se o bem não pode ser penhorado, não pode ser arrestado.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A PENHORA PODE SER AUMENTADA OU DIMINUÍDA?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sim. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Assim também o arresto. As mesmas regras da penhora aplicam-se ao arresto.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os alimentos não podem ser penhorados. Portanto, também não podem ser arrestados.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pelo princípio da dignidade humana.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">4. REQUISITOS</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- fumus boni iuris</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- periculum in mora</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Cumulativamente.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">COMO SE TRADUZEM, NO ARRESTO:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">I – FUMUS BONI IURIS</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A prova LITERAL de DÍVIDA LÍQUIDA E CERTA.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Semelhantemente à dívida líquida e certa, a SENTENÇA CONDENATÓRIA, LÍQUIDA ou ILÍQUIDA, PENDENTE DE JULGAMENTO de recurso. Esta é uma exceção.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">REQUISITOS DO TÍTULO EXECUTIVO:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- exibibilidade</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- liquidez</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- certeza</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Exigibilidade: o momento em que se verifica o TERMO ou CONDIÇÃO. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">TERMO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É a data do vencimento (fato futuro e certo).</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CONDIÇÃO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">SE: fato futuro e incerto.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se não há o requisito da exigibilidade, é possível promover o arresto ANTES do vencimento da dívida.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">AÇÃO CAUTELAR DE ARRESTO:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Efetivada a medida, segundo o artigo 806, o requerente tem 30 dias para promover a ação principal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A dívida vence em 05.05.08. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pode ser proposta a ação de execução antes do vencimento? Não.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Somente no vencimento.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas a ação principal deve ser proposta 30 dias da efetivação da medida.cautelar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">COMO CONCILIAR?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não pode antecipar o vencimento. Portanto, o prazo de 30 dias para a propositura da ação principal começa DO VENCIMENTO DA DÍVIDA. Conta-se o prazo 30 dias após o vencimento.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">II – PERICULUM IN MORA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Artigo 813, CPC</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- impontualidade</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- insolvência </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- ausência</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ART. 813. O ARRESTO TEM LUGAR:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">I - QUANDO O DEVEDOR SEM DOMICÍLIO CERTO INTENTA AUSENTAR-SE OU ALIENAR OS BENS QUE POSSUI, OU DEIXA DE PAGAR A OBRIGAÇÃO NO PRAZO ESTIPULADO;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Devedor SEM DOMICÍLIO CERTO. Intenta ausentar-se ou alienar os bens que possui.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Exemplo: profissional de circo ou parque de diversões.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">II - QUANDO O DEVEDOR, QUE TEM DOMICÍLIO:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A) SE AUSENTA OU TENTA AUSENTAR-SE FURTIVAMENTE;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">B) CAINDO EM INSOLVÊNCIA, ALIENA OU TENTA ALIENAR BENS QUE POSSUI; CONTRAI OU TENTA CONTRAIR DÍVIDAS EXTRAORDINÁRIAS; PÕE OU TENTA PÔR OS SEUS BENS EM NOME DE TERCEIROS; OU COMETE OUTRO QUALQUER ARTIFÍCIO FRAUDULENTO, A FIM DE FRUSTRAR A EXECUÇÃO OU LESAR CREDORES;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">III - QUANDO O DEVEDOR, QUE POSSUI BENS DE RAIZ, INTENTA ALIENÁ-LOS, HIPOTECÁ-LOS OU DÁ-LOS EM ANTICRESE, SEM FICAR COM ALGUM OU ALGUNS, LIVRES E DESEMBARGADOS, EQUIVALENTES ÀS DÍVIDAS;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">IV - NOS DEMAIS CASOS EXPRESSOS EM LEI.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A insolvência do inciso b não precisa ser declarada judicialmente.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">DEVEDOR COM E SEM DOMICÍLIO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">COM DOMICÍLIO = </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">+ INSOLVENTE</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">OU</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">+ FURTIVAMENTE</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">5. PROCEDIMENTO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O procedimento do arresto corresponde ao procedimento comum cautelar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PETIÇÃO INICIAL</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Artigos 801 e 282 + 813 e 814 do CPC.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 814. Para a concessão do arresto é essencial: </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">I - prova literal da dívida líquida e certa; </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">II - prova documental ou justificação de algum dos casos mencionados no artigo antecedente. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PROVA LITERAL DA DÍVIDA LÍQUIDA E CERTA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">São os casos do artigo 813:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- impontualidade,</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- insolvência ,</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- ausência.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PERICULUM IN MORA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Requerer ao juiz uma audiência de justificação prévia para a oitiva de testemunhas, se não tiver a prova documental.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">JUSTIFICATIVA PRÉVIA</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ocorre em segredo de justiça.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Porque se a outra parte souber, colocará em perigo a providência.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ÓRGÃOS PÚBLICOS</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os órgãos públicos estão dispensados da justificativa prévia – eles não precisam justificar (816, I).</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CAUÇÃO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A justificativa prévia pode ser substituída por CAUÇÃO – 816, II + 804 => CONTRACAUTELA.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Feito o arresto, qualquer pessoa pode ser nomeada depositária, inclusive o devedor.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É lavrado um auto, nomeando-se o depositário para a guarda dos bens.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O arresto pode ser concedido liminarmente ou na sentença.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 810. O indeferimento da medida não obsta a que a parte intente a ação, nem influi no julgamento desta, salvo se o juiz, no procedimento cautelar, acolher a alegação de decadência ou de prescrição do direito do autor.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 817. Ressalvado o disposto no art. 810, a sentença proferida no arresto não faz coisa julgada na ação principal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O indeferimento da medida pleiteada não faz COISA JULGADA a impedir o ajuizamento da ação principal, a não ser que o juiz declare PRESCRIÇÃO OU DECADÊNCIA.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas isso é PARA TODAS AS AÇÕES CAUTELARES.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 818. Julgada procedente a ação principal, o arresto se resolve em penhora.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Este texto é um EQUÍVOCO.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A penhora vai recair sobre os bens arrestados na EXECUÇÃO.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O juiz defere o arresto.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">MOMENTOS:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1º - o deferimento do arresto;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2º - o auto é lavrado:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- discriminação dos bens</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- nomeado o depositário.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO DO ARRESTO</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Art. 819. Ficará suspensa a execução do arresto se o devedor:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">I - tanto que intimado, pagar ou depositar em juízo a importância da dívida, mais os honorários de advogado que o juiz arbitrar, e custas;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">II - der fiador idôneo, ou prestar caução para garantir a dívida, honorários do advogado do requerente e custas.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Haverá a suspensão da execução do arresto se o devedor:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">a - pagar</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">b - depositar a dívida em juízo</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">c - der fiador idôneo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">SUSPENDER</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Aqui, o arresto foi deferido, mas não serão os bens bloqueados. Os bens não foram arrestados.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O juiz apenas deferiu a medida, mas uma das hipóteses aventadas (a, b ou c) ocorreu antes do auto.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CESSA O ARRESTO:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Artigos 820 + 808:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">I – pelo pagamento;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">II – pela novação (cc, art. 360);</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">III – pela transação (840 a 850);</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">IV – pela não propositura da ação principal.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="background: #FDFEFA; color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Respeite o direito
autoral.</span></b><b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13pt;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Gostou? Siga, compartilhe, visite os blogs.
É só clicar na barra ao lado e nos links abaixo:</span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<a href="http://gramaticaequestoesvernaculas.blogspot.com/"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">http://gramaticaequestoesvernaculas.blogspot.com/</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<a href="http://mg-perez.blogspot.com.br/"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">http://mg-perez.blogspot.com.br/</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<a href="http://producaojuridica.blogspot.com/"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">http://producaojuridica.blogspot.com/</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">e outros mais,
em </span></b><a href="https://plus.google.com/100044718118725455450/about"><b><span style="color: #009eb8; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">https://plus.google.com/100044718118725455450/about</span></b></a><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Pergunte, comente, critique, ok? A
casa é sua e seu comentário será sempre bem-vindo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #003399; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Um abraço e um lindo dia!</span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FDFEFA; line-height: 13.65pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span lang="EN-US" style="background: #FCFCFC; color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Thanks for the comment.
Feel free to comment, ask questions or criticize. </span></i><i><span style="background: #FCFCFC; color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A great day and a great week!</span></i><i><span style="color: #333333; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></i><i><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "Freestyle Script"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Maria da Glória
Perez Delgado Sanches</span><span style="font-family: 'Freestyle Script'; font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></div>
maria da gloria perez delgado sancheshttp://www.blogger.com/profile/14087164358419572567noreply@blogger.com0